"Percursos da História de Portugal no século XX" - Cronologia Histórica

  • 1143

    A Monarquia de Portugal

    A Monarquia de Portugal
    A monarquia de Portugal foi o regime político que vigorou entre 1143 e 1910.O rei reinava a vida toda até falecer, com isto, o filho mais velho, o príncipe, tomava o seu lugar.
  • Mapa Cor-de-Rosa

    Mapa Cor-de-Rosa
    Em 1886, ficou conhecido por “Mapa Cor-de-Rosa” o mapa desenhado por Portugal, onde os territórios entre Angola e Moçambique ficariam sob sua administração.
    Por outro lado, os ingleses, que sonhavam com um caminho-de-ferro ligando a África do Sul ao Egipto, ou seja, de Cairo a Cabo, impuseram um ultimato aos portugueses.
  • O ultimato inglês

    O ultimato inglês
    Em 11 de Janeiro de 1890, como Inglaterra não aceitou as exigências dos portugueses, apresentou-nos um Ultimato, ou os portugueses desocupavam os territórios situados entre Angola e Moçambique, ou o governo inglês declarava guerra a Portugal, e assim o governo português viu-se obrigado a aceitar o ultimato.
  • revolta no Porto

    revolta no Porto
    em 31 de janeiro de 1891 deu-se, no Porto, a primeira revolta armada contra a monarquia.
    Foi a primeira tentativa de implementar uma república.
  • Regicídio

    Regicídio
    no dia 1 de fevereiro de 1908 dá-se um atentado contra a família real, onde são mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe (regicídio).
  • Queda da Monarquia

    Queda da Monarquia
    Nos finais do século XIX, Portugal continuava a ser um país predominantemente agrícola. As importações continuavam a aumentar em relação às exportações (balança comercial deficitária), pois a produção industrial nacional não se tornou competitiva em termos de qualidade e quantidade. Para contrariar esta situação económica, o Estado recorria ao aumento dos impostos ou pedia novos empréstimos para pagar os anteriores. Em Portugal a grave crise económica afetou, em especial, os bancos e empresas.
  • Proclamação da república

    Proclamação da república
    Na manhã de 5 de outubro de 1910, José Relvas proclama a República, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa.
  • Nova constituição republicana

    Nova constituição republicana
    Depois de proclamada a República, constituiu-se um governo provisório, presidido por Teófilo Braga e redigiu-se uma nova Constituição Republicana aprovada em 1911
  • Símbolos da República

    Símbolos da República
    O país foi marcado por uma nova bandeira, um novo hino (a Portuguesa) e uma nova moeda ( o escudo).
  • Golpe de Estado de 28 de maio

    Golpe de Estado de 28 de maio
    A 28 de maio de 1926 deu-se o golpe de estado que levou ao fim da 1ª República Portuguesa e que levou o país até a uma ditadura militar.
  • Carmona eleito Presidente e Salazar passa a Ministro das Finanças

    Carmona eleito Presidente e Salazar passa a Ministro das Finanças
    Como resposta às diversas manifestações de revolta por parte dos republicano-militares nas principais cidades do país (Lisboa e Porto), o General Óscar Carmona é eleito Presidente da República enquanto o génio estudante António de Oliveira Salazar assume as funções de Ministro das Finanças.
  • Campanha do Trigo

    Campanha do Trigo
    A Campanha do Trigo foi uma das principais campanhas realizadas logo após a troca de cargos no governo. Com estas campanhas era fomentada a economia nacional, Salazar conseguiu com que Portugal obtivesse um saldo positivo no orçamento, algo que já não acontecia desde 1914.
  • Bases Orgânicas da União Nacional

    Bases Orgânicas da União Nacional
    Anunciadas num manifesto com um discurso lido pelo General Domingos de Oliveira, que entretanto tinha sido eleito, e outro por Salazar, ainda Ministro das Finanças. Acabou por resumidamente servir de suporte à Constituição de 1933, tal como o Estatuto do Trabalho Nacional (1933)
  • Salazar, chefe do governo

    Salazar, chefe do governo
  • Extinção dos sindicatos livres e dos partidos políticos.

