Revolução do 25 de abril

  • Golpe Militar

    Golpe Militar
    A instabilidade política, a desordem social e a crise económica trouxeram uma revolta social. Chegou ao fim a 1.ª República, com um golpe militar.
    O general Gomes da Costa partiu de Braga e seguiu até Lisboa com as suas tropas, que foram recebidas por uma grande multidão. O governo foi entregue aos revoltosos que instauraram uma ditadura militar e suspenderam muitas liberdades.
    O país viveu numa ditadura militar até 1933 dando-se os primeiros passos para um regime que durou até 1974.
  • Salazar é chamado para Ministro das Finanças

    Salazar é chamado para Ministro das Finanças
    Nesta data fizeram-se eleições para a Presidência da República. O general Óscar Carmona, o único candidato autorizado, foi o vencedor.
    Para resolver o problema das finanças, Óscar Carmona convidou, em 1928, António de Oliveira Salazar para ser ministro das Finanças.

    Salazar reduziu as despesas do Estado com a educação, a saúde e os apoios socias. Para aumentar as receitas, aumentou os impostos. Em poucos anos, Salazar equilibrou as finanças públicas.
  • Salazar torna-se Presidente do Conselho de Ministros

    Salazar torna-se Presidente do Conselho de Ministros
    Nesta data Salazar foi chamado pelo general Óscar Carmona para Presidente do Conselho (primeiro-ministro), que ocupou até 1968. Este convite resultou do prestígio conseguido como ministro das Finanças.
    Com a aprovação da Constituição de 1933, Salazar governou em ditadura. As leis eram feitas de acordo com a sua vontade e as liberdades dos cidadãos não eram respeitadas.
  • Constituição de 1933

    Constituição de 1933
    As características do novo regime político, instituído por Salazar, o Estado Novo, ficaram escritas na Constituição de 1933.
    Nela estava escrito que o Estado Novo era um estado forte, na ordem e na segurança. Dizia que o poder do Presidente do Conselho era superior ao do Parlamento e ao Presidente da República, pelo que Salazar controlava o poder e os cidadãos.
  • Neutralidade de Portugal durante a 2.ª Grande Guerra

    Neutralidade de Portugal durante a 2.ª Grande Guerra
    Em 1939 iniciou-se a Segunda Guerra Mundial. Portugal não participou, mas foi possível vender alguns produtos aos países em guerra (como volfrâmio), o que contribuiu para aumentar as receitas. Libertou-nos também das despesas da guerra.
    A maior parte deste dinheiro foi aplicado na construção de obras públicas, como estradas; pontes; escolas; barragens e hospitais. Esta política permitiu intensificar a industrialização do país e reduzir muito o desemprego nas zonas urbanas.
  • Candidatura do general Humberto Delgado

    Candidatura do general Humberto Delgado
    As eleições presidenciais de 1958 aconteceram durante a época do Estado Novo, liderado por António de Oliveira Salazar.
    Américo Tomás foi o candidato do regime que concorreu com Humberto Delgado, o candidato da oposição.
    Ele conseguiu grande apoio popular, mas, no dia das eleições, foi mais do que evidente que houve uma falsificação dos resultados.
    Apesar de ter perdido, a sua candidatura foi um abalo para o Estado Novo. Foi obrigado a sair do país e mais tarde assassinado pela PIDE.
  • Início da Guerra Colonial

    Início da Guerra Colonial
    A partir de 1960 algumas colónias portuguesas iniciaram movimentos de luta pela independência.
    A União Indiana ocupou Goa, Damão e Diu, na India, porque reclamava a sua integração na União.
    Em 1961 iniciou-se a guerra colonial em África com o ataque de guerrilheiros a colonos portugueses em Angola. O governo enviou tropas, mas a guerra estendeu-se à Guiné (1963) e Moçambique (1964).
    A guerra manteve-se durante 13 anos, em que morreram ou ficaram feridos muitos soldados portugueses.
  • Greve dos estudantes

    Greve dos estudantes
    A crise académica de 1962 foi um dos principais momentos de conflito entre os estudantes universitários portugueses e o regime do Estado Novo. Aos protestos dos estudantes o governo respondeu sempre de forma violenta.
    Com uma resposta tão violenta do regime, os estudantes acabaram por desistir da contestação. De qualquer forma, esta longa crise mostrou onde poderia estar a resistência ao Estado Novo.
  • Marcello Caetano substitui Salazar

    Marcello Caetano substitui Salazar
    Salazar não conseguia governar mais. Américo Tomás chamou Marcello Caetano para substituir Oliveira Salazar à frente do governo.
    O país viveu a primavera marcelista, um desejo de mudança que não se concretizou. Cada vez mais solitário, foi cercado no quartel do Carmo, em abril de 1974, e entregou o poder ao general Spínola.
  • Morre Oliveira Salazar

