Tempos sombrios da democracia no Brasil

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    Principais acontecimentos

  • A liga camponesa

    A liga camponesa
    A primeira liga foi formada em 1954, em Vitória de Santo Antão, no estado de Pernambuco, reunindo 1200 trabalhadores rurais. O caráter dessas organizações abandonava as antigas medidas assistencialistas, passando a assumir uma atuação política mais ativa na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais e pela distribuição de terras.
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    principais acontecimentos

    A Ditadura Militar
  • João Pedro Teixeira e Elizabeth TeixeiraPedro fazendeiro e Nego Fuba

    João Pedro Teixeira e Elizabeth TeixeiraPedro fazendeiro e Nego Fuba
    Trabalhador rural e líder da Liga Camponesa do Sapé, criada em 1958 e que contava com mais de 7.000 camponeses associados, João Pedro foi assassinado no dia 2 de abril de 1962 em emboscada armada por Antônio Vítor, Aguinaldo Veloso Borges e Pedro Ramos Coutinho, latifundiários da Paraíba. Após a morte de João Pedro, a esposa Elizabeth assume, ao lado de Pedro Fazendeiro e Negro Fuba, a liderança do movimento camponês na região. Presa também após o golpe militar de 1964.
  • Governo João Goulart

    Governo João Goulart
    O governo de João Goulart foi um dos mais atribulados da história da República Brasileira, pois foi marcado por conspirações militares, desajuste econômico com altíssima inflação, tentativa de aplicação de reformas de base, aproximação com as esquerdas que almejavam a via revolucionária, entre outros acontecimentos.
  • Tempos sombrios da democracia brasileira

    Tempos sombrios da democracia brasileira
    Os que viveram a ditadura militar brasileira, os que passaram por ela em brancas nuvens e os que nasceram depois que ela acabou. Todos podem conhecer melhor e refletir sobre esse período, a partir da série "O Dia que durou 21 anos",
    Em clima de suspense e ação, o documentário apresenta, em três episódios de 26 minutos cada, os bastidores da participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964 que durou até 1985 e instaurou a ditadura no Brasil.
  • GUERRILHA URBANA

    GUERRILHA URBANA
    Político, guerrilheiro e poeta, vivenciou a repressão de dois regimes autoritários: o Estado Novo (1937-1945), de Getúlio Vargas, e a ditadura militar iniciada em 1964. Foi um dos principais organizadores da resistência contra o regime militar e chegou a ser considerado o inimigo número um da ditadura. Teve ao todo quatro passagens pela prisão, onde sofreu espancamentos e torturas. Militou durante 33 anos no Partido Comunista e depois fundou o movimento armado Ação Libertadora Nacional (ALN).
  • Golpe Militar

    Golpe Militar
    Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República.
    No dia 9 de abril de 1964, a junta militar, representando o Comando Supremo da Revolução, baixou o primeiro ato institucional redigido por Francisco Campos. Editado sem número, o documento passaria a ser designado como AI-1 somente após a divulgação do segundo ato
  • AI-1

    AI-1
    Caçava mandatos legislativos, suspendia direitos políticos pelo prazo de dez anos e determinava em seu artigo 2º que dentro de dois dias seriam realizadas eleições indiretas para a presidência e vice-presidência da República. 
  • Castelo Branco

    Castelo Branco
    No dia 15 de abril, Castelo Branco foi investido no poder presidencial, inaugurando uma série de governos militares no país. No dia 17 de julho, com a justificativa de que as medidas de reestruturação política e econômica adotadas ou por adotar não se poderiam concretizar no prazo de vigência do AI-1, o Congresso aprovou por maioria absoluta a prorrogação do mandato de Castelo Branco até 15 de março de 1967
     
  • Justificativa

    Os militares envolvidos no golpe de 1964 justificaram sua ação afirmando que o objetivo era restaurar a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas e deter a "ameaça comunista" que, segundo eles, pairava sobre o Brasil.
  • Atos institucionais –AI

