Timeline - Ciência da Informação

  • A origem do Tempo

  • O primeiro registro que se conhece do termo bibliografia é de 1802.

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  • Em 1818 é resgistrado como librarianship.

  • No ano de 1951 é quando ocorre pela primeira vez o nome para o estudo de livros e bibliotecas, library science.

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  • Em 1958 foi resgistrado pela primeira vez o termo de ciência da informação pelo Oxford English Dictionary (OED) em referencia ao artigo de Saul Gorn (1912 - 1992). E paralelamente ao resgisto do termo é criado o Instituto of Information scientists.

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  • Só em 1960 o termo information science é utilizado em um âmbito maior.

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  • Só em 1960 o termo information science é utilizado em um âmbito maior.

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  • Paul Otlet (1868 -1944), advogado e politico, é considerado o fundador da Ciência da Informação e da documentação.

    Na Europa, foi criada uma crise bibliográfica pela proliferação dos periódicos e isso inspira Otlet à fundar, em 1892, o Escritório Internacional de Bibliografia, com Henri La Fontaine.
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  • Paul Otlet (1868 -1944) cunhou em 1903 o termo documentation designando assim o fornecimento de documentos para aqueles que estão em busca de informação.

  • Em 1905 Paul Otlet (1868 -1944) criou a classificação decimal universal, inspirada na obra de Dewey.

  • Em 1920, Paul Otlet (1868 -1944) organizou o primeiro congresso mundial de bibliografia e de documentação.

  • Em 1928, na area de medida quantitativa da informação, Hartley (R. V. L Hartley 1888 - 1970) publica o primeiro artigo, intitulado como Transmission of information.

  • Na Europa nos anos de 1930, ocorreu um grande crescimento de artigos voltados à biblioteca pública, com acesso universalizado e inspiração pacifista.

    Já nos Estados Unidos, o desenvolvimento da biblioteca se orientava nas Ciências sociais, inspirados na Escola de Chicago.
  • Pela primeira vez foi utilizado o termo documentação intitulando um organismo internacional, em 1931, o Instituto Internacional de Bibliografia em Instituto Internacional de Documentação.

  • Paul Otlet (1868 -1944) produziu o livro Traité de Documentation, na qual a noção de documentação vai muito além do livro, o que antecipa a questão dos novos suportes de informação como portadores de memória.

    Paul Otlet acreditava na paz mundial e na mudança social por meio da informação.
  • Em 1936 se tem uma tendência em relação ao atendimento do setor produtivo, evidenciado pela Conferência da Associação de Bibliotecas Americanas (ALA).

    Realizada na Virgínia, no ano de 1936, reunindo editores, bibliotecários e fabricantes de material fotográfico, principalmente na reprodução de documentos via microfilmagem em bibliotecas.
  • Vannevar Bush (1890-1974), destacou o artigo intitulado de As We May Think. O autor propôs o desenvolvimento de um computador analógico, que recebeu o nome de Memex (Bush, 1945).

    Tal equipamento seria capaz de ampliar a capacidade da memória humana, permitindo o usuário guardar e recuperar documentos interligados por associação.
  • No ano de 1948 o evento da Royal Society Scientific Information Conference reuniu aproximadamente 340 cientistas e documentalistas de todo o mundo.

    Estes cientistas das mais diversas áreas tinham propostas para resolver os problemas da gestão da informação. Foram tratados os temas; à política editorial, à distribuição e à classificação de periódicos, formato das publicações científicas, à classificação de documentos, aos métodos de reprodução, escopo e qualidade dos abstracts, à indexação mecânica, o treinamento e emprego em trabalhos de informação, guias de informação e traduções, entre outros.
  • Samuel Clement Bradford (1878-1948), Sua obra mais importante foi o livro Documentation, publicado em 1948, ano de sua morte.

    O pesquisador foi responsável pela abertura do campo da bibliometria, que tem o foco mais documentalista (quantitativo) e menos bibliográfico (quantitativo).
  • Em 1949, Claude E. Shannon (1916 - 2001) e Warren Weaver (1894 - 1974) publicaram a obra intitulada A Mathematical Theory of Communication, com foco de como melhor codificar a informação que um emissor e transmitir a um receptor.

  • Jesse Shera (1903 - 1982) é um dos autores que mais contribuíram para o desenvolvimento de uma teoria da biblioteconomia.

