-
Início do século XX
-
A crise e a queda da Monarquia Constitucional- Regicídio de D.Carlos I e Luís Filipe
D. Carlos I e Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal, foram assassinados no Terreiro do Paço, quando estavam a regressar a Lisboa. Depois do atentado, D.Manuel II subiu ao trono, mas com a falta de preparação para governar e com a fúria republicana contra a monarquia estavam reunidas as condições para uma revolução que punha fim à monarquia constitucional. -
A crise e a queda da Monarquia Constitucional- Implantação da República
De 3 para 4 de outubro, várias forças militares revoltaram-se contra a monarquia, mas só na manhã de 5 de outubro é que a República foi implantada, a partir das varandas da Câmara Municipal de Lisboa, depois de um longo processo para que tal acontecesse. Nesse mesmo dia o rei e a sua família embarcaram a caminho do exílio. Formou-se o Governo Provisório sob a presidência de Teófilo de Braga e era o fim da Monarquia Constitucional. -
A crise e a queda da Monarquia Constitucional- Promulgação da República e o início da 1ª República
A 21 de agosto a Assembleia Constituinte portuguesa aprovou a promulgação da República e em 24 de agosto Manuel de Arriga torna-se no primeiro presidente da República. Assim inicia-se a 1ª República. -
As realizações e as dificuldades da 1ª República
Para além desta dificuldade havia vários golpes militares que queriam estabelecer a ditadura e havia, também, frequentes agressões físicas, assassinatos, entre outros. Um exemplo de um golpe foi o Sidonismo que foi um regime antiparlamentarista, introduzido por Sidónio Pais em Portugal, durante a 1ª República. Tudo isto fez com que a ação do governo fosse dificultada e, consequentemente, o descontentamento aumentava. -
As realizações e dificuldades da 1ª República
Algumas da realizações da 1ª República eram à base do ensino (criação de universidades, ensino primário obrigatório,..), do Estado (registo civil obrigatório, entre outros) e da sociedade (direito à greve,...) Devido as várias causas, a 1ª República viu-se obrigada a enfrentar várias dificuldades. Algumas dessas dificuldades foram o derrubamento frequente dos governos, pois, de acordo com a Constituição de 1911 o poder executivo (governo) dependia do poder legislativo (Congresso da República). -
Do derrube da 1ª República ao regime ditatorial
Em 1916, Portugal viu-se obrigado a entrar na 1ª Guerra Mundial, que contribuiu para o aumento das dificuldades vividas e para o descontentamento com a 1ª República. -
Do derrube da 1ª República ao regime ditatorial
Com a soma da instabilidade política e da crise financeira (elevado aumento da dívida do Estado), económica e social, devida à Grande Guerra, a 28 de maio de 1926 ocorreu um Golpe Militar que teve como consequências a suspensão das liberdades e a dissolução do Congresso. -
A emergência e consolidação do Estado Novo em Portugal
Após o golpe militar em 1926, que acabou instaurando uma ditadura militar, Portugal ainda sofria de instabilidade politica e problemas económicos o que contribuía para aumentar o défice orçamental. Assim, com Portugal ainda em crise, general Óscar Carmona, eleito presidente da República, decidiu convidar António de Oliveira Salazar a cargo de ministro das finanças. -
A emergência e consolidação do Estado Novo em Portugal- a ascensão de Salazar
Embora Salazar tenha recusado o convite do seu novo cargo a ministro das finanças, mais tarde aceitou após serem aceites as suas condições, no seu acordo Salazar iria aceitar o cargo se pudesse supervisionar os orçamentos de todos os ministérios, ter o direito a veto sobre os aumentos de despesa, ele teria poder com repercussão direta nas receitas ou despesas do Estado e assim todos os ministérios apenas se limitavam a organizar os seus serviços. -
A emergência e consolidação do Estado Novo em Portugal- o Estado Novo
Durante o Estado Novo foram formadas organizações com características fascistas tal como a mocidade portuguesa que tinham objetivos em comum com a Juventude Fascista Italiana e a Juventude Hitleriana, que procurava desenvolver devoção á pátria, respeito pela ordem, o culto do chefe e o espirito militar. Estas organizações seguiam o modelo fascista italiano, usavam fardas próprias.
