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Revoltas Regenciais

By Mazzi
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    Período Regencial do Império do Brasil

    A partir da abdicação de Pedro I, a 7 de abril de 1831, o trono do Império do Brasil passaria a Pedro II, o qual era ainda uma criança; é estabelecida, assim, uma Regência até que o novo Imperador atingisse a maioridade. Este é o período de maior instabilidade interna do Império; revoltas de norte a sul, tanto de ordem popular quanto das classes abastadas escravistas, ameaçam a unidade territorial brasileira e obrigam o poder central a mudar sua postura em relação às províncias.
  • Criação da Guarda Nacional

    Criação da Guarda Nacional
    Uma das primeiras medidas "liberalizantes" e descentralizantes adotadas pela Regência, em 1831, a fim de acalmar os ânimos nas províncias. A Guarda Nacional seguia um modelo francês e fortaleceu o poder das elites locais, que agora respondiam por títulos de coronelato.
  • Ato Adicional de 1834

    Ato Adicional de 1834
    Visando aplacar os ânimos nas províncias, o governo regencial aprova um Ato Adicional nos seguintes termos:
    - criação das Assembleias Provinciais, descentralizando o poder legislativo;
    - extinção do Conselho de Estado;
    - a substituição da Regência Trina pela Regência Una.
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    Cabanagem

    Foi uma insurreição de caráter tanto popular quanto de elites, que eclodiu em 1835 na província do Grão-Pará. Seu nome se deve à participação dos "cabanos", população ribeirinha que constituía boa parte do envolvimento popular. Ideais abolicionistas também estavam presentes. Envolveu a proclamação de uma república na região, que foi esmagada pelas tropas imperiais entre 1836 e o ano de 1840, quando finalmente tomaram Belém.
  • Revolta dos Malês

    Revolta dos Malês
    Foi realizada no ano de 1835, em Salvador, na Bahia. A intenção dos negros muçulmanos, libertos e de outras religiões de matriz africana era o fim do regime escravista. Foi neste conflito a primeira aparição do termo "candomblé". Após, foi criada uma lei proibindo a circulação de muçulmanos no período noturno. Desde 1824, já era proibido o culto não-católico fora dos recintos domésticos; a perseguição religiosa só aumentou.
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    Guerra dos Farrapos

    Um dos maiores conflitos do Período Regencial, estendendo-se até os primeiros anos do Segundo Reinado. Foi uma revolta armada das elites estancieiras e charqueadoras escravistas da província do Rio Grande de São Pedro, descontentes com a política de interferência da Regência nas questões da província (inclusive nomeando presidentes), e com a competição econômica entre a produção do charque gaúcha e a uruguaia. Envolveu a separação política do RS, e terminou na "Paz de Ponche Verde" (1845).
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    Sabinada

    Foi uma revolta feita por militares, integrantes da classe média e rica da Bahia. Ganhou este nome pois seu líder foi o jornalista e médico Francisco Álvares da Rocha Sabino. Os revoltosos queriam autonomia política e eram contrários às imposições políticas, administrativas impostas pelo Governo Regencial.
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    Balaiada

    Foi um movimento de caráter popular que envolveu a província do Maranhão, que enfrentava grave crise econômica. Classes populares empobrecidas, e também indígenas e negros libertos e (muitos) quilombolas, engajaram-se na luta dos balaios contra o Império, tomando cidades estratégicas maranhenses. A revolta foi violentamente suprimida pelas tropas imperiais de Luís Alves de Lima e Silva, com um saldo de 11 mil balaios mortos.
  • Golpe da Maioridade

    Golpe da Maioridade
    A subida do infante Pedro II ao trono era uma reivindicação frequente dos setores insatisfeitos com o governo regencial. Acreditava-se que o Império necessitava de uma figura central, sendo esta a do Imperador. Em 1840, o herdeiro do trono tinha 15 anos de idade, e portanto ainda inapto a ser aclamado. Entretanto, uma série de manobras políticas, que passam a ser conhecidas como o "Golpe da Maioridade", conduzem-no ao trono, dando início ao Segundo Reinado.
  • Massacre de Porongos (Guerra dos Farrapos)

    Massacre de Porongos (Guerra dos Farrapos)
    Muitos membros da elite gaúcha preferiam enviar seus escravizados para lutar contra o Império, prometendo-lhes a alforria, do que pegar em armas por conta própria. Estes compunham o pelotão dos Lanceiros Negros, que lutavam não pela causa rio-grandense, mas por sua própria liberdade. Entretanto, para não cumprir tal acordo, o farroupilha Davi Canabarro e o imperial Duque de Caxias conspiraram em segredo para que os negros fossem desarmados, na calada da noite, e massacrados neste episódio.