Cronologia dos 20 anos de conflito armado interno no Peru (1980-2000)
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Queima de câmaras eleitorais em Ayacucho
Integrantes do Sendero Luminoso queimam 11 câmaras eleitorais en Chuschi, Ayacucho -
Incêndio em San Martin de Porres
Manifestantes provocam incêndio no distrito de San Martin de Porres, em Lima, deixando panfletos que representam/saúdam o início da "luta armada" -
Period: to
Mandato de Fernando Belaúnde Terry
Fernando Belaúnde assume a Presidência da República pela segunda vez -
Cachorros Mortos em Lima
Nas ruas do centro de Lima, aparecem cachorros mortos pendurados nos postes de luz com a placa "Hsiao Ping, filho da puta" -
Conflito com Equador
Exército peruano despeja as tropas equatorianas que haviam criado um posto de vigilância fictício "Falso Paquisha", no território do Peru -
Tipificação do crime de terrorismo
O Governo peruano promulga o Decreto-Lei 046, que tipifica o crime de terrorismo -
Combate ao Sendero Luminoso em Ayacucho
Em maio os "sinchis"(Guarda Civil) e os "llapan atic" (Guarda Republicana) chegam a Ayacucho para combater o Sendero Luminoso -
Ataque à rede de rádio "La Crónica"
Em Lima, quatro pessoas invadem os estúdios de rádio "La Crónica" e obrigam e forçam o narrador a transmitir uma proclamação chamando a população à "luta armada" -
Ataque ao posto policial de Tambo em Ayacucho
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Declarado "estado de emergência"
Governo decreta "estado de emergência" em 5 de 7 províncias de Ayacucho (Huamanga, Huanta, Cangallo, La Mar e Victor Fajardo) e suspende por 60 dias as garantias constitucionais relacionadas à liberdade e segurança individuais. -
Period: to
Militarização do Conflito Armado
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Apoio à pena de morte
O presidente Fernando Belaunde se declara a favor da pena de morte para enfrentar a "delinquência terrorista". O que gerou um sério debate na opinião pública. -
Assalto à prisão de Huamanga
Senderistas assaltam a prisão de Huamanga, em Ayacucho. O que acarretou na fuga de 304 presos dentre os quais, uma delas foi Edith Lagos (ativista peruana membro do Sendero Luminoso) -
Ataque à Embaixada Norte Americana
Esquerda Unida (partido político) critica severamente as ações do Sendero Luminoso após o ataque feito à Embaixada estadunidense em Lima e vários municípios em Ayacucho -
Peru em "estado de emergência"
Declara-se "estado de emergência" em todo o país -
Assalto à fazenda experimental Allpachaca
Senderistas assaltam a fazenda experimental Allpachaca, propriedade da UNSCH (Universidad Nacional San Cristóbal de Huamanga), em Ayacucho: queimam o local, destroem depósitos e matam gado. -
Ataque à Guarda Civil
Sendero Luminoso ataca posto da Guarda Civil em Vilcashuamán, Ayacucho, o que acarreta na morte de sete policiais. -
Morre Edith Lagos
Edith morre em Umacca, Apurímac, durante um confronto com membros da Guarda Republicana -
Ataque contra prefeito de Huamanga
O prefeito de Huamanga (em Ayacucho), Jorge Jáuregui, fica gravemente ferido após ataque. -
Forças Amadas tomam poder de Ayacucho
Por contra da crescente onda de atentados, as Forças Armadas assumem o controle interno de Ayacucho -
Assassinato de jornalistas
Oito jornalistas foram assassinados na comunidade campesina de Uchuraccay, Ayacucho. Os eventos recebem grande cobertura da mídia. -
Invasão à Lucanamarca
Integrantes do Sendero Luminoso arrombam a comunidade de Lucanamarca, em Ayacucho e 69 membros da comunidade são mortos. -
Patrulha militar ataca população de Chuschi
A patrulha militar executa extrajudicialmente camponeses em Chuschi, Ayacucho. -
