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Nasceu no Porto a 09 junho 1900.
José Gomes Ferreira foi um escritor e poeta português, filho do empresário e benemérito Alexandre Ferreira. -
Com quatro anos de idade, mudou-se para a capital. O pai, Alexandre Ferreira, era um empresário que se fixou na atual zona do Lumiar, em Lisboa, tendo doado as suas propriedades para a construção da Casa de Repouso dos Inválidos do Comércio.
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Licenciou-se em Direito em 1924, tendo trabalhado posteriormente como cônsul na cidade de Kristiansund, na Noruega. Paralelamente, seguiu uma carreira como compositor, chegando a ter a sua obra "Suite Rústica" estreada pela orquestra de David de Sousa.
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Regressou a Portugal em 1930 e dedicou-se ao jornalismo. Colaborou nas publicações "Presença", "Seara Nova", "Descobrimento", "Imagem", "Sr. Doutor", "Gazeta Musical", entre outras. Também traduziu filmes com o pseudónimo de Álvaro Gomes.
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Iniciou-se na poesia com "Viver sempre também cansa", em 1931, apesar de já ter feito algumas publicações, nomeadamente, os livros "Lírios do Monte" e "Longe".
Viver sempre também cansa.
Viversempretambemcansa -
Foi só em 1948 que teve início a publicação do seu trabalho, com "Poesia I" e "Homenagem Poética a António Gomes Leal" (colaboração).
Compareceu a todos os grandes momentos "democráticos e antifascistas" e, pouco antes do MUD (Movimento de Unidade Democrática), colaborou com outros poetas neorealistas num álbum de canções revolucionárias compostas por Fernando Lopes Graça, com a sua canção "Não fiques para trás, ó companheiro".
Interpretação de Fernando Lopes Graça -
Em 1933, escreveu "Aventuras de João sem medo", em 26 folhetins, para uma gazeta juvenil, "O Senhor Doutor", sob o pseudónimo de Avô do Cachimbo. O livro só é publicado em 1963.
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Em 1978, tornou-se SubPresidente da Associação Portuguesa de Escritores.
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Em 1979, foi candidato da APU (Aliança Povo Unido), por Lisboa, nas eleições legislativas intercalares desse ano.
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Associou-se ao PCP (Partido Comunista Português)
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Em 1983, foi submetido a uma delicada intervenção cirúrgica.
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José Gomes Ferreira faleceu em Lisboa, a 8 de fevereiro de 1985, vítima de uma doença prolongada.