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A criação e o uso da linguagem escrita como tecnologia de comunicação surge quando o homem deixa de ser nômade passa a ocupar um espaço de forma permanece passando a pratica a agricultura. Segundo Pierry Levy, a própria origem da palavra página viria de pagus, campo arado e preparado para plântio.
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Registros gráfico do pensamento humano foram encontrados em paredes de cavernas, ossos, pedras e pele de animais. Muitos outros materiais foram utilizados como suporte para escrita antes da descoberta do papel.
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A evolução da linguagem escrita desde as pinturas rupestres até o surgimento da imprensa por tipos de chumbos desenvolvida por Johannes Gutenbeerg,
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Por volta de 3000 a.C. surge a primeira forma de escrever - a escrita cuneiforme - a qual tem origem na antiga Mesopotâmia com os sumérios. A escrita cuneiforme é uma forma de escrita pictográfica (representação por desenhos), que caracteriza o tipo de escrita feita com objetos em formato de cunha, por isso ser assim chamada. Era representada por cerca de 2000 símbolos, escritos da direita para a esquerda.
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A escrita egípcia hieroglífica foi, juntamente com a cuneiforme, uma das mais importantes do Oriente antigo. Era uma língua complexa: cada um deles podia ser entendido como uma imagem, um som e um símbolo. Geralmente, apareciam em monumentos públicos e paredes de templos (indicando quem estava numa tumba, por exemplo), cumprindo também uma função decorativa. No dia a dia, os egípcios usavam tipos mais simples de escrita, como a hierática.
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Foi por volta de 2500 a.C. que os egípcios desenvolveram a técnica de fabricar folhas de papiro, considerado o precursor do papel.
Diferentemente dos Sumérios, que cunhavam suas inscrições de forma triangulares em tábuas de argila, os egípcios usavam uma forma material do livro com o uso do papiro em forma de rolo, empregavam tinta para fazer as inscrições. No papiro eram registrados documentos funerários, legais, administrativos e literários. -
Conjunto de leis sobre assuntos, como classes sociais, comércio, divórcio, adoção, incesto, trabalho,propriedade, etc.
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Pode-se definir alfabeto como um sistema de sinais que exprimem os sons elementares da linguagem.
Não se pode datar com precisão o aparecimento do alfabeto. Datam de 1900 a.c, dezesseis textos escritos em língua semítica encontrados em Serabit-el-Kaden, na península do Sinai.
O alfabeto fenício arcaico originou todos os alfabetos atuais. O sistema é composto por 22 signos que permitem a elaboração da representação fonética de qualquer palavra. -
O alfabeto fenício adotado pelos Gregos em 900 a.C, tomou feitio próprio no século IV a.C com a forma definitiva do alfabeto jônico, com 24 letras até hoje. O alfabeto Europeu originou-se do alfabeto fenício. O alfabeto latino originou do alfabeto grego, que possuía originalmente 16 letras.
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Obra prima da literatura suméria, conta a história de um rei-heroi, Gilgamesh, que viveu por volta de 2700 anos a.c, na antiga cidade de Uruk, mesopotâmia.
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A língua portuguesa, que tem como origem a modalidade falada do latim, desenvolveu-se na costa oeste da Península Ibérica (atuais Portugal e região da Galiza, ou Galícia) incluída na província romana da Lusitânia. A partir de 218 a.C., com a invasão romana da península, e até o século IX, a língua falada na região é o romance, uma variante do latim que constitui um estágio intermediário entre o latim vulgar e as línguas latinas modernas (português, castelhano, francês, etc.).
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Nome dado a uma pele de animal, geralmente ovelha ou carneiro, tratadas com cal e esticadas de modo que servissem de suporte para a escrita. Substituiu o papiro por ser mais resistente e mais flexível, permitia que raspasse e apagasse a escrita registrada. No sec IV (d.C ) superou o papiro até 751(d.C) , quando os árabes roubaram a idéia de produção de papel pelos chineses, que era produzido desde o ano 105(d.C).
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Com o domínio do império romano, o latim se impõe como língua escrita e dominante. A língua latina adota o alfabeto grego. Desde então, essa foi a língua que traduziu toda cultura herdada dos antepassados.
Nas regiões da Itália eram reconhecidas pelo menos duas modalidades de latim: o clássico, usado pelas pessoas cultas, falado e escrito; e o vulgar, usado pelo povo, apenas falado e de onde se originou a língua portuguesa. A língua falada nas regiões romanizadas era o latim vulgar. -
O papel como conhecemos hoje inventado na China em 105 anos depois de Cristo (d.C.), por T’sai Lun. Ele fez uma mistura umedecida de casca de amoreira, cânhamo, restos de roupas, e outros produtos que contivesse fonte de fibras vegetais. Bateu a massa até formar uma pasta, peneirou-a e obteve uma fina camada que foi deixada para secar ao sol.
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O cristianismo torna-se religião oficial do império romano em 380 d.C por ordem do Imperador Constantino. Com o advento do cristianismo a língua latina seguiu sendo aquela que na qual além de falar se copiou, tudo era traduzido para o latim. Toda cultura herdada pelos romanos nos territórios conquistados eram traduzidos para o latim.
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Com o fim do império romano do ocidente, no sec VI d.c, desaparecem os sistemas de transmissão de cultura do mundo antigo. Essa tarefa é então assumida por uma nova instituição, vinda do Oriente e fortemente enraizada no Ocidente- a Ordem monástica. Os monastérios assume a responsabilidade nas tarefas de ensino e escrita, produzindo textos para as liturgias e para as leituras sagradas.
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A difusão do papel para o ocidente se deu através dos árabes. Graças a eles, muito dos textos produzidos por gregos e romanos foram preservados e reintegrados à cultura ocidental depois da Idade Média.
Itália e Espanha iniciam a fabricação papel, logo após toda Europa começou a fabricar papel. A disseminação da produção de papel estimulou a escrita e a produção de livros. Muitas foram as formas de impressão gráficas que surgiram. -
Os monges copistas, ainda na idade média copiavam os textos bíblicos sobre rolos de papiro( O volumen). Contudo, este tipo de suporte – o papiro, apresentava muitos inconvenientes, pois era caro, frágil e somente utilizado por um lado.
Surge um novo suporte – o pergaminho, que era feito, em geral, de peles de cordeiro.
A utilização do pergaminho fez-se devido à praticidade de se poder dobrá-lo e costurá-lo, o que levou à generalização dos codex, ancestrais dos livros atuais. -
Sendo os mosteiros e abadias locais responsáveis pela escrita dos codex, cada um deles possuía seu próprio scriptorium, onde os manuscritos, ou seja, os livros escritos à mão, eram copiados, decorados e encadernados.
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O alemão Johannes Gutenberg não inventou, mas sim “reinventou” a imprensa e é considerado o homem que aperfeiçoou, de maneira decisiva, a arte asiática, desenvolvendo os caracteres móveis de chumbo, que podiam ser utilizados indefinidamente, além de uma nova tinta de impressão e a prensa de imprimir. Com isso, mudou definitivamente o mundo dos livros, em todas as suas dimensões e conseqüências: política, econômica, social e religiosa.
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A partir de Gutenberg, uma nova história se desenvolve e os livros, antes raros, se tornaram abundantes, baratos e de muito mais fácil manuseio, seja na fabricação ou sua utilização mais direta. Por sua enorme contribuição, Gutenberg pode ser chamado de pai da tipografia e do livro moderno.