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Em agosto de 1950, o Congresso dos Estados Unidos aprovou um orçamento inicial de 12 bilhões de dólares para gastos militares neste conflito. Os americanos também começaram a transportar enormes quantidades de armas e equipamentos para os sul-coreanos.
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Com a justificativa de que o exército da Coréia do Sul havia feito incursões de pequena escala no território do norte, os soldados da Coréia do Norte, incentivadas e apoiadas pela União Soviética e pela China, invadem o território da Coréia do Sul, dando início ao conflito e à Guerra da Coréia.
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No dia 25 de junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, a Resolução 82, condenando a invasão da Coreia do Norte contra seu vizinho do sul. Dois dias depois, foi aprovado a Resolução 83 que autorizava uma intervenção militar para por fim no conflito. No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, autorizou que a força aérea e a marinha americana atacassem alvos na península coreana para apoiar o sul, o que foi condenado pela União Soviética.
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Com o avanço forte da Coréia do Norte, que contava com mais de 200 mil soldados, as forças da Coréia do Sul, com menos de 100 mil precisam recuar. O avanço norte-coreano tinha o objetivo de matar o presidente da Coréia do Sul, Syngman Rhee, pois afirmavam que o mesmo havia invadido o norte, e com isso avançam ferozmente sobre o território do Sul, vencendo as primeiras batalhas. Frente à situação complicada, Rhee ordena a evacuação de Seul.
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No dia 27 de junho, o governo da União Soviética declara que não iria interferir na Guerra da Coréia através de um comunicado, isto abriu uma brecha para os EUA buscarem uma forma de intervir sem a ação da URSS.
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Antes de evacuar a cidade de Seul, Syngman Rhee, presidente da Coréia do Sul, ordenou a execução de 100 mil pessoas que foram acusadas de serem adeptas ao comunismo, massacre que ficou conhecido por sua brutalidade.
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A Batalha de Osan foi o primeiro combate entre forças militares dos Estados Unidos e da Coreia do Norte. Uma força de 400 soldados americanos apoiados por uma bateria de artilharia foi enviada até a cidade de Osan, na Coreia do Sul, perto da capital Seul. A Coreia do Norte avançou contra as tropas americanas com tanques soviéticos T-34/85 e, em uma luta de menos de 24 horas, os soldados da força tarefa americana, foram então obrigados a bater em retirada de forma desordenada.
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As forças da Coreia do Norte continuaram a avançar para o sul, tomando no caminho a cidade de Daejeon. Os comunistas novamente forçaram o recuo dos sul-coreanos e dos seus aliados americanos na cidade de Pusan. Naquela altura, as forças da ONU controlavam diretamente apenas 10% do território da Coreia do Sul.
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A Batalha do perímetro de Pusan foi um grande confronto militar travado entre forças das Nações Unidas e da Coreia do Norte que aconteceu de 4 de agosto a 18 de setembro de 1950. Esta foi uma das primeiras grandes batalhas da Guerra da Coreia. A ONU reuniu um exército de 140 000 homens para defender a cidade de Pusan. Foi a primeira vitória dos aliados contra as forças Norte-coreanas.
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Em 4 de agosto de 1950, com a invasão de Taiwan abortada pelo governo comunista de Pequim, o líder chinês, Mao Tsé-Tung, reportou ao Politburo que ele iria intervir na Coreia quando o seu exército estivesse pronto. A China justificou sua entrada na guerra como sendo uma resposta a "agressão americana sob o disfarce da ONU".
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Em 25 de setembro, Seul foi recapturada pelos sul-coreanos. Os bombardeios americanos continuaram a causar severos danos nas forças comunistas e a liderança norte-coreana viu-se obrigada a ordenar a retirada precipitada de suas tropas do sul, para defender a capital Pyongyang.
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Logo após as vitórias no sul, MacArthur recebeu autorização do presidente Truman para lançar incursões no norte. Em 29 de setembro, ele declarou reinstaurado o governo da República da Coreia no sul e colocou novamente Syngman Rhee no poder.
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Em 18 de outubro de 1950, Mao ordenou que 300 mil soldados chineses entrassem na Coreia. No dia seguinte, forças da ONU e da China já estavam trocando tiros na região de fronteira. Os soviéticos então decidiram mudar de postura e mandaram, além de mais suprimentos, esquadrões de sua força aérea para realizar ataques em solo coreano. Na batalha de Onjong, as forças sul-coreanas foram massacradas pelos chineses.
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Em outubro, as forças comunistas da fronteira do paralelo foram expulsas de suas posições e os sul-coreanos os perseguiram rumo ao norte. Confiante na vitória, MacArthur exigiu a rendição incondicional do norte, mas recebeu uma recusa. A capital do norte, Pyongyang, foi tomada pelas forças da ONU em 19 de outubro de 1950.
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Em 24 de novembro, o 8º exército americano lançou uma ofensiva na costa noroeste da Coreia do Norte mas eles foram detidos pelos chineses. No dia seguinte, forças militares dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e de alguns países aliados, como o Reino Unido, foram severamente atacadas por tropas chinesas na batalha do rio Chongchon.
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No ano novo de 1951, os chineses e norte-coreanos lançaram sua terceira ofensiva conjunta. Utilizando de várias surtidas noturnas, os comunistas tentaram cercar as tropas da ONU utilizando sua superioridade numérica. As forças americanas e sul-coreanas foram forçadas por esses ataques a recuar. Ocupados combatendo os chineses, as forças militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul não conseguiram impedir que os norte-coreanos conquistassem Seul pela segunda, em 4 de janeiro de 1951.
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A ofensiva reconquistou os territórios ao sul do rio Han e o IX Corpo de fuzileiros reconquistaram Hoengseong. Em 14 de março, Seul foi reconquistada.
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Em 1952, uma série de sangrentas batalhas foram travadas e centenas de soldados morreram em ambos os lados, com pouco ganho estratégico, enquanto a situação humanitária nas Coreias piorava.
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A zona desmilitarizada entre as Coreias cortava o país no paralelo 38. A velha capital do país unificado, Kaesong, local onde as negociações do armistício estavam sendo feitas, pertencia à República da Coreia do Sul, mas agora estava sob controle do Norte. O Comando das Nações Unidas, apoiado pelos Estados Unidos, a Coreia do Norte e o Governo chinês finalmente assinaram os termos do armistício em 27 de julho de 1953.