Atentado terrorista à sede da Ação Popular
A sede da Ação Popular (partido político) foi atacada em Lima e gerou a morte de 3 militantes do partido. Ataque considerado atentado terrorista. -
Restabelecimento da Pena de Morte
Em mensagem ao Congresso, o presidente Belaunde ordena o restabelecimento da pena de morte. No mesmo dia, o Conselho de Ministros prorroga o "estado de emergência" em todo o território nacional. -
Guarda Civil mata 32 camponeses
Tropas da Guarda Civil, encarregadas do posto policial de Socos, Ayacucho, matam 32 camponeses que participavam de uma festa comunitária. -
Líder do Sendero Luminoso capturado
Antonio Díaz Martínez foi capturado em Huaraz, Ancash. Martínez era líder do Sendero Luminoso. -
Primeira ação do MRTA
O grupo guerrilheiro Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA) atira contra uma delegacia de Villa El Salvador, Lima. -
MRTA torna-se público pela primeira vez
Aparecimento de três bandeiras com o emblema do movimento em zonas centrais de Lima -
Prisão de Jesús Oropesa
Tropas da Guarda Civil detém Jesús Oropesa por uma suposta alegação de terrorismo em Lucanas, Ayacucho. Dias após este fora encontrado morto. -
Desaparecimento de Jaime Ayala
O jornalista do jornal "La República" desapareceu depois de entrar no quartel de Infantaria da Marinha localizado no Estádio Municipal de Huanta, Ayacucho. -
Descobrimento de fossas clandestinas
Quatro fossas clandestinas foram encontradas em Pucayacu, Huancavelica, com 49 corpos de pessoas que haviam sido detidas no quartel de Infantaria da Marinha do Estádio Municipal de Huanta, Ayacucho -
Incêndio no KFC
Membros do MRTA incendiam um KFC (Kentucky Fried Chicken) em Lima -
Atentado contra Domingo García Rada
O presidente do Júri Nacional de Eleições (organismo constitucional autônomo), Domingo García Rada, sofreu ataque do Sendero Luminoso e ficou gravemente ferido. -
Ataque do MRTA a um canal de TV
O MRTA interfere no sinal de um canal de televisão em Lima e espalha uma mensagem exigindo novas medidas econômicas e anistia generalizada. -
Alan García anuncia modificações políticas anti-subversivas
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Period: to
Mandato de Alan García
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Massacre de Accomarca, Ayacucho
62 camponeses foram executados extrajudicialmente por uma patrulha do exército, comandada pelo subtenente Ep Telmo Hurtado Hurtado. -
Trégua de 1 ano do MRTA
MRTA anuncia trégua por um ano de suas ações militares para o governo de Alan García. -
Ataque do Exército à campesinos
Tropas do exército matam cerca de 59 pessoas em Umaro e em Bellavista, Ayacucho. -
Responsabilização pelo massacre de Accomarca
O general FAP Luis Abram Cavallerino, presidente do Comando Conjunto das Forças Armadas, responsabilização o subtenente EP Telmo Hurtado como responsável pelo massacre de Accomarca -
Sequestro e desaparecimento de AP Álvaro Artaza
O capitão de corveta AP Álvaro Artaza, foi sequestrado e desapareceu em Lima. Mais conhecido como "Comandante Camión" (comandante caminhão), era responsável pela zona de emergência de Huanta, Ayacucho, em 1984. Ele seria julgado por sua responsabilidade no desaparecimento do jornalista Jaime Ayala. -
Assassinato do contra-almirante AP Carlos Ponce Canessa
Senderistas assassinam ,em Lima, o contra-almirante AP Carlos Ponce Canessa, membro do Estado Maior da Marinha de Guerra, como parte de uma campanha contra membros de tal instituição armada. -
Massacre de presos (18 e 19 de junho)
Dia 18:
- Tumulto de presos por terrorismo em três centros penitenciários de Lima e Callao (Lurigancho, El Frontón e Santa Bárbara).
