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Com o avanço da idade, especialmente após os 55 anos, ocorre uma redução gradual da densidade óssea. Isso acontece porque o organismo passa a absorver mais cálcio do que consegue repor, tornando os ossos mais porosos e frágeis. Nas mulheres, esse processo tende a ser mais acentuado devido à diminuição dos níveis de estrogênio após a menopausa, hormônio essencial para a manutenção da massa óssea.
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Os ossos tornam-se menos densos, mais finos e suscetíveis a fraturas, especialmente em regiões como quadril, punhos e vértebras. Há também uma diminuição do colágeno, o que contribui para a rigidez e fragilidade. Essa perda estrutural pode resultar em doenças como osteopenia e osteoporose, muito comuns em idosos.
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A coluna vertebral sofre mudanças marcantes com o envelhecimento. Os discos intervertebrais perdem parte de sua hidratação e elasticidade, reduzindo o espaço entre as vértebras e comprometendo a absorção de impacto. Isso pode levar à redução da estatura, ao encurvamento do tronco e ao surgimento de desvios posturais, como a hiper cifose torácica.
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Como consequência das modificações ósseas e musculares, ocorre uma alteração na postura corporal. O idoso tende a adotar uma posição mais inclinada para frente, com ombros projetados e cabeça anteriorizada. A base de sustentação também se alarga, pois o equilíbrio e a estabilidade diminuem. Essas mudanças afetam a marcha, o equilíbrio e aumentam o risco de quedas.
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As causas dessas transformações são diversas e interligadas. A redução hormonal, desempenha papel central no enfraquecimento ósseo. Além disso, a deficiência de cálcio e vitamina D, frequentemente associada à alimentação inadequada e à menor exposição solar, compromete a mineralização dos ossos. O sedentarismo, comum na terceira idade, reduz os estímulos mecânicos necessários para a manutenção da densidade óssea, acelerando a perda de massa.