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Estudos paleontológicos comprovam que as doenças transmissíveis acompanham a humanidade a muito tempo, como por exemplo os indícios de varíola na Múmia Faraó Ramsés V.
Na antiguidade as doenças tinham a concepção mágico-religiosa, sendo muitas vezes atribuídas ao pecado e à maldições. Por vezes também era atribuída à desobediência divina.
Um exemplo é a crença de que um Xamã tinha poder de invocar espíritos capazes de erradicar o mal que causa a doença. -
Ponto de inflexão na história da saúde, pois além de conter na mitologia grega divindades vinculadas à saúde como por exemplo a Higieia ( a saúde) e a Pancea ( a cura) que eram manifestações de Athena (a Deusa da Razão), deve-se notar que a cura para os gregos era obtida através de utilização de plantas medicinais e métodos naturais e não apenas por rituais.
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Hipócrates, o pai da medicina, personagem de grande importância na história ao atribuir a visão racional à medicina, diferente da visão mágico religiosa que predominava até então.
Via o homem como um sistema organizado e que a doença era um desequilíbrio desses elementos. Prática da observação empírica.
“A doença chamada sagrada não é, em minha opinião, mais divina ou mais sagrada que qualquer outra doença; tem uma causa natural e sua origem supostamente divina reflete a ignorância humana”. -
No oriente, a medicina seguia o caminho análogo ao de Hipócrates ao atribuir ( e ainda segue esse conceito) à forças internas do corpo humano que quando estão em harmonia resultam em saúde e em desarmonia em doenças.
As medidas terapêuticas (acupuntura, ioga) têm por objetivo restaurar o normal fluxo de energia (“chi”, na China; “prana”, na Índia) no corpo. -
Via a causa da doença como endógena. Estaria dentro do próprio homem, em sua constituição física ou em hábitos de vida que levassem ao desequilíbrio
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Período em que não houve contribuição à evolução da medicina pois a religião voltou a justificar a maioria dos acontecimentos.
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O suíço Paracelsus, afirmava que as doenças eram causadas por agentes externos e passou a utilizar a química na medicina por acreditar que os processos do corpo são químicos. Dessa forma, utilizava minerais e metais, em pequenas doses, para o tratamento de doenças como a sífilis.
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Ideias de René Descartes, dualismo mente corpo, desenvolvimento da anatomia, leva a considerar os órgãos do corpo Humano.
No famoso conceito de François Xavier Bichat (1771-1802), saúde seria o “silêncio dos órgãos”. -
Na Alemanha, começava a ser publicado o System einer Vollständigen medicinischen Polizei, obra monumental com a qual Johan Peter Frank (1745-1821) lançava o conceito,paternalista e autoritário, de polícia médica ou sanitária.
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Acompanhamento estatístico da mortalidade e de doenças em uma população.
Nascia também a epidemiologia, baseada no estudo pioneiro do cólera em Londres, feito pelo médico inglês John Snow (1813-1858), e que se enquadrava num contexto de “contabilidade da doença”. -
Louis Pasteur em seu laboratório e com seu microscópio, revela a existência de microrganismos causadores de doenças e abria-se a utilização de soros e vacinas.
Era uma revolução porque, pela primeira vez, fatores etiológicos
até então desconhecidos estavam sendo identificados; doenças agora poderiam ser prevenidas e curadas. -
Em 1850, nos Estados Unidos, Lemuel Shattuck, livreiro, faz um relato sobre as condições sanitárias em Massachusetts - e uma diretoria de saúde é criada nesse Estado, reunindo médicos e leigos.
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O conceito da OMS, divulgado na carta de princípios de 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde), implicando o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção da saúde.
Novos conceitos para a saúde, reforçando o dever de o Estado garantir ao povo o direito à saúde, inclusive, constando na constituição brasileira de 1988. “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”