    Extinção dos sindicatos livres e dos partidos políticos.
    Foi criado um partido político oficial, a “União Nacional”, que transmitia o "espírito da Nação", enquanto a oposição era duramente reprimida.
  • Decreto regulamentador da censura

    Decreto regulamentador da censura
    A censura relativamente aos livros, publicações, bem como aos media procurou sempre não deixar avançar qualquer tipo de rebelião contra o regime, salvaguardando os bons costumes, a ética e por fim, a moral que tanto Salazar defendia severamente.
  • Criação da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado

    Criação da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado
    Uma polícia política, que teve várias designações, nomeadamente, Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE); Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE) ; Direção-Geral de Segurança (DGS), que perseguia todo e qualquer opositor do regime.
  • A mulher no período do Estado Novo

    A mulher no período do Estado Novo
    No Estado Novo a mulher era vista como um ser inferior ao homem, isto é, governava a lidas da casa e tratava da educação dos filhos, enquanto o homem apenas sustentava a família. Era retratada como um ser inferior aos olhos da realidade social, tinha um papel definido e estipulado pelo homem e pela sociedade. Por fim, a figura feminina não tinha direitos,pois não podia votar e não podia aceder às magistraturas e por fim, para trabalhar, sair do país era obrigada a pedir autorização ao marido.
  • Plebiscito da Constituição Portuguesa de 1933

    Plebiscito da Constituição Portuguesa de 1933
  • Constituição de 1933, do Estado Novo

    Constituição de 1933, do Estado Novo
    A Constituição de 1933: O corporativismo na época dos fascismos
    Encomendada por Salazar e plebiscitada em Março de 1933, a Constituição que institui a ditadura do Estado Novo vigoraria até 1974, restringindo fortemente os direitos políticos e a liberdade de expressão, e centrando a organização política na figura do Presidente do Conselho, ou seja, na figura de António de Oliveira Salazar, submetendo todos os indivíduos ao seu soberano poder.
  • Revolta operária contra a abolição dos sindicatos livres na Marinha Grande

    Revolta operária contra a abolição dos sindicatos livres na Marinha Grande
    Salazar castigou sem contemplações todos os seus autores, fossem eles anarco-sindicalistas, comunistas.
    Toda a vida económica e social do país foi organizada em corporações. O corporativismo estabelecia um maior controlo do Estado sobre as atividades económicas entre o patronato e os trabalhadores o que implicava a dificuldade da existência dos Sindicatos acabando por ser abolidos.
  • Primeiro congresso da União Nacional

    As eleições legislativas portuguesas de 1934 foram realizadas no dia 16 de Dezembro, sendo eleitos 90 deputados na Assembleia Nacional, pertencentes à lista do único partido (União Nacional). Foram as primeiras eleições legislativas realizadas na vigência da Constituição de 1933.Por fim, a totalidade dos deputados eleitos pertence à União Nacional
  • Proibição da Maçonaria

    No clima político vivido em Portugal com a implantação do Estado Novo, Salazar visa a extinção das associações secretas, para além do mais sofriam de sanções todos aqueles que pertencessem a qualquer tipo de "associação secreta", independentemente das finalidades da organização.
  • Carmona é reeleito Presidente da República

    Carmona é reeleito Presidente da República
  • Criação de milícias (Mocidade Portuguesa e a Legião Portuguesa)

    Criação de milícias (Mocidade Portuguesa e a Legião Portuguesa)
    Criação de milícias (Mocidade Portuguesa e a Legião Portuguesa) para a defesa do regime e combate ao comunismo.
  • Campo de concentração do Tarrafal

    Campo de concentração do Tarrafal
    O campo do Tarrafal situa-se no lugar de Chão Bom, aldeia de Cabo Verde do concelho do Tarrafal, sendo por isso criado pelo Governo português do Estado Novo.
    Em 18 de Outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo em 8 de Setembro daquele ano de 1936.
  • Atentado bombista fracassado contra Salazar, feito por anarquistas.

