Reformas Legislativas Romanas e Consequências

  • Period: 499 BCE to 367 BCE

    Reformas legislativas (Séc. V - IV a.C)

    As reformas legislativas foram uma tentativa de conter os ânimos da plebe. Esta buscava maior participação na vida política, visando maior representatividade. Além disso, lutava por melhores condições materiais.
    Como a participação política era de caráter censitário, podemos resumir as lutas sociais a uma questão agrária: quem tem terras tem dinheiro e quem tem dinheiro, tem mais direitos políticos.
  • 494 BCE

    Greve Geral da Plebe

    Em busca de melhores condições de vida e maior participação política, houve uma greve geral da plebe. É importante lembrar que, nessa época, a mão-de-obre em Roma era essencialmente plebeia e a aristocracia não podia abrir mão de sua principal força de trabalho. Além disso, os plebeus formavam as centúrias plebeias, essenciais para a estratégia de guerra romana.
    Dada a sua importância naquele momento, a greve geral resultou nas reformas legislativas romanas.
  • 490 BCE

    Tribunato da Plebe

    O tribunato da plebe eram representantes políticos dos plebeus.
    Constituído por um organismo de 10 indivíduos, o tribunato da plebe detinha poder de veto sobre as decisões do Senado.
  • 450 BCE

    Lei das XII Tábuas

    Compilação escrita das leis de Roma que, até então, eram orais.
    Tal medida resultou no fim dos abusos cometidos por aqueles que detinham conhecimento das leis; uma vez escritas, deviam ser seguidas sem nenhuma alteração deliberada, como antes (quando orais) ocorria.
  • 445 BCE

    Lei Canuleia

    Suspendeu a proibição de casamentos entre patrícios e plebeus.
    Ainda que raros, tais casamentos permitiram uma maior ascensão social para alguns membros da plebe.
  • 367 BCE

    Lei Licínia-Sextia

    Proibiu a escravidão por dívidas.
    Criou o "ager publicus": terras de conquista que deveriam ser dividias entre a plebe.
    Estabeleceu que ao menos um consul fosse plebeu.
  • 264 BCE

    Consequências das reformas.

    O fim da escravidão por dívidas resultou em um aumento das guerras de expansão. Esse mecanismo foi utilizado para aumentar as terras e conseguir mais escravos.
    Tais guerras eram de interesse dos patrícios, dos equestres (comerciantes) e dos plebeus, pois:
    PATRÍCIOS: conseguiriam mais terras e mais escravos.
    EQUESTRES: ampliação do comércio no Mediterrâneo.
    PLEBEUS: teriam mais terras (ager publicos)
    Tal projeto de expansão ficou conhecido como MARE NOSTRUM.
  • 264 BCE

    Consequências da expansão

    Como principais consequências da expansão, temos:
    - aumento dos latifúndios dos patrícios e generais
    - generais = membros do senado = MILITARIZAÇÃO DA POLÍTICA
    - expansão da mão-de-obra escrava (campo e cidade)
    - com o aumento do uso de escravos, houve um êxodo rural da plebe que, sem terras (não houve a divisão das terras de conquista) e sem trabalho no campo, buscavam uma saída nas cidades = EMPOBRECIMENTO DA PLEBE.
    - colonialismo (as colônias forneciam produtos primários e escravos)