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Algumas tribos aceitavam as crianças ou adultos com deficiência porque acreditavam que os maus espíritos habitavam essas pessoas para tornar a todos os demais membros normais.
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Havia relativa tolerância para as pessoas com deficiência. Os surdos, por exemplo, eram considerados pessoas especiais, escolhidas e protegidas pelos deuses, em função, principalmente do silêncio em que viviam, pois se acreditava que eles se comunicavam em segredo com os deuses, servindo de mediadores entre eles e os faraós. "Havia um forte sentimento humanitário e respeito, protegiam e tributavam aos surdos à adoração, no entanto, os surdos tinham vida inativa e não eram educados"
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Os chineses, na Antiguidade, lançavam as pessoas com deficiência ao mar; os gauleses as sacrificavam aos deuses.
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Na sociedade espartana, na Grécia Antiga, as crianças com deficiência, ou que se desviasse dos padrões estéticos estabelecidos eram mortas. “A infortunada criança era prontamente asfixiada .ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas."
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Em Roma, também em função desta busca pela “perfeição física”, era comum que crianças com algumas imperfeições, fossem jogadas nos rios, para morrerem afogadas. Entre os hebreus toda doença crônica ou deficiência simbolizava impureza ou pecado.
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A Igreja Católica considerava que as pessoas com deficiência, os loucos, os leprosos“[...] eram instrumentos de Deus para alertar os homens e as mulheres sobre comportamentos adequados ou para lhes proporcionar a oportunidade de fazer caridade”. Assim, as pessoas com deficiência passam a receber cuidados com alimentação e abrigo em instituições religiosas.
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No século XVI, por influência de médicos como Paracelso e Cardamo, este último teve um filho surdo, a deficiência passa a ser considerada um problema de ordem médica, uma “doença”, o que isenta de culpa a pessoa com deficiência e seus familiares.
Neste mesmo século, a concepção de diferença/deficiência, que na Idade Média estava associada ao pecado, agora passa a ser relacionada ao defeito. -
Apesar dos avanços, particularmente na Europa, civilizações afastadas ainda sacrificavam as pes-soas com deficiência. Segundo Jimenez (1994), entre os séculos XVII e XVIII, os Esquimós deixavam os velhos e deficientes em locais estratégicos para serem devorados pelos ursos brancos.
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o humanismo renascentista, que marcou o período de 1700 a 1860, “[...] preconizava o valor das pessoas como seres humanos e seu direito à oportunidade de desenvolver ao máximo suas potencialidades” e provocou, ainda que de forma tímida, uma mudança de atitude em relação à pessoa com deficiência.
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No período compreendido entre 1890 a 1925, as descobertas de Mendel acerca das leis da hereditariedade (atualmente bastante contestadas) reforçavam as ideias de controle genético.
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Com o final da I Guerra Mundial, em 1918, veio a necessidade de atendimento aos soldados que adquiriram graves deficiências e foram criados centros de reabilitação e muitos esforços e recursos foram investidos. Afinal, os soldados anteriormente eram indivíduos “normais”,
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Os resultados obtidos com a reabilitação dos soldados impulsionaram a criação de serviços para atender crianças com deficiência, proporcionando assim as primeiras perspectivas de Educação Especial com caráter não exclusivamente assistencialista. O mesmo acontece com o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945
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o início da Educação especial.
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Entre os anos de 1950 a 1960, observa-se uma crescente aceitação das pessoas com deficiência, com mais atendimentos, particularmente nos países mais desenvolvidos que se envolveram nas guerras mundiais. As famílias passam a exercer maior pressão sobre os governos e os profissionais começam a se interessar em melhorar cada vez mais o atendimento às pessoas com deficiência.
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As primeiras entidades PARA pessoas com deficiência a se organizarem em nível nacional foram o Conselho Brasileiro para o Bem-Estar dos Cegos, fundado em 1954; a Federação Nacional das APAES, criada em 1962;
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Os anos entre 1960 e 1970 foram marcados pelo movimento dos direitos humanos, principalmente nos países desenvolvidos e nos que eram influenciados por eles.
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Até meados da década de 1970, a questão da deficiência no Brasil sempre foi encaminhada pelos técnicos ou responsáveis considerados especialistas na área, e não pelas pessoas com deficiência.
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Em 1979, acompanhando um movimento em nível mundial detonado pela ONU ao instituir para 1981 o Ano Internacional das Pessoas Deficientes –AIPD
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Entre 1970 e 1990, foram criados diversas entidades em prol dos deficientes, como exemplo: AIPD,Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, FEBEC, ONEDEF, entre outros.
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Em 1990, o direito de TODOS à educação foi confirmado na Declaração Mundial sobre Educação
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promulgado em Jontien, na Tailândia, independentemente de suas diferenças particulares. É reforçado pelas diversas declarações das Nações Unidas, que culminaram na Declaração de Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Deficiência, assinado em 1993 e publicado em 1994, garantindo que a educação de pessoas deficientes seja parte integrante do sistema educativo
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Adoção da Libras como língua oficial do Brasil
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Em 2015, foi aprovado, pelo Congresso Nacional, depois de décadas de discussões, o Estatuto da Pessoa com Deficiência
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