Historia da educação de surdos

  • Relatório Ernest Huet

    Em 1855, E. Huet apresentou um relatório que revelava sua intenção em fundar uma escola para surdos no Brasil, apoiando-se em sua experiência anterior quando atuou como diretor de uma instituição para surdos na França.
  • Decreto-Lei nº 16.490

    O Decreto-Lei nº 16.490, de 11 de março de 1947, que instituiu a Lei Orgânica do Ensino Primário no Espírito Santo, deixa claro que a matrícula no ensino primário, embora obrigatória, poderia ser dispensada aos estudantes que ‘’[...] sofrerem de incapacidade física ou por qualquer outro motivo razoável, não possam estudar’’.
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    Falar

    Ver possibilidades na oralização da criança surda caixaba provocou um intenso movimento, a partir de 1957, e se estendeu até a década de 2000, mesmo sem a presença de sua principal interlocutora.
  • Decreto nº 42.728

    O acesso das crianças surdas ao sistema de ensino aconteceu por meio dos convênios entre o Ines e as Secretarias de Educação, balizados pelo Decreto nº 42.728, de 3 de dezembro de 1957, que instituiu a Campanha para Educação do Surdo Brasileiro.
  • 1ª Sala de aula: Parque Infantil Ernestina Pessoa

    No ano de 1958, por meio do Convênio firmado entre o Ines e a Secretaria de Educação do Espírito Santo, Álpia Couto, Celcy Couto Matos e Leda Coutinho, que atuavam no Ines, vieram para o Espírito Santo e começaram o trabalho inicialmente, em uma sala no Parque Infantil Ernestina Pessoa. (Endereço: R. Loren Reno, 115 - Centro, Vitória - ES, 29020-755)
    Essa medida foi o primeiro passo para a implantação da alfabetização de surdos em nosso Estado, dando início à Educação Especial no Espírito Santo.
  • Transferencia da Escola Ângela de Brienza para Vitória

    Nesse mesmo período, transferiu-se a Escola Ângela de Brienza para Vitória, onde atendia a crianças em idade pré-escolar, não surdas, no período da tarde, e a crianças surdas, vindas do Rio de Janeiro, em regime de internato.
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    Método Oral Puro

  • Portaria nº 19

    Em 1959, pela Portaria nº 19, de 20 de março de 1959, assinada por Ana Rímoli, diretora da Campanha para a Educação do Surdo Brasileiro, foi “[...] designada como Professora Responsável pelos Deficientes Auditivos no Espírito Santo, passando a dar orientação e supervisão a todas as classes especiais já criadas” (COUTO-LENZI, 2004, p. 39).
  • Decreto nº 612

    De acordo com o Decreto nº 612, de 24 de abril de 1959, “[...] A Secretaria de Educação e Cultura do Estado e o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, do Ministério da Educação e Cultura, resolve instalar 3 (três) cursos para educação dos deficientes da fonação e da palavra [...]”, funcionando provisoriamente no Grupo Escolar Alberto de Almeida, no Parque Infantil Maria Queiroz Lindemberg, ambas em Vitória, e no Grupo Escolar Vasco Coutinho, em Vila Velha.
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    Conteúdos avaliados

    Nas pautas das turmas de alfabetização da E.E.E. Oral e Auditiva de Vitória, entre os anos de 1960 a 1969, é possível observar os conteúdos em que as crianças eram avaliadas: Matemática, Linguagem, Leitura Labial e Articulação.
  • Lei nº 4.024 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

    Em contexto mundial, foi o marco do reconhecimento da Educação Especial. Criou o Conselho Federal de Educação e, pela primeira vez, contemplou a educação dos excepcionais: Art. 88. Art. 89.
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  • Criação cartilha ‘’Posso falar’’

    No ano de 1969 Alpia criou a cartilha ‘’Posso falar’’, a fim de orientar o professor especialista em deficiência auditiva, que utilizava o método oral puro. Essa cartilha foi adotada como livro-base por muitos anos nas escolas orais e auditivas do Estado, sendo, inclusive, publicamente distribuída pelo Ministério da Educação (MEC).
  • Álpia Couto-Lenzi cede espaço de sua escola

    Em Vitória, a alegação do Poder Público de falta de local para atender as crianças surdas levou a professora Álpia Couto-Lenzi a ceder o espaço de sua escola, sem ônus, para o Estado, até 1969. Os livros de frequência dos alunos surdos, no período compreendido entre 1960 e 1969, demonstram que o número de alunos cresceu consideravelmente.
  • Matéria publicada no jornal A Gazeta.