- Governo ordena que o Comando Conjunto das Forças Armadas intervenha na situação para restabelecer a autoridade nas prisões. Dia 19:
- Confirma-se a morte de centenas de presos em Lurigancho e em El Frontón, enquanto que em Santa Bárbara fora registrado apenas duas mortes. -
Period: to
Implantação Nacional de violência política
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Massacre em Ayaorcco
Patrulha policial mata 13 pessoas da comunidade de Ayaorcco, Apurímac as acusando de apoiar o Sendero Luminoso. Assassinatos ocorrem durante perseguição à senderistas. -
Atentado senderista contra vice almirante
O vice-almirante AP (r) Gerónimo Cafferata Marazzi, ex comandante geral da Marinha e presidente do Banco Industrial em Lima, sofreu um ataque do Sendero Luminoso. 4 dias após o ataque (18 de outubro), ele fora levado aos EUA, onde morreu. -
Organização MIR (Voz Rebelde) se integra ao MRTA
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Assassinato de César López Silva
O membro do Comitê Executivo Nacional do partido aprista e ex presidente da Federação Médica do Peru, César López Silva, foi assassinado em Lima. -
Intervenção policial em Universidades
Em Lima, a polícia detém grande quantidade de estudantes ao fazer intervenção na Universidad Nacional Mayor Mayor de San Marcos, na Universidad Nacional de Ingeniería, na Universidade Enrique Guzmán e na Valle, La Cantuta. -
Promulgação lei 24651
Lei revoga o DL 046 (decreto-lei) e aumenta as penas por atos terroristas -
Apagão em 9 regiões
A queda de torres de energia elétrica de Mantaro deixa 9 regiões sob apagões. Em Lima, antes do apagão se iniciar, ocorreram pelo menos, 15 ataques à agências bancárias. -
Líder do MRTA capturado em Lima (Alberto Gálvez Olaechea)
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Líder aprista, Rodrigo Franco, assassinado
Líder foi morto em Lima, integrantes do Sendero invadiram sua casa em Ñaña e o assassinaram na frente de sua família. -
Forças Armadas com controle político militar
Diante da ações armadas do MRTA na floresta nordeste do país, o governo entrega às Forças Armadas o controle político militar de toda a região de San Martín -
MRTA toma cidades
Durante os dias 6, 7, 8 e 9 de novembro, guerrilheiros do MRTA tomam Juanjui e outras cidades da região de San Martín. O comandante Rolando, chefe do MRTA, também identificado futuramente com Víctor Polay Campos, aparece em público. -
Period: to
Primeira sessão do I Congresso do Sendero Luminoso em Lima
datas não especificas -
Marcha Senderista
Pessoas a favor do Sendero Luminoso fazem uma marcha pelo centro de Lima onde esta acaba em atentados contra algumas entidades bancárias -
Matança em Cayara, Ayacucho
Em retaliação à emboscada de Erusco (em que Senderistas atacaram militares e vários acabaram morrendo), patrulheis do Exército foram a Cayara e mataram 39 campesinos. Posteriormente, várias testemunhas do ato foram executadas. -
Osman Morote Barrionuevo capturado
Líder do Sendero capturado no centro de Lima -
Period: to
Segunda sessão do I Congresso do Sendero Luminoso em Lima
datas nao especificadas -
"Entrevista do Século" com Abimael Guzmán
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Assassinato de Manuel Febres
Advogado do líder senderista Osmán Morote é sequestrado em Miraflores e assassinado no tunel de La Herradura, Chorrillos, Lima. O ato foi reivindicado pelo "Comando Rodrigo Franco". -
Assassinato de Hugo Bustíos
Hugo era jornalista de Caretas, quando ia cobrir informações en Cangallo, Ayacucho, foi assassinado. As testemunhas afirmam que os assassinos eram membros do Exército -
Assassinato em La Paz, BOL.
Comando senderista assassina em La Paz, o capitão do navio AP Juan Vega Llona, destacado na zona de emergencia de Ayacucho em 1984 e protagonista dos sucessos do "El Frontón" em 1986 -
Alan García promulga lei 24953
Lei estabelece sanções drásticas para quem participasse de atos terroristas -
Víctor Polay Campos capturado
Líder supremo do MRTA capturado em hotel de turistas de Huancayo, Junín -
Assassinato de Saúl Cantoral
Presidente da Federação Nacional de Trabalhadores Mineiros, Metalúrgicos e Siderúrgicos foi assassinado em Lima. Se presume que os responsáveis estavam vinculados às forças de ordem da época -
MRTA toma a cidade de Pichanaki, Junín
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Ataque senderista ao posto policial de Uchiza
Posto policial fora destruido com o apoio de narcotraficantes da região. Os policiais que ali se encontravam não receberam reforços e foram assassinados. -
Period: to
Crise extrema: Ofensiva subversiva e contraofensiva estatal
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Líder do MRTA, Miguel Rincón Rincón, capturado no centro de Lima
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Grupo do MRTA sofre emboscada pelo Exército
Grupo ia a cidade de Tarma com intuito de tomar a cidade. Exército os emboscou em Molinos, Junín -
General EP Alberto Arciniega é designado Chefe do Comando Político-Militar de Huallaga
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Assassinato da Ecóloga e Jornalista Bárbara D'Achille
Senderistas também assassinaram o diretor do projeto de camélidas de Corte Huancavelica, Esteban Bohórquez -
Detenção de mais de 300 alunos e professores em Huancayo
Mais de 300 alunos, 30 professores e empregados são detidos durante incursão do Exército à Universidade Nacional do Centro. (Data indeterminada) -
CONVENCAO OIT 169 RATIFICADA PELO PERU
El Congreso Constituyente Democrático aprobó el Convenio mediante Resolución Legislativa Nº 26253, del 2 de diciembre de 1993, que entró en vigencia 12 meses después. Este instrumento reemplazó uno de 1957 “Convenio sobre poblaciones indígenas y tribales”.