    Morre Oliveira Salazar
    A 3 de agosto de 1968, o Presidente do Conselho António de Oliveira Salazar sofreu um acidente quando gozava um período de férias, no forte de Santo António do Estoril. Bateu violentamente com a cabeça no chão de pedra e nunca mais recuperou. Morreu dois anos depois, em 1970, sempre julgando que ainda governava Portugal. O regime ainda lhe sobreviveu mais quatro anos.
  • Reunião do Movimento dos Capitães

    Reunião do Movimento dos Capitães
    O Movimento dos Capitães prepara em segredo o golpe de abril de 1974. Acontecem algumas reuniões com a presença dos representantes dos diferentes ramos das Forças Armadas. Discute-se o programa a apresentar. É elaborado o 1.º Documento Político Programático: “O Movimento, as forças Armadas e a nação”.
  • Véspera da revolução

    Véspera da revolução
    22:00
    No Regimento de Engenharia 1, na Pontinha, instala-se o Posto de Comando do MFA. Seis oficiais, incluindo Otelo Saraiva de Carvalho, preparam-se para o comando das operações.
    22:55
    Dá-se o início das operações militares. A primeira senha, a canção “E depois do Adeus”, cantada por Paulo de Carvalho, é emitida pelos Emissores Associados de Lisboa.
  • Revolução do 25 de abril

    Revolução do 25 de abril
    Os portugueses estavam descontentes com a guerra colonial, a falta de liberdade e a situação em que viviam. Os militares decidiram acabar com a ditadura em Portugal.
    O MFA iniciou as operações. Marcello Caetano e outros membros do governo acabaram por se render.
    Todas as movimentações foram apoiadas pela população que saiu à rua e distribuiu cravos com os soldados. Terminava um regime de ditadura e iniciava-se a democracia.
  • Revolução de abril - o dia seguinte

    Revolução de abril   - o dia seguinte
    23:45 – O general António de Spínola lê, na RTP, a Proclamação da Junta de Salvação Nacional.
    07:40 - Marcello Caetano, o Presidente Américo Thomaz, e alguns ministros partem para a ilha da Madeira.
    09:45 - Rendição da polícia política - PIDE/DGS.
    13:00 - Começa a libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.
  • Libertação dos presos políticos

    Libertação dos presos políticos
    A repressão da polícia política, com milhares de presos, muitos torturados ou mortos, foi decisiva para garantir a longa duração da ditadura. Abrir as cadeias da polícia política marcava a rotura definitiva com o passado. A libertação dos presos políticos das prisões de Caxias e Peniche aconteceu no dia 26 de abril de 1974. Começou também o regresso dos oposicionistas que estavam fora do país.
  • Independência das antigas colónias portuguesas em África

    Independência das antigas colónias portuguesas em África
    O fim da guerra colonial era um dos objetivos do MFA. Com a revolução de abril, Portugal iniciou o processo de descolonização. Surgiram cinco novos países independentes: a Guiné (1974), Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e Angola em 1975.
    A independência das colónias e o fim da guerra colonial fez regressar os “retornados”, que deixaram nas antigas colónias grande parte dos seus bens. Muitos tiveram de recomeçar as suas vidas com dificuldades e traumas causados pela guerra.
  • Primeiras eleições livres

    Primeiras eleições livres
    Um ano depois da revolução, realizaram-se as primeiras eleições livres, em que puderam votar todos os cidadãos maiores de 18 anos.
    No dia 25 de abril de 1975, a participação foi muito elevada (91%) e os eleitores escolheram os deputados que prepararam e aprovaram a nova Constituição. Fica para a história como o valor mais elevado de participação em eleições democráticas em Portugal.
  • Eleição de Ramalho Eanes para a Presidência da República

    Eleição de Ramalho Eanes para a Presidência da República
    António dos Santos Ramalho Eanes era um militar de carreira e foi o primeiro Presidente da República eleito democraticamente após o 25 de abril de 1974. Ele foi eleito à primeira volta com 61,59% dos votos.
    Exerceu dois mandatos como Presidente da República entre 1976 e 1986.
  • Aprovação da Constituição da República Portuguesa

    Aprovação da Constituição da República Portuguesa
    A Constituição da República Portuguesa de 1976 é a atual, estando há mais de 40 anos em vigor e tendo recebido várias revisões constitucionais.
    Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita depois das primeiras eleições gerais livres. Entrou em vigor no dia 25 de abril de 1976.
    Define Portugal como uma República e um estado de direito democrático assente na soberania popular. Apresentou ainda uma nova forma de organização do poder político: o poder local (das autarquias).
  • Adesão de Portugal à CEE

    Adesão de Portugal à CEE
    Portugal assina o tratado de adesão à CEE (Comunidade Económica Europeia) em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, após ter apresentado a sua candidatura de adesão em março de 1977. Portugal torna-se o 11º membro da comunidade.
    A adesão de Portugal à CEE é uma das consequências do 25 de abril de 1974 e das várias mudanças políticas, económicas e sociais que aconteceram.