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Foi um movimento de cunho liberal que eclodiu a 24 de agosto de 1820 na cidade do Porto e teve repercussões tanto na História de Portugal quanto na História do Brasil. Resultou no retorno da Corte Portuguesa, que se mudava para o Brasil durante a Guerra Peninsular, com a ratificação e implementação da primeira Constituição portuguesa.
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A Independência do Brasil foi um processo histórico de separação entre o Reino do Brasil e o Reino de Portugal, que ocorreu no período de 1821 a 1825, colocando em violenta oposição as duas partes. As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como objetivo reduzir a autonomia adquirida pelo Brasil, o que na prática o faria retornar ao seu antigo estatuto colonial.
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A Constituição Portuguesa Liberal foi aprovada a 23 de setembro de 1822, foi o mais antigo texto constitucional português, tendo assinalado uma tentativa de pôr fim ao absolutismo e inaugurar em Portugal uma monarquia constitucional. Apesar de ter estado vigente apenas durante dois efémeros períodos o primeiro entre 1822 e 1823, o segundo entre 1836 e 1838, foi um marco fundamental para a história da democracia em Portugal. Que depois foi substituída pela Carta Constitucional de 1826.
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Chegado a Lisboa em fevereiro de 1828, D. Miguel jura novamente a Carta. Porém, pouco tempo depois, falta ao compromisso assumido com seu irmão. Nomeia um novo ministério, dissolve as Câmaras e, convocadas as cortes à maneira antiga, é proclamado, pelos três estados do reino, rei absoluto.
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A Guerra Civil Portuguesa foi travada em Portugal entre os liberais constitucionalistas e os absolutistas sobre a sucessão real. As partes envolvidas foram o partido constitucionalista progressista liderado pela rainha D. Maria II de Portugal com o apoio de seu pai, D. Pedro IV, e o partido absolutista de D. Miguel.
Após dois anos de lutas intensas, as tropas miguelistas revelam as suas fraquezas, a guerra civil termina no Alentejo com a assinatura da Convenção de Évora Monte (26/5/1834). -
Após a Revolução de Setembro, em 1836, a Carta Constitucional foi abolida e em seu lugar, foi substituída, a título provisório pela Constituição Política da Monarquia Portuguesa de 1822, tendo sido convocadas Cortes Constituintes destinadas a redigir uma nova constituição, a qual viria a ser concluída e jurada em 4 de Abril de 1838 pela rainha D. Maria II.
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Maria da Fonte, ou Revolta do Minho, foi uma revolta popular ocorrida na primavera de 1846 contra o governo cartista presidido por António Bernardo da Costa Cabral.
A revolta resultou pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis de recrutamento militar.
O resultado foi uma nova guerra civil de 8 meses, a Patuleia, que apenas terminaria a 30 de junho de 1847, após a intervenção de forças militares estrangeiras ao abrigo da Quádrupla Aliança. -
Fontismo é a designação dada do período que se seguiu à Regeneração, entre 1851 a 1886,e à consequente crónica instabilidade política em que tinha mergulhado a monarquia constitucional portuguesa. O período foi marcado por ações de fomento de obras públicas e por uma tentativa de modernização das infraestrutura do país. Fontes Pereira de Melo era a figura política liderante do período, a qual esteve à frente de dois governos: 13/9/1871; 29/1/1878 a 22/1/1887, data da sua morte.
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Período da Monarquia Constitucional portuguesa que se seguiu à insurreição militar que levou à queda de Costa Cabral e dos governos de inspiração setembrista. Apesar do ministério que resultou do golpe ser presidido pelo marechal Saldanha, o principal personagem da Regeneração foi Fontes Pereira de Melo. Embora não possa ser claramente delimitada no tempo, o período da Regeneração durou cerca de 17 anos, terminando a em 1868, que levou o Partido Reformista ao poder.
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A 28 de outubro de 1856 foi inaugurado o primeiro troço ferroviário entre Lisboa e o Carregado, na Linha do Leste, agora designada Linha do Norte. A história dos caminhos de ferro em Portugal reveste-se de uma elevada importância para o conhecimento da evolução histórica deste país a partir de meados do século XIX. O desenvolvimento operado no país nos séculos XIX e XX fica a dever-se, no âmbito das vias de comunicação, maioritariamente ao meio ferroviário.
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Em meados do século XIX, vão aparecer, por todo o lado, postes de telégrafo elétrico, que seguem de perto o percurso do caminho de ferro. Em conjunto, estes dois novos elementos que marcam a paisagem estão ao serviço de um novo ritmo de vida próprio da burguesia capitalista.
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A Companhia União Fabril (CUF) foi uma importante empresa portuguesa do sector químico, fundada pelo empresário Alfredo da Silva.
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Em 25 de Março de 1876 foi legalmente criado, com consentimento do rei D. Luís, o Partido Republicano e, em 3 de Abril do mesmo ano foi eleito o seu primeiro diretório, de que faziam parte Oliveira Marreca, Latino Coelho, Elias Garcia, Consiglieri Pedroso.
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A primeira exploração das redes telefónicas de Portugal foi concedida, por contrato celebrado em 1882, ficando reservada ao Estado a implantação do serviço no resto do País. Em 1887 foi dada a necessidade de criar uma empresa específica para o serviço telefónico português.
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Ponte D. Luís I, é uma ponte em estrutura metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1886, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul, respetivamente) separadas pelo rio Douro, em Portugal. A ponte foi inaugurada em 1886 (tabuleiro superior) e 1888 (tabuleiro inferior e entrada em total funcionamento).
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O Ultimato britânico de 1890 contra as pretensões portuguesas em África provocou um movimento social e político de exaltação patriótica e de contestação da Monarquia. Marcava o fim do pretendido “mapa cor-de-rosa”, que uniria Angola e Moçambique, sob a soberania de Portugal.
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A revolta do 31 de janeiro de 1891 foi um levantamento militar que teve lugar na cidade do Porto e que é considerado como a primeira revolta republicana, a primeira tentativa de derrube da monarquia e de implantação da República em Portugal.
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O Regicídio de 1908 foi o assassinato do Rei D. Carlos I de Portugal e dos Algarves e do seu herdeiro aparente, Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal, por assassinos simpatizantes dos interesses Republicanos e auxiliados por elementos dentro da Carbonária Portuguesa. Os acontecimentos ocorreram a 1 de fevereiro de 1908 na Praça do Comércio, junto ao Rio Tejo, em Lisboa, vulgarmente conhecida pelo seu antigo nome de Terreiro do Paço.
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A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 de outubro e vitoriosa na madrugada do dia 5 de outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.