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Há quem diga que os desenhos feitos pelos primitivos eram para informar aos seus descendentes sobre o comportamento dos animais da região de onde viviam.Diante de sua necessidade de um meio de expressão permanente, o homem primitivo recorreu a engenhosos arranjos de objetos simbólicos ou a sinais materiais, nos, entalhes e desenhos (HIGOUNET, 2004, p. 9).O processo da escrita nesse sentido, se forma como um atividade incessante da curiosidade humana.
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A escrita não é apenas um procedimento destinado a fixar a palavra, um meio de expressão permanente, mas também dá acesso direto ao mundo das idéias, reproduz bem a linguagem articulada, permite ainda apreender o pensamento a fazê-lo atravessar o espaço e o tempo. (MEDEIROS, 2009)
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Os sumérios já escreviam em placas de barro a cerca de 5.500 anos a.C.Chama-se cuneiforme a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com o auxílio de glifos em formato de cunha.Inventada pelos sumérios para registros permanentes, a escrita cuneiforme foi adaptada pelos acadianos, babilônios, elamitas, hititas e assírios; adaptada para escrever seus próprios idiomas, foi extremamente usada também na Mesopotâmia durante aproximadamente três mil anos.
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Mas tarde, a mais de 3.500 anos, a escrita apareceu na China sob forma dos pictogramas.As origens da escrita chinesa permanecem obscuras.Os mais antigos documentos conhecidos diferem apenas externamente da escrita chinesa do séc. XX, e datam aproximadamente do terceiro e segundo milênio antes de cristo, oráculos escritos em ossos de animais e carapaças de tartaruga.
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O hieróglifo é um tipo de escrita em que palavras se representam por símbolo e era usado para registros históricos, principalmente em túmulos e templos.Eram usados três tipos básicos: a escrita oficial, das inscrições, e o hieróglifo; a religiosa se escrevia nos papiros, com tinta; e havia uma mais simples, chamada de demótica, para o dia a dia. Os escribas mantinham o funcionamento da complexa sociedade do Antigo Egito com os registro, os negócios e a cobrança de impostos.
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Os Maias na América Pré-colombiana desenvolveram seu próprio sistema de escrita.A escrita Maia, também vulgarmente chamada de hieróglifos maias, era o sistema de escrita antigo mesoamericano já decifrado.O mesmo perdurou até pouco depois da chegada dos conquistadores espanhóis no século XVI.
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Os práticos Fenícios promoveram a simplificação definitiva da escrita, eram eles marinheiros e mercadores que cruzavam o mediterrâneo carregando os mais variados tipos de produtos. Os fenícios não tinham tempo para gravar símbolos no barro, desta forma, criaram um sistema muito simples com apenas vinte dois caracteres. As vinte duas consoantes que são usadas até hoje.
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Por fim, por volta do ano 800, antes de cristo, os gregos aperfeiçoaram o sistema criando as vogais. Assim nasceu o Alfabeto, palavra formada pelo nome da primeira vogal alpha e da primeira consoante beta. Enquanto a escrita era ideográfica, poucas pessoas sabiam ler e principalmente ler bem, mais quando a escrita alfabética surgiu na Grécia e mais tarde transmitida aos romanos, parcelas maiores tiveram acesso à escrita e essa foi a grande revolução trazida pelo alfabeto.
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Foi usada durante todo o período romano sob duas modalidades: a cursiva mais antiga (séculos I a III) formada por caracteres maiúsculos e uma escrita composta por letras minúsculas que se desenvolve a partir do século III. A antiga cursiva romana, ou capitular cursiva, se aprendia no segundo nível do sistema de ensino romano, frente à cursiva que se ensinava no nível elementar.
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Os monges e a igreja católica da Europa tiveram uma função muito importante.Depois da queda do Império Romano, os índices de analfabetismo cresceram vertiginosamente e a escrita só foi preservada nos primórdios da idade média, porque a igreja resolveu manter sob sua guarda a cultura escrita nos aspectos que lhe era conveniente.Eles fizeram isso até os anos finais da idade média quando voltou a crescer o número de pessoas alfabetizadas.
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Começa a história da escrita latina medieval moderna. As escritas da Idade Média, mesmo a escrita "gótica", conservaram a forma e o ducto da "minúscula" carolíngia, da qual eram variantes.O caractere que serve hoje para imprimir o texto dos livros, a "caixa baixa", é a reprodução, por intermédio da escrita humanística do século XV, da minúscula do século IX.A escrita carolíngia é, portanto, de todas as escritas latinas, o mais universal, e que tem para nós o interesse mais atual.(HIGOUNET, 2004)
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Com o desenvolvimento do Renascimento carolíngio, o número de scriptória cresceu,e é desses estúdios de mosteiros e igrejas que saíram os numerosíssimos manuscritos, nos gêneros mais variados e que ilustram a história da escrita. A propagação da escrita carolíngia para além dos limites da Europa franca do século X ao século XII é um fenômeno que também ultrapassa o estreito terreno da paleografia para se articular aos grandes movimentos da história política religiosa.
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A invenção da imprensa ou da impressão com "tipos móveis de metal" (o uso separado de cada letra que fixados a uma haste de metal fazia a impressão ordenada de acordo com que o datilógrafo almejasse escrever),inicialmente gravados, depois fundidos, foi uma data capital na história da escrita. Essa tecnologia fez nascer a grafia mecânica permitindo a reprodução quase ilimitada de letras sempre idênticas e fixou esses caracteres em categorias de base que não mudaram desde então.
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A invenção de um primeiro dispositivo de escrever mecanicamente é atribuída a Henry Mill em 1714. Em 1873 apareceram as primeiras máquinas de escrever nos escritórios, imprimindo facilmente conjuntos de sinais gráficos, letras e números, sendo muito útil nas repartições públicas e escritórios em geral. Este poderoso avanço tecnológico impulsionou o crescimento de edições impressas, acentuando-se nos primeiros decênios do século XIX quando as edições ganhariam impulso com os romances.
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Computador doméstico é a designação amigável da segunda geração de microcomputadores (o termo técnico que até então era usado), tendo seu uso sido iniciado em 1977 e tornando-se comum durante a década de 1980. O computador doméstico tornou-se disponível para o público em geral devido a produção em massa dos microprocessadores e, como seu nome indica, tendia a ser utilizado nos lares, em vez do contexto indústria/negócios.
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Através do computador foi possível um novo aumento no uso da escrita que estava apagada com o avanço das mídias audiovisuais, principalmente a televisão.Essa popularização deu início a revolução digital na contemporaneidade. O número de pessoas que navegam na Internet cresce a cada dia que passa. Um novo mundo cheio de vantagens e facilidades foi descoberto: informação, interatividade, relações pessoais, negociações, notícias e necessidades do dia-a-dia ganharam um grande espaço na web.
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Estamos diante de uma outra cultura que exige diferentes habilidades: além do letramento, agora, para escrever e ler em ambientes on-line, é necessário também saber manipular o computador, o tablet, o smartphone, os programas de acesso,
os aplicativos, buscar e encontrar as informações que deseja. O escritor/leitor se torna, antes de tudo, um navegador.