    Atos institucionais –AI
  • Segurança Nacional

    Segurança Nacional
    Pouco antes de deixar o governo, Castello Branco decretou a Lei de Segurança Nacional, segundo a qual qualquer pessoa considerada desestabilizadora do regime instituído poderia ser alvo de severas punições.
  • Arthur da Costa e Silva (Início da linha dura no poder)

    Arthur da Costa e Silva (Início da linha dura no poder)
    Tomou posse na presidência da República e a nova Constituição entrou em vigor. A Carta de 1967, considerada pelo presidente “moderna, viva e adequada”. Ainda assim, durante o governo Costa e Silva, a ordem constitucional continuaria a ser sacrificada à ordem institucional, ditada por uma legislação de exceção.
  • AI-5

    AI-5
    AI-5-baixado em 13/12/68, autorizou o presidente da República, independente de qualquer apreciação judicial, a decretar o recesso do Congresso Nacional e de outros órgãos legislativos, a intervir nos estados e municípios sem as limitações previstas na Constituição, a cassar mandatos eletivos e a suspender por dez anos os direitos políticos de qualquer cidadão, a decretar o confisco de “bens de todos quantos tenham enriquecido ilicitamente” 
  • TORTURAS COMEÇARAM A SER COMUNS COM O AI-5

    TORTURAS COMEÇARAM A SER COMUNS COM O AI-5
    Ele instrumentalizou a ditadura para o ápice do autoritarismo. Ele deu todos os poderes. Nada poderia ser contestado. 
  • Emílio Garrastazu Médici

    Emílio Garrastazu Médici
    Final da década de 60 e início dos anos 70, o Brasil vivia o contraste do milagre econômico com um dos períodos mais repressores comandado pelos militares. O governo transmitia aos brasileiros a imagem de um país emergente e de futuro. Campanhas mostravam um Brasil ideal, escondendo o atraso do país, e jamais davam sinais do processo de repressão e censura contra os que se opunham à ditadura. 
  • Aumenta o combate ao Regime Militar

    No governo de Médici o combate ao Regime Militar se acentuou e as guerrilhas urbanas também foram formas de resistência que se ampliaram
  • Médici segurando a taça da copa de 70

    Médici segurando a taça da copa de 70
    Em 70 também foi um momento onde o esporte brasileiro teve diversas conquistas e que foram exploradas pelo governo. Aproveitando assim, para enaltecer o país. 
  • Milagre econômico

    Milagre econômico
    O “milagre econômico” no período da ditadura militar representava o entusiasmo, capitalizado pelos militares, de um crescimento econômico que significou a internacionalização da economia brasileira às custas do aumento da dívida externa e da dependência do capital estrangeiro. Mas provocou também uma forte concentração de renda, a queda abismal do valor real dos salários, aprofundando o empobrecimento e a desigualdade da sociedade brasileira.
  • Ernesto Geisel

    Ernesto Geisel
    Geisel arriscou sua oposição ao começar uma liberalização gradual e desmilitarização do governo, permitindo eleições legislativas abertas em 1974, reunião com líderes da oposição, e relaxante censura. 
    Teve que enfrentar dificuldades econômicas e políticas que anunciavam o fim do “Milagre Econômico” e ameaçavam o Regime Militar, além dos problemas herdados de outras gestões.
  • Lei da Anistia e a Reforma Partidária

    Lei da Anistia e a Reforma Partidária
    Foi aprovada a Lei da Anistia em 29/08/74. O movimento para aprovar tal medida havia começado na segunda metade da década de 70, reunindo entidades do movimento estudantil e sindical, organizações populares, OAB, ABI e a Igreja. Reforma Partidária Em 22 de novembro foi aprovada a Lei Orgânica dos Partidos, que extinguia a Arena e o MDB e restabelecia o pluripartidarismo no país. A partir daí, cresceu um movimento cujo escopo era estabelecer eleições diretas para os cargos executivos.
  • Morte de Vladimir Herzog