    A tentativa de integrar as crianças surdas à educação institucionalizada foi sendo implementada gradativamente.
    Em matéria publicada no jornal A Gazeta, a Secretaria de Educação informou que o número de classes especiais, nas escolas primárias já estava sendo ampliado em Cachoeiro do Itapemirim (5), Colatina (3), Cariacica (2), São Gabriel da Palha (1), Castelo (1) e Mimoso do Sul (1). Em função dos nossos limites, vamos nos deter nos municípios de Vitória, Cachoeiro do Itapemirim e Colatina.
  • Artigo no jornal A Gazeta

    Álpia, em artigo no jornal A Gazeta, intitulada A criança surda e a escola: o que é uma criança surda. Para iniciar o aprendizado da linguagem falada, o surdo tem que receber um preparo especial, através de exercícios que irão desenvolver, principalmente, os sentidos do tato e da visão, assim como os órgãos que influem para uma boa emissão de voz. Assim, fazem exercícios respiratórios, de sopro, de língua e lábios, bochecha, de tato, exercícios físicos em geral para a coordenação visual, motora.
  • Instituto Oral do Espírito Santo

    Somente em 1970, após nove anos ocupando o espaço da Escola Ângela de Brienza, “[...] a escola para surdos passou a funcionar em outro local, um andar inteiro de um edifício, alugado pela Secretaria de Educação, com o nome de Instituto Oral do Espírito Santo” (COUTO-LENZI, 2004, p.42), na Praia do Suá, em Vitória.
  • Escola de surdos Colatina

    Em Colatina as crianças surdas foram matriculadas em escolas comuns antes de passar para uma escola especial. Em correspondência, enviada no dia 10/03/1972, a coordenadora municipal mostra a tensa relação que se estabelecia no processo de integração das crianças nas escolas comuns, ao informar que por falta de espaço e carteiras na Classe que nos foi concedida no grupo Dr. Ubaldo Ramalhete, em S. Silvano, neste município, suspendi as aulas e aguardo providências da diretora deste estabelecimento
  • Método Perdoncini

    Álpia conheceu o Método P. na Universidade de Nice, na França - estimular e educar a audição residual da criança surda por meio de estímulos repetitivos, trabalhando os parâmetros do som, como a duração, intensidade e frequência. Trabalha direção de fazer com que a criança aprenda a ouvir e a falar a partir dos resíduos auditivos. Independentemente do nível de perda auditiva, todos os surdos possuem uma audição residual. Atingindo sons da fala, com aparelhados e a correta educação auditiva.
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    Atendimento ao aluno surdo

    Álpia organizou o atendimento ao aluno surdo baseado nos graus de perda auditiva, com o intuito de facilitar a inserção do aluno surdo na escola regular onde eles ainda não eram aceitos, uma das 1ª intenções de inclusão do sujeito surdo no ensino regular no Estado e responsável por orientar a formação de professores de surdos, antes orientada pela SEDU tinha base o oralismo e foi ofertada até o ano de 2000. A organização era em: surdez leve, surdez moderada, surdez severa e surdez profunda.
  • Curso Método Perdoncini

    Em 1975 foi realizado um curso de formação de professores sob a perspectiva do Método Perdoncini.
  • Avaliação da cartilha "Posso falar"

    Em 1977, a autora da cartilha realizou uma pesquisa dos resultados do trabalho realizado pelos professores que a utilizavam e dessa forma houve uma reedição juntamente com um livro de orientação de uso para o professor.
  • Movimento de oficialização da LIBRAS

    No Brasil, os surdos, no final dos anos 1980, lideraram o movimento de oficialização da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
  • Construção da Escola Lions de Surdos Professor Napoleão Albuquerque

