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Escrito por José Antonio de Sá em 1783. Como observar, recolher, descrever com base nos preceitos de naturalistas portugueses de Coimbra.
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Escrito por José Antonio de Sá, com indicações para se "formar uma descrição exata" de nascimentos, casamentos e mortes, de maneira análoga às cartas corográficas e topográficas que listavam exaustivamente rios, acidentes, população, território.
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Escrito em 1829, transcrito em 1893, publicado em 1895 na Revista do IHGB. Comparação entre as estimativas de habitantes em 1808 e 1823, dividindo-os em livres e escravos, exportados/importados no tráfico interprovincial, síntese do total de nascimentos, óbitos e casamentos, no formato de estimativas médias: 50 nascimentos a cada 100 pessoas, por exemplo. Exemplar do que Camargo (2018) argumenta serem as estatísticas com base em estimativas.
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Por Daniel Muller, escrito em 1836. Exemplo do foi descrito por Santos (em Aritmética política e a administração do estado português) como estatísticas descritivas alemãs, em que se pretende descrever exaustivamente tudo o que há, como as listagens naturalistas portuguesas do séc. XVIII e XIX. Longas descrições sob a forma de inventários, atravessadas por questões morais: casamentos falam sobre monogamia etc.
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Sessão 22/08/1850
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Lei n. 581, de 4 de setembro de 1850, que reprimia o tráfico de novos escravos africanos, sem se comprometer com o fim da escravidão, uma espécie de "acordão" com a Inglaterra que não criava grandes conflitos com o senhorio do café. Um de seus efeitos é o fortalecimento do tráfico interprovincial. "sul queria escravizar os filhos do norte" (Oliveira, 2005) - endividamento com açúcar no nordeste e a demanda por mão-de-obra nas lavouras de café do sul (Palacios, 2006)
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lei n. 601, de 18 de setembro de 1850. Regulamentar a questão fundiária - compra de terras pelos grandes latifundiários (já que não seriam mais cedidas pelo Estado) e dificuldade de acesso aos recursos pelos trabalhadores livres e pobres [manutenção da aristocracia rural]
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Decreto n. 798 de 18 de junho de 1851, que regulamenta o novo registro de nascimentos e óbitos sob responsabilidade do juíz de paz. Os mapas de nascimentos e óbitos deveriam ser encaminhados às Câmaras Municipais, que enviariam um mapa dos municípios à Secretaria do Império ou Presidente da Província. Ref.: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-798-18-junho-1851-559436-publicacaooriginal-81654-pe.html
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Documento de 1852, assinado pela Sociedade contra o tráfico de africanos e promotora da colonização e da civilização dos indígenas, do Rio de Janeiro. O documento trata do registro geral de escravos atuais e os que nasceram livres, de mortes, fugas e alienações, em defesa do ventre livre. Fala da extinção da escravidão como uma obra de caridade cristã, um ato de humanidade calculada e refletida, generosidade que inspiraria sentimentos de gratidão e de justiça nos libertos ou nascidos livres.
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Ingá, Campina Grande, Fagundes, Areia, Alagoa Nova, Alagoa Grande e Guarabira são palco de levantes com saqueamento dos engenhos, invasão da casa de autoridades e fugas pelas matas (DINIZ, 2016). Ver: Relatorio apresentado a assembléia legislativa provincial da Parahyba do Norte pelo excellentissimo presidente
da provincia, o dr. Antonio Coelho de Sá Albuquerque em 3 de maio de 1852. Parahyba, Typ. de José Rodrigues
da Costa, 1852. P. 3 rebeliões. -
"gente baixa", "sem nenhuma importância social ou política", "gente ignorante e fanática que sem plano nem direção armou-se contra o decreto", das correspondências oficiais estudadas por Hamilton de Mattos Monteiro (1978).
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Relatório do Ministro da Justiça de 1º de maio
de 1852: “Foi na província de Pernambuco que
o movimento apareceu com caráter mais grave,
não só pelo número de grupos que se armaram,
como por serem mais numerosas as freguesias e
termos em que ele se manifestou”. -
Anais do Parlamento Brasileiro, Sessão 04/08/1870, Deputado José de Alencar sobre a importância de manter o registro sob responsabilidade dos párocos, para evitar levantes como os de 1852. Fala também sobre as relações entre as estatísticas, as Luzes e a prosperidade na Nação.
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Barão de Porto Seguro, Francisco Adolfo de Varnhagem, é enviado como representante e o Brasil tem sua primeira participação em um evento de estatística internacional. As métricas européias são criticadas pelo barão, sobretudo a centralidade da língua. No censo de 1872, as categorias centrais seriam "cor" e "condição" (sobre o olhar indisciplinado do recenseador e a centralidade da cor/condição, ver Camargo, 2018)