    Morte de Vladimir Herzog
    Foi assassinado no dia 25 de outubro de 1975, sábado, num antigo prédio da rua Tomás Carvalhal, no Bairro do Paraíso, em São Paulo, onde funcionava o Destacamento de Operações de Informações (DOI), departamento do Centro de Operações de Defesa Interna, (CODI), órgão subordinado à Segunda Divisão de Exército, se tornaria um desses raros episódios que marcam a História por muitos aspectos. Foi também um momento que viria a impulsionar a luta pela redemocratização do país.
  • Clarice, esposa de Herzog, e os dois filhos

    Clarice, esposa de Herzog, e os dois filhos
    Foi uma tragédia para Clarice e para os filhos Ivo e André, bem como para centenas de amigos, milhares de jornalistas e milhões de brasileiros.
  • A greve geral do ABC

    A greve geral do ABC
    A greve geral de 1979 mostrou o rápido avanço da organização dos trabalhadores, que mais uma vez desafiaram a ditadura e dobraram os patrões. Cerca de 200 mil trabalhadores participaram do movimento, que paralisou a produção das indústrias automobilísticas (adesão total na Volks, Ford, Mercedes-Benz. Pela primeira fez foi organizado um fundo de greve. Os trabalhadores receberam apoio da igreja católica, de entidades civis, do MDB e de artistas famosos.
  • Final do mandato de Geisel

    Já ao final de seu mandato, em 1º de janeiro de 1979, Geisel fez um ato louvável: extinguiu o AI-5.
  • João Baptista Figueiredo (último presidente da Ditadura Militar)

    João Baptista Figueiredo (último presidente da Ditadura Militar)
    Com o crescimento da oposição nas eleições de 1978, o processo de abertura política ganhou força. Figueiredo teve a difícil tarefa de garantir a transição do regime ditatorial para a democracia.
  • Riocentro

    Riocentro
    Convém lembrar, o fracassado atentado ocorrido em 1981, no Riocentro. Suspeitou-se que a “linha dura” o havia planejado para desestabilizar a transição para a democracia. No entanto, a bomba explodiu no colo dos agentes do exército, antes de eles chegarem ao local supostamente planejado. 
  • Líder Sindical assassinada

    Líder Sindical assassinada
    Três meses antes de ser assassinada na porta de casa, na frente do marido e do filho pequeno, a líder sindical paraibana Margarida Maria Alves disse, em um discurso de comemoração pelo 1° de maio (Dia do Trabalhador), que era melhor morrer na luta do que morrer de fome. 
  • DIRETAS JÁ

    DIRETAS JÁ
    Embora a oposição ganhe em número de votos, o Regime Militar mantém o controle do processo político e articula a sucessão do general Figueiredo por meio de eleições indiretas, marcadas para novembro de 1984. No final de 1983, as oposições lançam a campanha por eleições diretas para presidente da República. A primeira manifestação, em 27 de novembro, é organizada pelo PT e reúne cerca de 10 mil pessoas em São Paulo. O movimento cresce rapidamente e aglutina todos os setores oposicionistas. 
  • Segunda redemocratização do Brasil

    Segunda redemocratização do Brasil
    Somente em 1985 a Redemocratização do Brasil foi concluída. Os militares enfrentavam dificuldades para recuperar a economia do país. Nesta época, os índices de inflação eram muito altos, além dos inúmeros casos de corrupção na máquina pública revelados pela imprensa. Os setores de saúde e educação enfrentavam rombos enormes e a sociedade pressionava para que os militares deixassem o poder. A eleição presidencial de Tancredo Neves em 1984 pelo Colégio Eleitoral marcou o fim da Ditadura Militar.
  • Referências 3

    Disponível em:
    http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/carlos-marighella/index.html. Acesso em 09/03/18
    http://vladimirherzog.org/biografia/. Acesso em 09/03/18
    http://memorialdademocracia.com.br/card/a-grande-greve-dos-trabalhadores-do-abc. Acesso em:09/03/18
    Vídeo Documentário: Memórias da Ditadura Militar no BRASIL.Disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=_CPYTAkrpMQ. Acesso em 07/03/18