Foi criada a policia militar, PIDE, semelhante á policia ditatorial de Itália(Jstor) e Alemanha(SS). -
A emergência e consolidação do Estado Novo em Portugal- A censura
Como medidas de repressão e controlo, o Estado implementou a policia militar, PIDE, cujo objetivo era fazer cumprir as leis impostas pelo Estado censurando, prendendo e torturando todos os opositores; a censura á imprensa que se estendeu a outras áreas como o teatro, o cinema, a rádio, a televisão e também na religião. Também nas escolas foram adotados manuais únicos oficiais que transmitiam os valores salazaristas. -
A nova "ordem mundial" do após guerra em Portugal
A 2ª Guerra Mundial terminou em 1945 com a derrota dos fascismos. Essa derrota não pôs fim ao Estado Novo em Portugal, pois no final da guerra Salazar uniu-se aos Aliados. Apesar desta união aos Aliados, Salazar ainda mostrava algumas atitudes favoráveis aos fascistas, então para agradar aos vencedores da guerra e para acalmar a agitação social, Salazar desenvolveu uma Assembleia Nacional e a 18 de novembro de 1945 organizou umas eleições legislativas -
A nova "ordem mundial" do após guerra em Portugal- Entrada na OTAN e na ONU
Portugal foi convidado a entrar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), devido à importância geoestratégica da base das Lajes e a 4 de abril de 1949 entra como membro fundador, o que revelou a aceitação pelas democracias ocidentais ao regime de carácter anticomunista de Salazar. Esta adesão à OTAN contribuiu também para que em 1956 Portugal entrasse para a ONU (Organização das Nações Unidas), sendo este o segundo pedido de admissão feito pelo país. -
A nova "ordem mundial" do após guerra em Portugal- Oposição à ditadura portuguesa e o novo método de crescimento económico
As principais oposições à ditadura eram a democracia (regime político em que todos os cidadãos participam igualmente, elegendo o governo através do voto) e a corrente marcelista (maneira de modernizar o país, mas sem descolonizar ou democratizar). Todas estas oposições originaram as eleições de 49 e 58 que não obtiveram o resultado pretendido, devido a Salazar, continuando, o Estado Novo. A partir da década de 50 a indústria substitui a agricultura, sendo o novo modelo do crescimento económico. -
As consequências da política do Estado Novo perante o processo de descolonização do após guerra
Depois da 2ª Guerra Mundial, a descolonização aumentou. Apesar deste aumento, Salazar recusou descolonizar as suas terras mesmo com a pressão internacional que lhe ponham, que contribuiu para o isolamento financeiro e político de Portugal. Devido a isso Goa, Diu e Damão foram invadidos pela União Indiana, onde Salazar viu-se obrigado a retirar as forças. Para além disso, em África surgiram revoltas que defendiam a independência territorial, iniciando-se, assim a Guerra Colonial. -
As consequências da política do Estado Novo perante o processo de descolonização do após guerra
Esta guerra, para além dos mortos que provocou, contribuiu também para o atraso económico que já existia, que contribuiu para que a população vivesse miseravelmente, desenvolvendo-se um surto de migração nas décadas de 50 e 60 das zonas rurais para as urbanas e para o estrangeiro. -
As consequências da política do Estado Novo perante o processo de descolonização do após guerra- O Marcelismo
Marcelo Caetano substituiu Salazar, em 1968, quando este adoeceu. Ficou também conhecido como o fundador da "Primavera Marcelista" que foi um período de esperança em que alguns políticos que estavam exilados voltaram e em que a ação da PIDE e a censura suavizaram. Marcelo Caetano, quando substituiu Salazar prometeu aos liberais, reformas políticas, económicas e sociais e, aos conservadores, a manutenção da guerra colonial e assim o fez. Mesmo assim as condições de vida não melhoraram. -
Revolução democrática portuguesa- 25 de abril de 1974
O 25 de abril de 1974 deveu-se a várias motivações entre elas estavam a reposição do prestígio das Forças Armadas e a defesa da democracia para negociar o fim da guerra colonial. Este dia aconteceu devido à adesão popular ao MFA (Movimento das Forças Armadas), apoiando-os com palavras, dando cravos e alimentos. -
Revolução democrática portuguesa- 25 de abril de 1974- acontecimentos
Este dia ficou marcado por vários acontecimentos, destacando-se a transmissão da canção "Grândola Vila Morena" de José Afonso, a ocupação por parte do MFA (Movimento das Forças Armadas) nas emissoras, o encontro de Salgueiro Maia com Marcelo Caetano, na sede do comando-geral da GNR, onde este estava refugiado, a conversa de Marcelo Caetano com o general Spínola através de intermediários e o abandono do quartel do Carmo por Marcelo Caetano, onde milhares de pessoas aplaudiam as Forças Armadas. -
Revolução democrática portuguesa- 25 de abril de 1974- Da descolonização aos problemas económicos e sociais
Um dos objetivos da MFA era a descolonização que teve como resultado a chegada de milhares portugueses com dificuldades económicas a Portugal e as guerras civis em Angola e Moçambique.
Em 1976 foi criada uma constituição, a Constituição de 1976 que garantia a liberdade e os direitos dos portugueses. Faziam parte da sociedade democrata os órgãos de soberania e os Tribunais.
A instabilidade revolucionária provocou uma crise económica, tendo sido o desemprego e a dependência dois dos seus frutos. -
Os efeitos da integração portuguesa nas Comunidades Europeias/União Europeia
Devido às dificuldades que Portugal estava a passar, o mesmo tentou entrar na CEE (Comunidade Económica e Europeia) para ter acesso ao mercado europeu e a fundos comunitários para modernizar as infraestruturas e a economia Então, em junho de 1985, Portugal assinou o tratado de adesão à CEE e a partir de 1986 tornou-se membro efetivo da mesma. Esta adesão obrigou o nosso país a modernizar-se. -
Os efeitos da integração portuguesa nas Comunidades Europeias/União Europeia
A modernização do nosso país verificou-se a nível da construção de infraestruturas, nas comunicações, na informática e no audiovisual. Tudo isto mais a diminuição do preço do petróleo, da inflação e do valor do dólar fizeram com que a economia crescesse, aumentando, assim, as condições de vida das populações. Porém, os setores tradicionais, como a agricultura, enfrentaram dificuldades de exportação devido à concorrência, não podendo contar com a ajuda do governo, devido à UE que os condicionava. -
Referenciação
https://ensina.rtp.pt/artigo/recursos-de-historia/
https://www.aprendizinvestigador.pt/
https://www.rtp.pt/programa/tv/p17309
Oliveira, Ana & Cantanhede, Francisco & Catarino, Isabel & Gago, Marília & Torrão, Paula (2020). "O Fio da História" (1.ª ed). Lisboa: Texto Editores.