LINHA DO TEMPO DOS CONTOS ROMÂNTICOS

  • 1 CE

    Capítulo 1, 1° evento - Eu lírico é pego pela chuva

    Capítulo 1, 1° evento - Eu lírico é pego pela chuva
    É surpreendido pela chuva, antes de entrar na mata. Logo após, se aquece perto de uma fogueira, junto à algumas outras pessoas. "Antes de entrar na mata, a tempestade tinha-me
    surpreendido nas vastas e risonhas campinas"
    "Junto a um fogo aceso defronte da porta da pequena casa da recebedoria, estava eu, com mais algumas pessoas, aquecendo os membros resfriados pelo terrível banho que a meu pesar tomara."
  • 2

    Capítulo 1, 2° evento - Eu lírico incrédulo

    Capítulo 1, 2° evento - Eu lírico incrédulo
    Não acredita na história de Cirino, sobre a alma de Joaquim Paulista enterrada e o corpo espatifado andando pelas matas. "Ora valha-te Deus, Cirino! Não te posso entender. Até aqui eu acreditava que, quando se morre, o corpo vai para a sepultura, e a alma para o céu, ou para o inferno, conforme as suas boas ou más obras. Mas, com o teu defunto, vejo agora, pela primeira vez, que se trocaram os papéis: a alma fica enterrada e o corpo vai passear."
  • 3

    Capítulo 2, 3° evento - Ossos saltitantes

    Capítulo 2, 3° evento - Ossos saltitantes
    Cirino conta que, cerca de 10 anos atrás, viu ossos brancos pulando e se esbarrando. "Enquanto eu estou esporeando com toda a força a barriga do burro, salta lá, no meio do caminho, uma cambada de ossinhos brancos, pulando, esbarrando uns nos outros, e estalando numa toada certa, como gente que está dançando ao toque de viola. Depois, de todos os lados, vieram vindo outros ossos maiores, saltando e dançando da mesma maneira."
  • 4

    Capítulo 2, 4° evento - Caveira branca

    Capítulo 2, 4° evento - Caveira branca
    Cirino conta que uma caveira branca com olhos de fogo se junta aos ossos e os mesmos dançam ao redor dela. "Por fim de contas, veio vindo lá, de dentro da sepultura, uma caveira branca como papel, e com os olhos de fogo; e dando pulos como sapo, foi-se chegando para o meio da roda. Dai começaram aqueles ossos todos a dançar em roda da caveira, que estava quieta no meio, dando de vez em quando pulos no ar, e caindo no mesmo lugar, enquanto os ossos giravam num corrupio, estalando uns nos outros"
  • 5

    Capítulo 2, 5° evento - Os ossos se juntam

    Capítulo 2, 5° evento - Os ossos se juntam
    Cirino conta que os ossos se juntaram, formando um corpo, e brincaram com a caveira. "Os ossos dos quadris, as costelas, os braços, todos esses ossos que ainda agora saltavam espalhados no caminho, a dançar, a dançar, foram pouco a pouco se ajuntando e embutindo uns nos outros, até que o esqueleto se apresentou inteiro, faltando só a cabeça. O esqueleto pega na caveira e começa a fazê-la rolar pela estrada, e a fazer mil artes e piruetas; depois entra a jogar peteca com ela..."
  • 6

    Capítulo 2, 6° evento - Esqueleto brinca com Cirino

    Capítulo 2, 6° evento - Esqueleto brinca com Cirino
    Cirino diz que esqueleto brincou com ele, que estava amedrontado. "O maldito esqueleto do inferno — Deus me perdoe! — não tendo mais nem um ossinho com quem dançar, assentou de divertir-se comigo, que ali estava sem pingo de sangue, e mais morto do que vivo, e começa a' dançar defronte de mim, como essas figurinhas de papelão que as crianças, com uma cordinha, fazem dar de mão e de pernas; vai-se chegando cada vez mais para perto, dá três voltas em roda de mim, dançando e estalando as ossadas;"
  • 7

    Capítulo 3, 7° evento - Eu lírico diz o que achou sobre a história

    Capítulo 3, 7° evento - Eu lírico diz o que achou sobre a história
    Eu lírico diz que foi tudo imaginação e medo de Cirino, que o fez ver as coisas que viu. "Os ossinhos que dançavam, não eram mais do que os raios da lua, que vinham peneirados por entre os ramos dos arvoredo balançados pela viração, brincar e dançar na areia branca do caminho. Os estalos, que ouvias, eram sem dúvida de alguns porcos do mato, ou qualquer outro qualquer bicho, que andavam ali por perto a quebrar nos dentes cocos de baguassu, o que, como bem sabes, faz uma estralada dos diabos.
  • 8

    Capítulo 3, 8° evento - Eu lírico vê uma vaca

    Capítulo 3, 8° evento - Eu lírico vê uma vaca
    Eu lírico conta que viu algo estranho em uma de suas viagens, que parecia um difunto sendo carregado em uma rede. Quando se aproximou, era uma vaca. "Em poucos instantes o alcancei de perto e vi... adivinhem o que era?... nem que dêem volta ao miolo um ano inteiro, não são capazes de atinar com o que era. Pois era uma vaca!..."
    "Sim, uma vaca malhada, que tinha a barriga toda branca — era a rede, — e os quartos traseiros e dianteiros inteiramente
    pretos; era os dois negros que a carregavam.
  • 9

    Capítulo 4, 9° evento - Cirino conta sobre o Joaquim Paulista

    Capítulo 4, 9° evento - Cirino conta sobre o Joaquim Paulista
    Cirino diz que Joaquim era uma pessoa boa e apaixonado por uma garota chamada Carolina. "O tal Joaquim Paulista era um cabo do destacamento que naquele tempo havia aqui no Porto. Era bom rapaz e ninguém tinha queixa dele."
    "Havia aqui, também, por este tempo, uma rapariga, por nome Carolina, que era o desassossego de toda a rapaziada."
    "Joaquim Paulista tinha uma paixão louca pela Carolina; mas ela anda de amizade com um outro camarada, de nome Timóteo, que a tinha traz do de Goiás..."
  • 10

    Capítulo 4, 10° evento - Eu lírico "acredita"

    Capítulo 4, 10° evento - Eu lírico "acredita"
    Eu lírico diz acreditar na história (creio que de forma irônica). "À vista de tão valentes provas, dei pleno crédito a tudo quanto o barqueiro me contou, e espero que a meus leitores acreditarão comigo, piamente, que o velho barqueiro do Parnaíba, uma bela noite, andou pelos ares montado em um burro, com um esqueleto na garupa."