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Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa, Portugal, por volta de 1524. Era filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo.
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Em 1527, durante uma epidemia de Peste, em Lisboa, D. João III e a corte transferiram-se para Coimbra, e Simão, a mulher e o filho, com apenas três anos, acompanharam o rei.
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Em 1537, D. João III transferiu a Universidade de Lisboa para Coimbra. Camões iniciou o curso de Teologia, mas levava uma vida irrequieta, desordeira, além da fama de conquistador, mostrando pouca vocação para a Igreja.
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Nessa altura encontra-se com D. Catarina de Ataíde, dama da rainha D. Catarina da Áustria, esposa de D. João III e, desse encontro nasce uma ardente paixão, mais tarde imortalizada pelo poeta, que se referia à dama do paço, com o anagrama “Natércia”.
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Em um sarau, seguido de um torneio poético, o espanhol Juan Ramon, sobrinho de um professor da Universidade, sentiu-se ofendido por causa dos versos de Camões. Seguiu-se um duelo e o espanhol saiu ferido, o que terminou na prisão do poeta, sob o protesto dos estudantes. No final de muitas discussões, Camões é perdoado, com a condição de ser desterrado durante um ano em Lisboa.
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Em 1544, com 20 anos, deixou as aulas de teologia e ingressou no curso de filosofia. Já era conhecido como poeta. Nessa época, compôs uma elegia à Paixão de Cristo, que ofereceu a seu tio. Seus versos revelam que ele estudou os clássicos da Antiguidade e os humanistas italianos.
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Na capital, os versos do poeta eram apreciados pelas damas da corte. Era perseguido por outros poetas, sendo vítima de muitas intrigas para desprestigiá-lo e afastá-lo da corte. Para fugir das perseguições, em 1547, Camões resolve embarcar, como soldado, para a África. Serviu dois anos em Ceuta. Combateu contra os mouros e durante uma briga perdeu o olho direito.
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Em 1549, Luís de Camões retorna para Lisboa e entrega-se a uma vida desregrada.
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Em 1553, envolve-se em novo incidente, ferindo um empregado do paço. Foi preso e permaneceu um ano encarcerado.
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Posto em Liberdade, em 1554, Camões embarca para as Índias. Esteve em Goa, e toma parte de várias outras expedições militares.
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Em 1572, depois de voltar a Portugal, publica seu poema Os Lusíadas que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
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O poema é composto de dez cantos, cada canto é formado por estrofes de oito versos. Com o sucesso, Camões recebe do rei D. Sebastião uma pensão anual, que mesmo assim não o livrou da extrema pobreza em que vivia.
Camões narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama.
Mescla fatos da História Portuguesa a intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador. -
Luís de Camões morreu em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza. Segundo alguns biógrafos, Camões não tinha sequer um lençol para lhe servir de mortalha.