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Entre 1922 e 1924 o Dr. Geraldo Paula Souza volta do exterior e traz consigo ideias de Saúde Pública, essas ideias vão contra o modelo higienista. A ação é voltada para a família.
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Ao assumir a presidência Getúlio Vargas faz um decreto que centraliza e uniformiza as estruturas de saúde do Brasil. Essa ação é vista com bons olhos pela população mais pobre. Futuramente isso entra em coerência com os princípios do SUS, nesse caso, o de universalidade.
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Instituição que combateu epidemia de malária e realizou ações de comportamento preventivo, indo a locais que recebiam pouca atenção, como grupos indígenas e povoados no nordeste. São expedições com uma preocupação social.
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Sob grande influência da medicina estadunidense o Brasil passa a adotar o mesmo modelo praticado nos EUA. Esse modelo consiste em grandes hospitais, com médicas de diversas especialidades e com grande disponibilidade de equipamentos. De certa forma há uma segmentação do saber médico, onde há um profissional para cada parte do corpo.
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Getúlio volta à presidência e cria a Petrobras e o Ministério da Saúde. Ele argumentou que a saúde havia crescido tanto que passou a exigir uma estrutura própria. A proposta do Ministério é fortalecer a Saúde Pública de forma preventiva. Esse modelo recebe críticas devido a segregação que ele resulta. Vários médicos propõem um modelo mais social, um sistema de saúde para todos.
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Durante o governo de JK, os IAP'S (criados por Vargas) recebem críticas pelos serviços prestados, e aproveitando-se do momentos empresas privadas passam a oferecer assistência médica.
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Durante o período do golpe as classes mais baixas sofrem com reajustes na economia, o êxodo rural se intensifica e como resultado a mortalidade infantil aumenta e os níveis de contaminação de doenças no geral. Há um sucateamento da Saúde Pública.
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O país começa a ser industrializado com dinheiro das previdências, constroem-se hospitais a partir de iniciativa privada sob o pretexto de ser para os inscritos na previdência, mas é claro que não é de interesse privado aquilo que não gera lucro.
A população se reúne em grupo para discutir a necessidade de creches, transporte de qualidade e principalmente um saúde pública de qualidade e excelência. A censura estava forte e impedia a divulgação das notícias de forma fiel. -
O povo se manifesta pedindo por melhores condições de saúde. O movimento nasce nas periferias e juntos, professores, trabalhadores e estudantes começam a luta pela saúde enquanto direito popular.
Surgem experiência promissores em diverso municípios pelo país, centrados na atenção básica e buscando alternativa a assistência hospitalar. -
O movimento popular de fortalece e começam a se organizar politicamente, elegendo representantes e criticando a censura, os hospitais mantidos através da previdência. Como resultado a previdência entra em falência, gerando mais indignação popular e assim os protestos pelas votações diretas. A ditadura perde força.
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Nesse momento a conferência abre portas para os movimentos sociais, uma conquista para o povo. A população, abandonada pelos hospitais privados, cobram o governo por um sistema único de saúde que seja gerenciado pelos conselhos de saúde. Fala-se em um sistema público que tenha equidade (um princípio do SUS)
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Surge o SUS como conquista do povo, o direito pela saúde estabelecido na Constituição, seus princípios são: universalidade, equidade e integralidade. O sistema promove debate de políticas pública com participação da sociedade e combate a desigualdade social.
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O SUS é regulamentado pela Lei, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
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Desde então tem sido travadas diversas lutas pela permanência e melhora dos SUS. Não é interesse da iniciativa privada um sistema gratuito de saúde que seja de qualidade. Ao longo do tempo governos tentaram passar segmentos da saúde para a iniciativa privada, na tentativa de se desresponsabilizar pela saúde pública.