História da Linha do Tempo da Eja no Brasil

  • 1808 BCE

    Chegada da Família Real

    Chegada da Família Real
    Vinda da Família Real, surgindo a necessidade da formação de trabalhadores para atender a aristocracia portuguesa e, com isso, implantou-se o processo de escolarização de adultos com o objetivo de servirem como serviçais da corte e para cumprir as tarefas exigidas pelo Estado. Segundo Piletti (1988, p. 165) “a realeza procurava facilitar o trabalho missionário da igreja, na medida em que esta procurava converter os índios aos costumes da Coroa Portuguesa”.
  • 1º Escola Noturna

    Surgiu a primeira escola noturna no Brasil, cujo intuito era de alfabetizar os trabalhadores analfabetos, expandindo-se muito rapidamente.
  • 1º Decreto nº 3.029

    09/01/1881 - foi concebido o Decreto nº 3.029, conhecido como “Lei Saraiva” que proibia o voto dos analfabetos por considerar a educação como ascensão social
  • "Ligas contra o Analfabetismo"

    Surgem as “ligas contra o analfabetismo” que visavam à imediata supressão do analfabetismo, vislumbraram o voto do analfabeto.
  • Plano Nacional de Educação

    Com a criação do Plano Nacional de Educação instituído na Constituição de 1934, estabeleceu-se como dever do Estado o ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensiva para adultos como direito constitucional.
  • Criação do Serviço de Aprendizagem Industrial (SENAI)

    Criação do Serviço de Aprendizagem Industrial (SENAI)
    A criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) corroborando com a intenção da sociedade capitalista e dos grupos econômicos dominantes: sem educação profissional não haveria desenvolvimento industrial para o país, vinculando a educação de adultos à educação profissional. Também foi regulamentado o Fundo Nacional de Ensino Primário (FNEP). É desta época também a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais Anísio Teixeira (INEP).
  • CEAA

    CEAA
    Outro marco desta trajetória foi a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) na qual se começou a pensar o material didático para a educação de adultos.
  • 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos.

    É nesse mesmo ano que acontece o I Congresso Nacional de Educação de Adultos que trouxe em seu bojo o slogan "ser brasileiro é ser alfabetizado".
  • Seminário Interamericano de Educação de Adultos

    Congresso Nacional de Educação de Adultos, onde Paulo Freire foi a maior expressão do cenário progressista da educação neste acontecimento
  • “Congresso de Educação de Adultos”

    Juscelino Kubitscheck, então presidente da república, convoca grupos de vários estados para relatarem suas experiências no “Congresso de Educação de Adultos”. Nesse congresso ganha destaque a experiência do grupo de Pernambuco liderado por Paulo Freire, com críticas muito fortes à precariedade dos prédios escolares, a inadequação do material didático e à qualificação do professor.
  • Consequência do Golpe de 64

    Extinto pelo Golpe de Estado o Plano Nacional de Alfabetização de Adultos (PNAA), dirigido por Paulo Freire, que havia surgido no 2º Congresso Nacional de Educação de Adultos.
  • Cruzada Ação Básica Cristã (ABC)

    Cruzada Ação Básica Cristã (ABC)
    Surgiu em Recife a Cruzada Ação Básica Cristã (ABC), de caráter conservador e semioficial, em oposição às ideias de Paulo Freire.
  • O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e a Cruzada ABC

    O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e a Cruzada ABC
    O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e a Cruzada ABC, constituíram-se em movimentos concebidos com o fim básico de controle político da população, através da centralização das ações e orientações, supervisão pedagógica e produção de materiais didáticos, visando a alfabetização funcional e jovens e adultos.
  • A Lei nº. 5.692, a qual regulamenta o Ensino Supletivo

    A Lei nº. 5.692 ganha um capítulo específico na legislação, a qual regulamenta o Ensino Supletivo, visando contemplar os jovens adultos como proposta de reposição de escolaridade, o suprimento como aperfeiçoamento, a aprendizagem e qualificação sinalizando para a profissionalização.
  • Conselho Federal de Educação nº. 699, publicado em 28 de julho de 1972 e o documento “Política para o Ensino Supletivo”

    Parecer do Conselho Federal de Educação nº. 699, publicado em 28 de julho de 1972 e o documento “Política para o Ensino Supletivo” explicitaram as características desta Modalidade de Ensino, propondo recuperar o atraso, reciclar o presente, formando uma mão-de-obra que contribuísse no esforço para o desenvolvimento nacional, através de um novo modelo de escola.
  • Criação da Fundação EDUCAR

    O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) é extinto com a redemocratização do país, e ocupa seu lugar a Fundação EDUCAR, com as mesmas características do MOBRAL, porém sem o suporte financeiro necessário para a sua manutenção.
  • Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC)

    Extinção da Fundação EDUCAR, transferindo a responsabilidade pública dos programas de alfabetização e pós-alfabetização aos municípios. Este também foi o ano Internacional da Alfabetização, onde vários debates foram realizados por instituições governamentais e não governamentais no sentido de encontrar estratégias para erradicar o analfabetismo no Brasil. Além disso, o governo Fernando Collor lança o (PNAC), que tinha como objetivo reduzir 70% do nº de analfabetos do país em 5 anos.
  • Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

    Articulação em torno da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional reafirmou a institucionalização da modalidade EJA substituindo a denominação Ensino Supletivo por EJA, que de acordo com a Lei 9.394/96, em seu artigo 38 faz referência aos cursos e exames supletivos e, assim, continua a ideia da suplência, de compensação e de correção de escolaridade. A redução das idades mínimas de 18 para 15 anos para o ensino fundamental e de 21 para 18 anos para o ensino médio.
  • Teleconferências sobre a Formação de Educadores para Jovens e Adultos

    Teleconferências sobre a Formação de Educadores para Jovens e Adultos, promovidas pela Universidade de Brasília (UnB) e o Serviço Social da Indústria (SESI), com o apoio da UNESCO, contaram com a presença da Câmara de Educação Básica representada pela relatoria das diretrizes curriculares nacionais desta modalidade de educação.
  • Aprovado PARECER CNE/CEB 11/2000, se ocupa das diretrizes da EJA

    Aprovado PARECER CNE/CEB 11/2000, se ocupa das diretrizes da EJA e descreve essa modalidade de ensino por suas funções: reparadora, pela restauração de um direito negado; equalizadora, de modo a garantir uma redistribuição e alocação em vista de mais igualdade na forma pela qual se distribuem os bens sociais; e qualificadora, no sentido de atualização de conhecimentos por toda a vida.
  • Audiências públicas para tratar da Educação de Jovens e Adultos

    Audiências públicas realizadas em 29 de fevereiro de 2000 em Fortaleza, em 23 de março de 2000 em Curitiba e em 4 de abril de 2000 em Brasília uniu representantes dos órgãos normativos e executivos dos sistemas, com as várias entidades educacionais e associações científicas e profissionais da sociedade civil hoje existentes no Brasil para tratar da Educação de Jovens e Adultos.
  • governo do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou com iniciativas para as políticas públicas de EJA

    O Programa Brasil Alfabetizado para a modalidade de EJA: Projeto Escola de Fábrica, oferecendo cursos de formação profissional com duração mínima de 600h para jovens de 15 a 21 anos. PROJOVEM, voltado ao segmento juvenil de 18 a 24 anos, com escolaridade superior a 4ª série mas que não tenha concluído o ensino fundamental e que não tenha vínculo formal de trabalho. PROEJA, voltado à educação profissional técnica em nível de ensino médio.