    Atentado bombista fracassado contra Salazar, feito por anarquistas.
    No domingo do dia 4 de julho de 1937, António de Oliveira Salazar chegava à capela onde iria assistir à missa, na Rua Barbosa du Bocage, em Lisboa, onde nesse momento explodiu uma bomba que provocou grandes estragos mas que por sua vez, não atingiu o Presidente do Conselho, ou seja, Salazar. Ainda que falhado, foi o mais sério atentado à vida do governante português.
  • Portugal recusa aderir ao Pacto “Anti-Komintern” (anti-comunista)

    O Embaixador italiano em Lisboa propõs a Portugal a adesão ao Pacto Anti-Komintern, por sua vez, Portugal recusou com intuito de destruir a ameaça comunista. O pacto Anti-Komintern assinado em Berlim pela Alemanha, pelo Japão e mais tarde, pela Itália e restantes países, era dirigido contra a Internacional Comunista e contra a União Soviética.
  • Neutralidade portuguesa na Segunda Guerra Mundial

    Neutralidade portuguesa na Segunda Guerra Mundial
  • Início da Segunda Guerra Mundial

    Início da Segunda Guerra Mundial
    Guerra ocorrida entre 1939-1945 que superou o espaço da Europa.
    Assim, com a derrota alemã e a assinatura, entre as potências europeias envolvidas no Tratado de Versalhes declarou-se a perda das colónias e o desarmamento do exército alemão.
    Esta enfrentou uma grave crise económica, chamada a Crise da Bolsa de Nova York em 1929.

    A saída da crise foi a crença nos princípios do Partido Nazi (Adolf Hitler chegou ao poder em 1933 e defendeu ideias como a unificação e superioridade do povo alemão.
  • Pacto Ibérico entre Portugal e Espanha.

    Pacto Ibérico entre Portugal e Espanha.
    A 17 de Março de 1939, é assinado, em Lisboa, o Pacto Ibérico, um tratado de amizade e não-agressão entre Portugal e Espanha. Foram subscritores deste tratado, por parte de Portugal, António de Oliveira Salazar, que acumulava as funções de chefe do Governo e de Ministro dos Negócios estrangeiros e, por parte da Espanha, o embaixador Don Nicolás Franco, irmão de Francisco Franco.
  • Óscar Carmona é reeleito presidente da República;

    Óscar Carmona é reeleito presidente da República;
  • Fundação da TAP

    Fundação da TAP
    A TAP foi fundamental, pois como companhia de bandeira nacional permitiu a ligação de Portugal às colónias portuguesas do Ultramar, depois, como transporte aéreo entre as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
  • Fim da Segunda Guerra Mundial

    Fim da Segunda Guerra Mundial
    Os Aliados lutaram com as potências de Eixo em 1942. Os E.U.A e a Austrália derrotaram os japoneses. A África, Argélia, Egito e Marrocos foram conquistados pelas forças Aliadas. Vitor Emanuel III, rei da Itália, destituiu Mussolini do governo e este assinou a rendição aos Aliados. Em 1944, os aliados desembarcaram na França, operação que ficou conhecida como “Dia D”. Em 1945, os soviéticos tomaram Berlim, dois dias depois do suicídio de Hitler, depois, os nazis renderam-se pondo fim à guerra.
  • Formação do MUD

    Formação do MUD
    O MUD foi formado após o final da II Guerra Mundial com a autorização do governo. O MUD foi criado para reorganizar a oposição, prepará-la para as eleições e proporcionar um debate público em torno da questão eleitoral. Conseguiu em pouco tempo grande adesão popular (principalmente entre intelectuais e profissionais liberais) e começou a tornar-se uma ameaça para o regime. Salazar ilegalizou-o em Janeiro de 1948, sob o pretexto de que tinha fortes ligações ao PCP.
  • Início da utilização da base das Lajes nos Açores, pelas forças armadas americanas.

    Início da utilização da base das Lajes nos Açores, pelas forças armadas americanas.
  • Norton de Matos candidata-se à Presidência da República

    Norton de Matos candidata-se à Presidência da República
    O general Norton de Matos, opositor exilado durante o período sidonista, embaixador de Portugal em Londres candidata-se em 1948 às eleições para a presidência da República. Assim, este tem a intenção de assegurar a transição para uma democracia parlamentar, amnistia imediata de todos os presos políticos, encerramento da Colónia Penal do Tarrafal, abolição da censura, liberdade de organização política e sindical, liberdade de propaganda e difusão de ideias políticas e religiosas.
  • Óscar Carmona é reeleito presidente e a União Nacional ganha as eleições legislativas.

