Patrimônio (tudo o que é referência cultural em termos de memória, ação e identidade para uma coletividade)

  • Decreto do Tombamento

    Decreto do Tombamento
    Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
  • Nova Fase

    A partir de 1960 o momento é outro. Outra elite não identificada com a matriz portuguesa considerada “velharia”. Uma elite afinada com o estrangeiro. JK traz a ideia do moderno e, nesse contexto, a política do IPHAN foi considerada inadequada aos novos tempos
  • Fase Heroica do Serviço de Patrimônio

    Fase Heroica do Serviço de Patrimônio
    De 1937 a 1969 foram 803 bens tombados: 368 eram de arquitetura religiosa, 289 de arquitetura civil, 43 de arquitetura militar, 46 conjuntos, 36 bens móveis, 6 sítios arqueológicos e 15 bens naturais.
  • Reconstrução das cidades históricas

    Reconstrução das cidades históricas
    Em 1973 o governo lança o Programa de Reconstrução das Cidades Históricas para recuperação dos bens de “pedra e cal” e no incremento do turismo e do comércio em áreas consideradas de tradição histórica e cultural, sobretudo no Nordeste.
  • CNRC

    Em 1975 MEC implanta um plano oficial na área da cultura, denominado Política Nacional de Cultura que viabilizou a criação do Centro Nacional de Referência Cultural (CNRC) – sistema de referência básico, empregado na descrição da dinâmica cultural brasileira. O CNRC, sob a liderança do designer Aloísio Magalhães, não trabalhava com a noção de patrimônio cultural, mas de bem cultural e cultura popular.
  • Fundação Nacional Pró-Memória

    Em 1979 foi criada a Fundação Nacional Pró-Memória, com o objetivo de driblar entraves burocráticos e agilizar a captação de recursos para projetos culturais. Coordenação de Aloísio de Magalhães.
  • Serra da Barriga

    Serra da Barriga
    Em 1985 o IPHAN tombou a Serra da Barriga, em Alagoas, onde se localizaram o quilombo de Palmares.
  • Tombamento da Casa Branca do Engenho Velho Bahia

    Tombamento da Casa Branca do Engenho Velho Bahia
    Enfraquece a ideia de nação em favor do fortalecimento dos recortes indentitários. Foi o primeiro templo religioso afro-brasileiro a ser tombado como patrimônio histórico do Brasil em 1982.
  • Constituição de 1988

    A instalação da Constituinte Brasileira no final dos anos 80 foi também um marco considerável na construção do atual conceito de patrimônio cultural, uma vez que as forças dos partidos de esquerda, dos grupos intelectuais e dos órgãos de cultura juntaram-se para construir um conceito de patrimônio cultural de conteúdo mais dinâmico (...) (RODRIGUES, 2006, p.11 apud TELLES, 2007, p. 44).
  • Tombamento de 47 casas em Antônio Prado/RS

    Tombamento de 47 casas em Antônio Prado/RS
    Novidades do tombamento que derrubaram preconceitos e visões predominantes: Casas de madeira, contrariando o padrão tradicional de preservação de edifícios históricos, restritos aos monumentos de pedra e cal; Região de imigração italiana, contrariando o mito das três raças formadoras da identidade nacional; Divergência do padrão médio de preservação no Brasil (concentração no acervo de origem luso-colonial);
  • Lei Rouanet em 1991

    As políticas culturais adotadas no Brasil de preservação a partir de 1990:
    - distanciaram-se da concepção da Constituição de 88.
    - sucumbiram a noção de “cidade espetáculo” e não cidade como documento.
    - associação dos bens culturais ao seu valor de mercado
    -paisagens historicamente construídas são transformadas em “ruínas” patrimoniais de marketing – cidade histórica objeto de consumo.
    - simulacro de preservação (recuperar apenas o traçado e características estéticas das construções).
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  • Pelourinho é tombado pela UNESCO

    Pelourinho é tombado pela UNESCO
    Entre 1938 e 1945 varios casarões foram tombados pelo IPHAN. Em 1993 o governo Antonio Carlos Magalhães começou o porcesso de restauração em 10 etapas. 800 casarões foram se transformando em bares, pousadas e restaurantes...
  • Cadastro de Patrimônio Cultural Indígena

    A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) publicara a Portaria nº 693, instituindo o Cadastro de Patrimônio Cultural Indígena.
  • Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC).

    Paralelamente às discussões que culminaram na promulgação do Decreto nº 3.551/2000 o IPHAN empreendeu a elaboração de uma metodologia ou instrumento de sistematização de dados que fosse adequado à identificação e produção de conhecimento sobre bens culturais, agora segundo a noção de referência cultural e com a presença de sua dimensão imaterial. É nesse panorama que se desenvolve o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC).
  • Decreto nº 3.551/2000

    Decreto nº 3.551/2000
    Em 2000, novo instrumento de preservação no país – Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial. Livro dos Saberes, das Celebrações das Formas de Expressão (literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas) e dos Lugares.
    Permite inscrever memórias e saberes historicamente subalternizados. Marca uma postura inovadora em relação à noção de patrimônio histórico e artístico, abrindo espaço para o patrimônio cultural não consagrado
  • Departamento do Patrimônio Imaterial

    Em 2004, o Decreto n° 5.040 criou o Departamento do Patrimônio Imaterial do IPHAN (DPI), dando os atuais contornos institucionais na atuação pública federal sobre o patrimônio cultural imaterial (IPHAN, 2006).
  • Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial

    Decreto nº. 5.753/2006 que promulgou a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. O Registro deve incluir, além da produção e sistematização de conhecimentos e documentação sobre o bem cultural, a “proposição de ações para a salvaguarda do bem”.
  • Chancela de Paisagem Cultural

    Chancela de Paisagem Cultural
    "Paisagem Cultural Brasileira é uma porção peculiar do território nacional, representativa do processo de interação do homem com o meio natural, à qual a vida e a ciência humana imprimiram marcas ou atribuíram valores." Portaria 127/2009