    Em 1949, ele e sua colaboradora Margaret Egan (1905 - 1959) adotaram o termo controle bibliográfico para se referir à documentação.
  • Em 1950, Mortimer Taube (1910 - 1965) desenvolveu um sistema de indexação coordenada e chamou as unidades de informação de unitermos, por serem constituídas por um único termo.

  • Jesse Shera (1903 - 1982) e sua colaboradora Margaret Egan (1905 - 1959), Eles haviam adotado o termo controle bibliográfico.

    Passaram a utilizar organização bibliográfica em resposta às pressões daqueles que consideravam a conotação de censura na palavra controle. A utilização dos dois termos levava à busca de uma teoria da armazenagem e recuperação da informação, considerada por Egan e Shera (1949;1952) como a base da Ciência da Informação. Foram eles idealizaram o conceito de epistemologia social, uma disciplina científica que foi proposta por eles em varias ocasiões.
  • O evento International Conference on Scientific Information, ocorrido em 1958 em Washington, marcou a transformação da documentação na Ciência da Informação.

  • Alexander Ivanovich Mikhaïlov (1905-1988), o pesquisador produziu cerca de 200 trabalhos científicos sobre ciências da informação, os métodos e as tendências de desenvolvimento.

    No período entre 1958 até sua morte, ele teve uma grande atuação na Fédération Internationale d´Information et de Documentation (1969).
  • Foi um importante acontecimento, a criação do Science Citation Index (SCI) de Eugene Garfield.

    O SCI é uma base de referencia mundial de citações bibliográficas em artigos de revistas, de acordo com a qual são definidas as métricas para a classificação das revistas segundo o seu impacto. Esta iniciativa promoveu uma espécie de classificação das revistas selecionadas pelo SCI. Como resultado desse processo, existem hoje as revistas indexadas pelo SCI e aquelas que não são indexadas.
  • Information Storage and Retrieval: Tools, Elements, Theories de Becker (Joseph Becker 1923 - 1995) e Hayes (Robert M. Hayes 1926 - 2022).

    Foi o primeiro texto que discutiu a CI como uma combinação de disciplinas e falou os aspectos técnicos e comportamentais dessa ciência.
  • Harold Borko (1922 - 2012), com seu artigo Information Science: What is it? foi o que primeiro a organizar os limites da área, fazendo assim uma definição da CI.

  • Lancaster (Frederick Wilfrid Lancaster 1933 - 2013) foi um dos teóricos mais importantes no estudo de recuperação da informação.

    Ele a dividiu em dois subsistemas: subsistemas de entrada (seleção de documentos, indexação e vocabulário) e subsistemas de saída (busca, comparação e interação entre o usuário e o sistema), com enfoque na indexação. Lancaster também pode ser considerado um dos precursores da ideia de sociedade sem papel.
  • Brookes (Bertram Claude Brookes 1910 - 1921), que se interessou pelos problemas da informação, como atividade prática, mas também como objeto de estudo empírico e teórico.

    Suas ideias influenciaram vários estudiosos que consideram a CI a partir de uma visão cognitiva.
  • As ideias de Jason Farradane (1906 - 1989) dominam o cenário nos anos 70. O autor enumerou as competências específicas desses novos indexadores.

    Sua proposta incluía: comunicações humanas, técnicas de investigação, fontes de informação, catalogação, indexação e classificação, apresentação da informação, administração, reprodução documentaria e leis de direito autoral.
  • Na concepção Gernot Wersig (1942 - 2005), a Ciência da Informação é um tear interdisciplinar, onde se pode tecer uma rede de fios conceituais de outros campos científicos para capturar o sentido de uma problemática na perspectiva da informação.

  • Belkin (Nicholas J. Belkin) e Robertson (Stephen Roberton) chegaram à conclusão de que a maioria ou mesmo todos os usos da informação trazem a ideia de estruturas que estão sendo alteradas, propondo assim, a seguinte definição:

    informação é o que é capaz de transformar estruturas cognitivas.
  • Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi em 1980 elaboraram um modelo de criação de conhecimento baseado na interação entre conhecimento tácito e explícito. Eles identificaram quatro modos de alteração entre esses dois tipos de conhecimento.

