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Hipócrates utilizava a epidemiologia para descrever as doenças que relacionou com fatores pessoais e do meio ambiente.
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A revolução científica originou as bases lógicas para o pensamento
epidemiológico moderno -
John Graunt tornou-se primeiro epidemiologista a realizar estastísticas demográficas. Ele relatou mortes por causas aparentes que foram usadas para providenciar um sistema de monitorização para as pragas e as pestes.
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Thomas Sydenham classificou as febres que assolavam Londres, identificando a febre contínua, a intermitente e a varíola.
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James Lind observou o efeito do tempo, do local, do clima e da dieta na propagação das doenças. Ele conduziu um dos mais interessantes estudos no tratamento do escorbuto, doença comum e causa de morte na época. Lind desenhou e desenvolveu possivelmente o primeiro ensaio clínico controlado através da divisão de uma amostra de marinheiros com escorbuto em grupos que receberam tratamentos diferentes.
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Foram realizados os censos e decretou-se uma reforma sanitária em que as estatísticas vitais foram usadas para apoiar deduções acerca do crescimento populacional, os padrões de saúde e de doenças, bem como das políticas de saúde. Assim, o período antes de 1850 é denominado de ‘pré-história’ da epidemiologia e da demografia. Neste contexto destacam-se William Farr e Edwin Chadwick.
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O médico Ignaz Semmelweis realizou um trabalho no domínio da prevenção da transmissão das doenças.
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John Snow, reconhecido por muitos como pai da epidemiologia moderna, realiza uma investigação analítica dos surtos de cólera como rejeição à teoria miasmática.
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Louis Pasteur contribuiu grandemente para a teoria dos germes. Iniciando os seus trabalhos com o estudo da fermentação, rapidamente concluiu que os responsáveis por este processo eram microrganismos e que o calor era um agente capaz de provocar a sua morte, desenvolvendo um processo que ficou chamado de pasteurização. Foi ainda pioneiro na ideia da criação de formas atenuadas de microrganismos para promover a vacinação.
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Regressada da guerra, desenvolveu um estudo exaustivo relativo ao estado de saúde do exército inglês que levou à criação de um extenso plano de reforma nas áreas da enfermagem e organização dos cuidados de saúde, publicado posteriormente. Foi ainda pioneira na criação de métodos de apresentação de dados, como é o caso dos gráficos setoriais, facilitando a interpretação dos resultados e a sua análise estatística.
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Com o fim da Segunda Guerra Mundial, surge um novo período denominado epidemiologia das doenças crônicas. Nesta fase, os epidemiologistas reformulam o conceito de causalidade específica e surge uma nova abordagem para a compreensão dos problemas da Saúde Pública assente em modelos multicausais, baseados em fatores de risco e orientados no sentido de perceber os motivos pelos quais, numa mesma população, o risco de doença é variável de pessoa para pessoa.
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Doll e Hill desenvolveram um estudo caso-controle, comparando um grupo de indivíduos com cancro de pulmão a um grupo sem esta doença e concluíram que a diferença substancial correspondia à presença ou não dos hábitos tabágicos.
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O estudo de Framingham foi um estudo longitudinal sobre fatores de risco para as doenças cardiovasculares, designadamente a dieta, o exercício físico, o efeito de certos medicamentos, etc., quantificando o valor do risco associado a um determinado fator e dando origem a milhares de artigos científicos