-
Em Roma, formaram-se vários tipos de associações destinadas a pessoas que tinham a mesma profissão, por exemplo: artesãos, militares, juízes, sacerdotes, etc. Umas surgiram por iniciativa do grupo, outras por iniciativa do Estado.
-
Na Idade Média continuaram a formar-se vários tipos de associações de mercadores destinadas a prever e atenuar os riscos que corriam nas viagens terrestres, mas sobretudo nas viagens marítimas . Estas associações envolviam acordos entre financiadores, proprietários de navios, mercadores e marinheiros que podiam ou não celebrar os contratos por escrito e convinham a todos os interessados, pois partilhavam os lucros, mas também partilhavam os riscos.
-
O rei confirmou a Bolsa dos Mercadores que tinha sido fundada por um grupo de proprietários de navios que viviam no Porto e se dedicavam ao comércio com o norte da Europa, sobretudo com a Flandres. Conforme tinham acordado, depositavam uma determinada quantia por viagem, num fundo comum.Em caso de naufrágio, ataque de piratas, rapto de pessoas ou outros prejuízos, o fundo compensava as perdas. Os donos dos navios maiores depositavam uma quantia mais elevada.
-
Em Portugal, a rainha D. Leonor, mulher do rei D. João II, fundou uma organização de solidariedade que tinha finalidades idênticas às dos seguros: socorrer quem precisasse de ajuda.
-
Existia em Lisboa uma organização destinada a registar as apólices de seguro que envolvessem comércio marítimo português.
Chamava-se Casa dos Seguros. Esta casa ainda existia no século XVIII, mas ficou totalmente destruída com o terramoto de 1755, perdendo-se todos os documentos que ali se encontravam. No entanto, como era muito importante para o comércio, depressa se reorganizou e três anos
depois do terramoto já estava novamente a funcionar. -
Os primeiros Montes criados com fins de solidariedade receberam este nome, segundo consta, porque de início eram montes de cereais acumulados pelos agricultores italianos que tinham tido boas colheitas e podiam dispensar uma parte. Esses montes eram guardados e serviam para ajudar os infelizes que tinham tido más colheitas. Em Portugal também se organizaram associações deste tipo a que se dava o nome de Celeiros Comuns.