    Construção da Escola Lions de Surdos Professor Napoleão Albuquerque, em 1986, atualmente, sede do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS).
  • Projeto de lei

    Em 1993, um projeto de lei foi responsável por iniciar uma longa batalha a favor da legalização e regulamentação da Libras, em âmbito federal.
  • Álpia começa a dar aulas particulares

    Ao concluir o Curso Normal em 1955, além de atuar como professora no Ines, a autora começa a da aulas particulares para crianças surdas, originando a Escola Ângela de Brienza, no Rio de Janeiro.
  • Educação primária para crianças deficientes da audição e da palavra

    No Espírito Santo não foi diferente. Soares (1996) diz que, no ano de 1955, o Ines e a Secretaria-Geral de Educação e Cultura do Distrito Federal firmaram um acordo com vistas a viabilizar a educação primária para crianças deficientes da audição e da palavra, publicado no Diário Oficial de 3 de dezembro do referido ano.
    O texto citou como referência uma Lei de 1951, que criou escolas para anormais, mas sem nenhuma referência às crianças deficientes da audição e da palavra.
  • Professores tiveram acesso LIbras

    No ano 2000, professoras de todo o ES, indicadas pelas superintendências, tiveram acesso ao conhecimento em Libras pela primeira vez. A estrutura curricular de cursos para formar especialistas era voltado a educação auditiva e a oralização, voltado a surdez como deficiência e focado principalmente no método.
  • Lei nº 10.436

    Apenas em 24 de abril de 2002 ocorreu a criação da Lei nº 10.436 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais.
  • Decreto regulamentação da Libras

    Em 22 de dezembro de 2005, a regulamentação por meio do Decreto que contém nove capítulos dispondo sobre os temas:
    1. a LIBRAS como disciplina curricular;
    2. o ensino da língua portuguesa oferecida aos alunos surdos como segunda língua;
    3. a formação de profissionais bilíngues;
    4. e também a regulamentação do uso e difusão dessa língua em ambientes públicos e privados.
  • A Ufes sediou o II Seminário Nacional de Pedagogia Surda

    Ocorreu um Ciclo de Estudos Surdos em Educação com pesquisadores renomados na perspectiva dos Estudos Surdos em Educação ​e de dois cursos de extensão: um de Formação de Professores Bilíngues e outro de Libras para a comunidade acadêmica.
  • Curso de extensão

    Em 2008, o curso focou a troca de experiências e os estudos de acordo com a demanda do próprio grupo. Tiveram encontros virtuais, por e-mails, conversas no MSN e blog. Os professores escreveram seus diários para reflexão sobre as temáticas discutidas. Isso garantia o exercício da escrita como autoavaliadora constantemente sobre cada encontro e também servia de registro dos processos de experiência desse professor ao se assumir como professor de surdos.
  • Atendimento Educacional Especializado – AEE

    O MEC, por intermédio da Secretaria de Educação Especial, considerando a Constituição Federal de 1988, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de janeiro de 2008; e o Decreto Legislativo nº 186, de julho de 2008, que ratifica a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), institui as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o AEE na educação básica, regulamentado pelo do Decreto nº 6.571, de 18 de setembro de 2008.
  • PROLIBRAS

    Em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2011, o INES passou a realizar o Programa Nacional para Certificação de Proficiência em Libras e para Certificação de Proficiência em Tradução e Interpretação de Libras/Língua Portuguesa (PROLIBRAS).
  • WebTV

    Em abril de 2013 aconteceu uma parceria com a Associação de Comunicação Roquette-Pinto (Acerp) onde foi lançada a primeira webTV em LIBRAS com legenda e locução em Língua Portuguesa, a fim de integrar diferentes públicos. A equipe é composta por profissionais de televisão surdos, ouvintes, tradutores intérpretes e profissionais do INES.
  • Primeiro desenho animado em Libras no YouTube

    Depois de uma tentativa sem sucesso de se comunicar com uma jovem surda em uma festa, o diretor de animação Paulo Henrique dos Santos, de 27 anos, decidiu criar um desenho animado para ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Min e as mãozinhas