    O processo de externalização é a transformação do conhecimento tácito em explícito. Já a internalização é o processo inverso. Já a combinação é o processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. Por fim, a socialização é a interação entre conhecimentos tácitos. Esse processo, então irreversível, do conhecimento na modelagem de uma sociedade consolidou o conceito de sociedade pós-industrial ou sociedade da informação ou sociedade do conhecimento.
  • Jason Farradane (1906 - 1989), a indexação relacional, define relações para associar pares de conceitos.

    Farradane beseou-se na psicologia do pensamento, com nove relações que refletem a combinação dos mecanismos mentais de associação e discriminação no tempo e no espaço. Segundo o autor, podem expressar relações de aplicação geral em qualquer área de assunto e em qualquer nível de complexidade.
  • Foskett (Douglas Jhon Foskett 1918 - 2004) fala sobre a natureza interdisciplinar, onde concorda que a Ciência da Informação nasce da biblioteconomia, da computação, dos novos meios de comunicação, da psicologia e da linguística.

    A interdisciplinaridade se relaciona diretamente com a transferência do conhecimento organizado.
  • Yuexiao (Zhang Yuexiao), nessa época a área de administração passa definitivamente a ser estudada pela Ciência da Informação, junto a disciplinas de gestão do conhecimento e inteligência competitiva.

    Yuexiao ressalta que à uma necessidade da informação para quase todas as culturas, profissões e ciência, também para o desenvolvimento de pesquisas sobre a própria informação como processo ou fenômeno. Para Yuexiao, a informação é um conceito complexo, pois possui muitas e multifacetadas definições e complexos relacionamentos.
  • Calvin Elliker e Tschera Harkness Connel, em 1989 o artigo de revisão o Arist, organizou a área em seis grandes categorias:

    teoria e prática da indexação; estratégias de busca e métodos de busca; busca em linguagem natural; uso de citações na recuperação da informação; vocabulários controlados; classificação e cabeçalhos de assunto e indexação automática.
  • Buckland (Raymond Buckland 1934 - 2017), (1991;1997) define dois padrões para a automação de bibliotecas:

    o formato MARC, que torna os dados bibliográficos legíveis por computador, e o protocolo Z39.50, que permite, por exemplo, a partir da mesma interface, aceder simultaneamente a catálogos locais e a catálogos externos de outras bibliotecas.
  • Miksa (Francis Miksa) trata de dois paradigmas da biblioteconomia e da CI. O primeiro é o da biblioteca como instituição social e o segundo é a ação da informação como um sistema da comunicação humana.

    Miksa entende que a combinação entre os dois é dificultada pela fragilidade de ambas, pois o primeiro se ocupa com a relação entre uma instituição (a biblioteca) e a sociedade, e o segundo, com a racionalidade física originada de uma teoria matemática.
  • Wiig (Karl Wiig) popularizou o termo gestão do conhecimento como uma construção sistemática, explícita e intencional, enfatizando que a sua aplicação deveria apoiar a eficiência e o retorno sobre os ativos da organização.

  • Bates (Marcia J. Bates)

    Segundo a autora, a Ciência da Informação é uma meta-ciência que corta transversalmente variadas disciplinas convencionais, tendo como domínio o universo da informação registrada, que é selecionada e retirada para acesso posterior.
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  • Capurro (Rafael Capurro) diz que à duas raízes da CI:

    a ciência das mensagens, centrada na biblioteconomia clássica e constituída de uma rede de relações baseadas na linguagem; e a raiz que possui caráter tecnológico, apoiado nos processos de produção, coleta, organização, interpretação, armazenagem, recuperação, disseminação, transformação e uso da informação.
  • Hawkins et al. Definem Ciência da Informação como um campo interdisciplinar,

    com conceitos teóricos e práticos, que lida com a transferência de conhecimentos, geração, organização, representação, processamento, distribuição, comunicação e uso da informação, bem como com a comunicação entre os usuários e seus comportamentos.
  • Le Coadic (Yves François Le Coadic)

    afirma que a busca pelo conhecimento deve começar pelo acesso ao conhecimento já existente, aos princípios que já estão estabelecidos e fundamentados, ou seja, a produção de conhecimento tem início com a busca de informações sobre aquilo que já foi produzido anteriormente.
  • Zins (Chaim Zins) afirma que CI é o nome genérico de um campo interdisciplinar que trata de um armazém de domínios ligados à informação e ao conhecimento.