    Óscar Carmona é reeleito presidente e a União Nacional ganha as eleições legislativas.
    Carmona foi eleito por sufrágio direto e reeleito sucessivamente sem que existisse qualquer outro candidato como opositor nas eleições em 1949.
  • Portugal é membro fundador da NATO;

    Portugal é membro fundador da NATO;
    Portugal juntou-se a outros 11 estados e tornou-se membro fundador da NATO. O tratado foi assinado em Washington, pólo geopolítico e militar que media forças com Moscovo, Rússia. O tratado consistia na salvaguarda da liberdade, suportada dos princípios da democracia. Naqueles anos, Portugal vivia debaixo de um regime autoritário e os princípios de liberdade e de democracia apodreciam no Tarrafal. Para Portugal o grande trunfo operacional foi a base aérea das Lajes, nos Açores.
  • Revogação do Ato colonial

    O Acto Colonial definiu durante algum tempo o conceito ultramarino português, tendo sido revogado na revisão da Constituição portuguesa em 1951. Com essa mesma revisão constitucional a visão imperialista foi teoricamente abandonada, sendo substituída por uma estratégia que visava a assimilação civilizadora das colónias à metrópole, com o objectivo final de criar uma nova ordem política (integração total, federação). Assim, as colónias passaram a designar-se por "províncias ultramarinas".
  • Morte do Presidente Óscar Carmona, após 23 anos de chefia de Estado.

    Morte do Presidente Óscar Carmona, após 23 anos de chefia de Estado.
  • O general Craveiro Lopes é eleito Presidente da República.

    O general Craveiro Lopes é eleito Presidente da República.
    Após a morte de Carmona, Craveiro Lopes é eleito Presidente da República
  • Revogação do Ato colonial

    Revogação do Ato colonial
    Salazar revoga o Ato colonial e insere o estatuto das colónias por ele abrangido na Constituição. Assim, desaparece o conceito de colónia, que é substituído por província, e também desaparece o conceito de Império Português que por sua vez, é substituído por Ultramar Português.
  • 1º Plano de Fomento

    1º Plano de Fomento
    O primeiro plano reconhece a importância da industrialização para o progresso do país, dando prioridade à criação de infraestruturas (transportes, comunicações e eletricidade)
  • Entrada de Portugal na ONU

    Entrada de Portugal na ONU
    Portugal apresentou a sua candidatura à ONU em 1946, tendo logo sido recusado, pois não reconhecia a independência das suas colónias. Com o desencadear do processo internacional de descolonização, este começou a sentir pressões pela ONU, graças à forte presença de novos países que antes eram colónias europeias. A carta das Nações Unidas defendia o princípio da autodeterminação dos povos, no entanto Portugal não concordava com o princípio, logo forçou a ONU a aceitar os princípios do regime.
  • A ONU condena a situação das províncias ultramarinas portuguesas

    A ONU condena a situação das províncias ultramarinas portuguesas
    Com o desencadear do processo internacional de descolonização, Portugal começou a sentir pressões no seio da ONU, graças cada vez mais à forte presença de novos países que antes eram colónias europeias. A carta das Nações Unidas consagrava o princípio de autodeterminação dos povos, mas Portugal não concordava com a independência das suas colónias, e por isso, forçava a ONU a aceitar os princípios do regime salazarista.
  • Humberto Delgado aceita a candidatura à Presidência da República.

