Seguros e Cidadania

  • 1600 BCE

    Seguros Primitivos

    Por volta do ano 1600 a.C. os fenícios decidiram passar a guardar uma parte dos lucros de cada viagem para compensar perdas de viagens que corressem mal. Ou seja, organizaram-se para terem um fundo comum
    destinado a ajudar quem precisasse. Foi uma forma de mutualismo.
  • Dec 24, 1293

    Bolsa dos Mercadores

    Fundada por um grupo de proprietários de navios que viviam no Porto e se dedicavam ao comércio, sobretudo na Flandres. Conforme tinham acordado, depositavam uma determinada quantia por viagem, num fundo comum. Parte desse fundo ficava em Portugal e outra parte ficava na Flandres. Em caso de naufrágio, ataque de piratas, rapto de pessoas ou outros prejuízos, o fundo compensava as perdas. Os donos dos navios maiores depositavam uma quantia mais elevada do que os donos dos navios pequenos.
  • Dec 24, 1297

    Primeiras Noções de Seguro em Portugal

    Em 1297, a rainha Santa Isabel apoiou a Confraria Leiga de Beja, iniciativa
    de homens do concelho que tinham posses e decidiram contribuir com
    donativos para um fundo destinado a socorrer qualquer deles em caso
    de doença, acidente ou morte. Em caso de morte o apoio era dado à viúva.
  • Dec 24, 1343

    A Mais Antiga Apólice de Seguro

    A mais antiga apólice que chegou aos nossos dias
    é de um seguro marítimo feito em Pisa no ano
    1343. Dizia respeito ao transporte de dez fardos
    de lã que iam para a Sicília a bordo
    da galera Santa Catalina.
  • Dec 24, 1378

    Primeira Apólice de Seguro na Península Ibérica

    A mais antiga apólice de seguro marítimo da Península Ibérica foi assinada em 1378, na cidade de Barcelona.
  • Dec 24, 1498

    Misericórdias

    A rainha D. Leonor, mulher do rei D. João II, em 1498 fundou uma organização de solidariedade que tinha finalidades idênticas às dos seguros: socorrer quem precisasse de ajuda. Essa organização recebeu o nome de Misercórdias e obedecia a regras ou Compromissos. A primeira teve sede em Lisboa, com tanto sucesso que depressa surgiram outras por todo o país e em todos os continentes onde se instalavam portugueses.
  • Formação da Casa dos Seguros

    Existia em Lisboa uma organização destinada a registar as apólices de seguro que envolvessem comércio marítimo português.
    Chamava-se Casa dos Seguros e funcionava na Rua Nova dos Ferros, perto do Terreiro do Paço. Esta casa ainda existia no século XVIII, mas ficou destruída com o terramoto de 1755, perdendo-se todos os documentos que ali se encontravam. Como era muito importante para o comércio, depressa se reorganizou e três anos
    depois do terramoto já estava novamente a funcionar.
  • Period: to

    Acordos da Idade Média

    Continuaram a formar-se vários tipos de associações de mercadores destinadas a prever e atenuar os riscos que corriam nas viagens terrestres, mas sobretudo nas viagens marítimas porque os negociantes se deslocavam quase sempre por mar. Estas associações envolviam acordos entre financiadores, proprietários de navios, mercadores e marinheiros que podiam ou não celebrar os contratos por escrito e convinham a todos os interessados, pois partilhavam os lucros, mas também partilhavam os riscos.
  • Period: to

    Novas Finalidades dos Contratos de Seguros

    A par dos seguros marítimos foram sendo realizados contratos de seguros com outras finalidades: seguros de vida, de saúde, de parto, de situações que envolvessem rapto ou sequestro. Para cada tipo, definiram-se regras próprias destinadas a tornar o contrato mais claro e mais vantajoso para os envolvidos.