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Houve uma competidora extra-oficial na maratona: Stamati Revithi, grega, fez o trajeto de 42 km sendo que a última volta aconteceu fora do estádio porque a entrada lhe foi proibida. No âmbito das provas olímpicas talvez esta tenha sido a primeira mulher a enfrentar as barreiras da tradição esportiva na era moderna.
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Pequeno grupo de mulheres da classe média, lideradas por Leonilda de Figueiredo Daltro, fundou um clube de tiro feminino na qual recebiam treinamento com armas de fogo que se denominou “Linha de Tiro Feminino Orsina da Fonseca”.
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Blanche Pironnet Bezerra, uma garota de origem belga que praticava a natação por divertimento e saúde sem preocupação com competições, vence uma competição realizada no Clube Espéria, nas margens do rio Tietê, em São Paulo, mesmo sendo a única mulher.
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Rio de Janeiro: Delegação olímpica com 82 atletas rumo à Los Angeles (9a edição dos Jogos) com a nadadora paulista de 17 anos Maria Lenk - primeira atleta olímpica e também a primeira mulher sul-americana a participar de uma Olimpíada.
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Decreto-Lei n.º 3199, do Conselho Nacional de Desportos oficializou a interdição das mulheres a algumas práticas esportivas, tais como as lutas, o boxe, o salto com vara, o salto triplo, o decatlo e o pentatlo.
“Deve ser terminantemente proibida a prática do futebol, rugby, polo, water-polo, por constituírem desportos violentos e não adaptáveis ao sexo feminino” (Revista Educação Physica, 1941). -
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Em Porto Alegre (aconteceram até meados da década de 60).
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Tenista Maria Esther Bueno conquistou cenário ao vencer o Campeonato de Winbledon (nos anos 1959, 1960 e 1965, na categoria individual, e em 1958, 1960, 1963, 1965 e 1966, na categoria de duplas).
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Aida dos Santos, única mulher da delegação brasileira que foi aos Jogos Olímpicos de Tóquio, conquista o 4º lugar no salto em altura, sem que tivesse técnico nem mesmo as sapatilhas adequadas para a competição.
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Lea Linhares, judoca gaúcha com grande projeção da mídia da época, primeira mulher faixa preta no Rio Grande do Sul não teve seu título reconhecido porque era mulher.
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Atuação como técnicas esportivas: Benedicta Oliveira, pioneira no comando de uma equipe esportiva de alto nível.
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Barreiras que Lea Campos enfrentou para se transformar em árbitra de futebol - mineira de Belo Horizonte realizou um curso de oito meses na escola de árbitros da Federação Mineira de Futebol, em 1967, mas só em 1971 teve seu diploma reconhecido pela FIFA. Para tanto não poupou esforços recorrendo até mesmo ao então presidente, Emílio Garrastazzu Médici para conseguir tal reconhecimento pois a Confederação Brasileira de Futebol, Constituição não permitia sua atuação.
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Voleibol, basquetebol, natação, tênis e atletismo tornam-se cada vez mais praticados, possibilitando que a participação das mulheres nas competições nacionais e internacionais tivesse, também, um significativo avanço.
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Maior inserção das mulheres em esportes antes considerados como violentos para a participação feminina - o judô, o pólo aquático, o handebol e o futebol, por exemplo.
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Olímpiada de Atlanta: primeira premiação com o ouro olímpico (Jacqueline e Sandra - ouro no voleibol de praia em duplas - e Mônica e Adriana - prata na mesma prova). Seleção de basquetebol levou a medalha de prata e a seleção de voleibol levou a medalha de ouro.