    Humberto Delgado aceita a candidatura à Presidência da República.
    Humberto Delgado, homem muito diferente daquele que Salazar conhecera e com quem tinha trabalhado, acabado de regressar de Washington, onde tinha sido representante de Portugal na NATO manifestava intenções de se apresentar em 1958 como candidato à Presidência da República. Depois da permanência nos EUA, este desenvolveu um projeto, ou seja, reformar o Estado Novo substituindo Salazar, uma vez que Delgado era um forte opositor deste regime ditatorial. Sendo assassinado, mais tarde pela PIDE.
  • Humberto Delgado defronta Américo Tomás nas eleições presidenciais

    Humberto Delgado defronta Américo Tomás nas eleições presidenciais
    O candidato do regime de Salazar e da União Nacional, o partido único, foi o almirante Américo Tomás. Em oposição defronta-se o general Humberto Delgado, que concorreu como candidato independente numa tentativa de mudar o regime. Segundo os resultados oficiais, Américo vence com 75%, contra apenas 25% atribuídos a Delgado. Por fim, Américo Tomás sobe à presidência da República, onde permanece até 1974, sob a forma de fraude eleitoral.
  • Descoberta da conspiração militar para derrubar o regime, dirigida por Humberto Delgado

    Descoberta da conspiração militar para derrubar o regime, dirigida por Humberto Delgado
    Numa conferência de imprensa de campanha eleitoral, realizada em 1958 no café Chave de Ouro, em Lisboa, foi lhe perguntado por um jornalista que postura tomaria em relação ao Presidente do Conselho Oliveira Salazar, respondeu com a frase "Obviamente, demito-o!". Esta frase incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime, pois o apoiaram e o aclamaram durante a campanha. Estavam reunidas as condições para um golpe militar durante o período que decorreu a campanha eleitoral.
  • 2º Plano de Fomento

    O segundo plano reconhece a importância da industrialização para o progresso do país, dando prioridade à indústria transformadora de base ( siderurgia, refinação de petróleos, adubos químicos).
  • Portugal adere ao BIRD e ao FMI

    Portugal adere ao BIRD e ao FMI
    Adesão de Portugal ao BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) e ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
  • Início da Guerra Colonial - Angola

    Início da Guerra Colonial - Angola
    A partir de 1961, Portugal recusou qualquer negociação com as colónias, logo apareceram os primeiros movimentos de independência (MPLA fundado por Agostinho Neto) no que toca às colónias portuguesas, apelando à guerra para obter o seu objetivo. A guerra do Ultramar foi o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, iniciada no Norte de Angola em fevereiro de 1961.
  • Agitação estudantil em Portugal

    Agitação estudantil em Portugal
    O movimento estudantil português cresceu ao longo da década de 60. Os ideais como a liberdade e a igualdade elevavam-se na luta contra a opressão do regime e da guerra colonial.
  • A Guerra Colonial estende-se à Guiné.

    A Guerra Colonial estende-se à Guiné.
    Portugal recusou qualquer negociação com as colónias, logo apareceram os primeiros movimentos de independência (PAIGC fundado por Amílcar Cabral) no que toca às colónias portuguesas, apelando à guerra para obter o seu objetivo. Quando a Guerra começou, em janeiro de 1963, havia já quase dois anos que as forças portuguesas combatiam, com relativo sucesso, em Angola. Este facto permitiu às autoridades portuguesas prevenirem de certa forma a possível eclosão de ações de guerrilha em Guiné.
  • A guerra colonial estende-se a Moçambique.

    A guerra colonial estende-se a Moçambique.
    Em Moçambique, o conflito começou em 1964. Portugal recusou qualquer negociação com as colónias, logo apareceram os primeiros movimentos de independência (FRELIMO fundado por Eduardo Mondlane) no que toca às colónias portuguesas, apelando à guerra para obter o seu objetivo.
  • Fundação da Ação Socialista portuguesa por Mário Soares;

    Fundação da Ação Socialista portuguesa por Mário Soares;
    Organização política portuguesa fundada em Genebra por Mário Soares, Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa, em Novembro de 1964.
  • PIDE assassina Humberto Delgado em Espanha;

    PIDE assassina Humberto Delgado em Espanha;
  • Américo Tomás é reeleito Presidente da República;

    Américo Tomás é reeleito Presidente da República;
    O candidato do regime de Salazar e da União Nacional, o partido único, foi o almirante Américo Tomás. Por fim, Américo Tomás sobe à presidência da República, onde permanece até 1974, sob a forma de fraude eleitoral.
  • Salazar sofre uma queda que acaba por o incapacitar.

    Salazar sofre uma queda que acaba por o incapacitar.
  • 3º Plano de Fomento

    Com a nomeação de Caetano para o cargo de presidente do conselho em 1968, este inaugura o terceiro plano, pois reconhece a importância da industrialização para o progresso do país, dando prioridade à abertura do país aos investimentos estrangeiros, exportação de produtos nacionais e o crescimento do setor terciário.
  • Marcelo Caetano substitui Salazar

    Marcelo Caetano substitui Salazar
    Marcelo assume a presidência do Conselho de Ministros quando Salazar deixa o poder, pois encontrava-se incapacitado, após cair de uma cadeira. A sua nomeação, em 1968, abre grandes expetativas entre as correntes mais progressistas da União Nacional, o partido único do país.
  • União Nacional passa a designar-se por Ação Nacional Popular, segundo Caetano

    União Nacional passa a designar-se por Ação Nacional Popular, segundo Caetano
  • Papa Paulo VI recebe os líderes dos Movimentos MPLA; PAIGC; FRELIMO

    Papa Paulo VI recebe os líderes dos Movimentos MPLA; PAIGC; FRELIMO
    Portugal em 1970, cresceu um forte isolamento, bem como desprestígio, uma vez que o Papa Paulo VI recebeu os líderes dos movimentos do MPLA; PAIGC; FRELIMO, no Vaticano.
  • Morte de Salazar

    Morte de Salazar
  • Substituição da Censura pelo Exame Prévio

    Substituição da Censura pelo Exame Prévio
    Em pleno governo de Marcelo Caetano a censura é substituída pelo exame prévio.
  • Portugal sai da UNESCO

    Portugal sai da UNESCO
    Portugal sai da UNESCO em protesto contra o alegado apoio da organização aos movimentos independentistas nas províncias Ultramarinas.
  • Massacre de 400 civis desarmados por parte de Portugal-

    Massacre de 400 civis desarmados por parte de Portugal-
    Massacre de 400 civis desarmados (mulheres, crianças e idosos), em Moçambique por parte do exército portugués.
    Na manhã de 16 de Dezembro de 1972, as tropas portuguesas reuniram os habitantes de Wiriamu, no largo principal da povoação e ordenaram-lhes que batessem palmas e que cantassem para se despedirem da vida. Em seguida, os soldados abriram fogo. Os que escaparam às balas foram mortos por granadas.
  • Início da publicação do Semanário “Expresso”;

    Início da publicação do Semanário “Expresso”;
  • Primeiras reuniões clandestinas de capitães motivadas pelo descontentamento

    Primeiras reuniões clandestinas de capitães motivadas pelo descontentamento
    Entre 1968 e 1974, verificaram-se significativas mudanças na conjuntura internacional no que toca à economia como a nível social e militar. Nesse contexto, um grupo de capitães começou a reunir-se clandestinamente para encontrar formas de ultrapassar o impasse político em que o país se encontrava. A partir do momento em que esse grupo considerou que a solução do problema era o derrube do regime.
  • Movimento de capitães discute pela primeira vez a hipótese de um golpe de Estado para derrubar o Regime

    Movimento de capitães discute pela primeira vez a hipótese de um golpe de Estado para derrubar o Regime
    A 24 de Novembro, o Movimento de capitães, mais propriamente o Tenente-Coronel Banazol defende, pela primeira vez, a tese de um golpe militar, discute pela primeira vez a hipótese de um golpe de Estado para derrubar o Regime.
  • General António Spínola

    General António Spínola
    António Spínola nomeado vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas
  • "Portugal e o Futuro"

    "Portugal e o Futuro"
    Publicação do livro "Portugal e o Futuro" , escrito pelo General António Spínola.
  • 200 Delegados Presos

     200 Delegados Presos
    200 delegados do MFA são presos por se reunirem em partidos clandestinos.
  • Levantamento das Caldas

    Levantamento das Caldas
    Revolta das Caldas da Rainha, tentativa de golpe de estado como marcha até Lisboa. Fracassou ao ser intercetada pela GNR, Artilharia 1 e Cavalaria 7.
  • Revolução dos Cravos

    Revolução dos Cravos
    Nesta data revolucionária militares e populares com cravos nas pontas das suas armas e mãos, ao som da música "Grândola Vila Morena"( entre outras) , derrubaram a ditadura salazarista que oprimia o povo português.
  • Movimento das Forças Armadas é bem sucedido no Golpe de Estado de 25 de Abril que derruba o regime.

    Movimento das Forças Armadas é bem sucedido no Golpe de Estado de 25 de Abril que derruba o regime.
    Na madrugada de 25 de abril, as forças armadas conseguem por fim ao regime ditatorial. A ação militar, sob a coordenação de Otelo Saraiva de Carvalho, teve início às 22:55m do dia 24 com a transmissão, pela rádio da canção "E depois do Adeus". Às 0:20m do dia 25 ouvia-se a canção "Grândola, Vila Morena". Às 12:30m, Salgueiro Maia cerca o Quartel da GNR, no Largo do Carmo, onde Marcelo Caetano se exilou. Caetano vê-se obrigado a entregar o poder ao general Spínola (17:30m).
  • A Junta de Salvação Nacional proclama o Movimento das Forças Armadas na RTP.

    A Junta de Salvação Nacional proclama o Movimento das Forças Armadas na RTP.
    A Junta de Salvação Nacional apareceu na RTP à (1h:20 minutos) da madrugada de 26 de abril de 1974 para proclamar o Movimento das Forças Armadas. Foi António de Spínola que leu a proclamação que prometia eleições para a Assembleia Constituinte e também, para a presidência da república, a amnistia dos presos políticos, a dissolução da PIDE e por fim, da censura. Por fim, anunciou-se também a criação de um governo provisório.
  • Manifestação no dia 1 de maio de 1974 e o regresso de Mário Soares e Álvaro Cunhal

    Manifestação no dia 1 de maio de 1974 e o regresso de Mário Soares e Álvaro Cunhal
    No dia 1 de maio depois do 25 de Abril, milhões de portugueses de norte a sul, de cravo ao peito, ouviam os discursos de Mário Soares e Álvaro Cunhal, entretanto regressados do exílio.
    Celebrava-se a liberdade e a mudança económica, política e social. Nas varandas e janelas dos prédios da cidade de Lisboa, viam-se colchas e bandeiras nacionais. E por fim, em alto e bom som ouvia-se nas ruas e praças "O povo unido jamais será vencido!", "As nossas armas são as flores".
  • A Independência das colónias

    A Independência das colónias
    É aceite a independência das colónias portuguesas.
  • Minoria Silenciosa e a Independência oficial da Guiné.

    Minoria Silenciosa e a Independência oficial da Guiné.
    Apelo do presidente Spínola ao poder da Minoria Silenciosa.
    O Governo português admite a Independência da Guiné.
  • Apoio ao General Spínola

    Apoio ao General Spínola
    Manifestação organizada por alguma população de modo a apoiar o General Spínola.
  • Demissão do presidente Spínola

    Demissão do presidente Spínola
    Apesar da tentativa de apoio da manifestação da minoria silenciosa, o General António Spínola demite-se do seu estatuto como presidente da república. Costa Gomes acaba por ocupar este cargo.
  • O Golpe fracassado.

    O Golpe fracassado.
    O General Spínola, bem como a fação do ex-presidente António de Spínola ordenou um golpe militar com o intuito de promover um golpe de Estado. A operação foi fracassada e Spínola, juntamente com alguns dos seus companheiros, é obrigado a exilar-se para a Espanha. Assim, a esquerda aproveita para radicalizar a política económica.
  • Eleições para a Assembleia Constituinte

    Eleições para a Assembleia Constituinte
    Primeiras eleições recorrentes a sufrágio Universal no país, nas quais o PS acaba vencedor.
  • A Independência oficial de Moçambique

    A Independência oficial de Moçambique
    Portugal reconhece a independência oficial de Moçambique.
  • Independência oficial de Cabo Verde

    Independência oficial de Cabo Verde
    O Governo português reconhece a independência oficial de Cabo Verde.
  • Independência oficial de São Tomé e Príncipe

    Independência oficial de São Tomé e Príncipe
    Portugal dá a independência oficial a São Tomé e Príncipe
  • Documento dos Nove

    Documento dos Nove
    Este documento assinado por Vasco Lourenço, Canto e Castro, Vitor Crespo, Costa Neves, Melo Antunes, Vítor Alves, Franco Charais, Pezarat Correia e Sousa e Castro, foi um manifesto de resposta aos militares radicais, apresentado ao presidente da República, general Costa Gomes, pelos militares favoráveis ao estabelecimento de um regime político pluralista e à continuação dos trabalhos da Assembleia Constituinte.
  • Independência oficial de Angola

    Independência oficial de Angola
    Portugal admite a independência oficial de Angola
  • Golpe de 25 de Novembro de 1975

    Golpe de 25 de Novembro de 1975
    Última tentativa de tomada de poder por parte dos esquerdistas radicais que quase originou uma guerra civil no país, mas q acabou por eliminar por completa a influência comunista no país e decidiu a instauração de uma democracia pluralista baseada, constitucionalmente, numa economia de mercado.
  • Ramalho Eanes Presidente da República

    Ramalho Eanes Presidente da República
    O general Eanes foi eleito nas presidenciais de 1976, depois de ter dirigido as operações militares de 25 de Novembro de 1975. Oficial de carreira, estava em Angola quando se deu o 25 de Abril. Foi diretor de programas e presidente da RTP.
    Candidato à Presidência da República em 1976, o general Ramalho Eanes, alcançou quase 62 por cento dos votos, numa eleição em que concorreram também Otelo Saraiva de Carvalho, Pinheiro de Azevedo e Octávio Pato
  • Constituição Portuguesa

    Constituição Portuguesa
    Entra em vigor a Nova Constituição Portuguesa
  • Pedido de adesão de Portugal à CEE

    Pedido de adesão de Portugal à CEE
    O pedido de adesão à CEE, formulado a 28 de março de 1977, teve por base motivos políticos, uma vez que seria uma forma de afirmação a nível mundial, quebrando-se o isolamento em que o Estado Novo deixara o país.
  • Conclusão da Revisão

    Conclusão da Revisão
    É concluída a Revisão da Constituição de 1976
  • Primeira Medalha Olímpica para Portugal por Carlos Lopes

    Primeira Medalha Olímpica para Portugal por Carlos Lopes
  • Sistema Multibanco em Portugal

    Sistema Multibanco em Portugal
    Introdução do sistema bancário de Multibanco em Portugal, uma novidade que se fez sentir no modo de vida da população.
  • Assinatura do Tratado da adesão de Portugal à CEE

    Assinatura do Tratado da adesão de Portugal à CEE
    Em 12 de junho de 1985 Portugal assinou o tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE). O primeiro-ministro Mário Soares liderou a comitiva que formalizou, no Mosteiro dos Jerónimos, a entrada do país no projecto europeu.
  • Portugal na CEE

    Portugal na CEE
    Após a assinatura do Tratado em 1985, Portugal faz oficialmente parte da Comunidade Económica Europeia.
  • Primeira Votação portuguesa para o Parlamento Europeu

    Primeira Votação portuguesa para o Parlamento Europeu
    Pela primeira vez os portugueses fazem representar-se no parlamento europeu.
  • Conclusão da auto-estrada Lisboa-Porto

    Conclusão da auto-estrada Lisboa-Porto
  • Tratado de Mastricht

    Tratado de Mastricht
    Tratado que transforma a CEE em União Europeia.
  • Lisboa, capital europeia da cultura

    Lisboa, capital europeia da cultura
  • Entrada em vigor do acordo Schengen, em Portugal

    Entrada em vigor do acordo Schengen, em Portugal
    Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários.
  • Freitas do Amaral presidente da Assembleia Geral da ONU

    Freitas do Amaral presidente da Assembleia Geral da ONU
  • Jorge Sampaio Presidente da República

    Jorge Sampaio Presidente da República
    Foi Presidente da República entre 1996 e 2006. Enquanto estudante esteve envolvido na luta estudantil dos anos 60. Foi líder do Partido Socialista e autarca da Câmara de Lisboa durante dois mandatos.