Ossos

Conto - A Dança dos Ossos

  • Margens do rio Parnaíba...

    Margens do rio Parnaíba...
    A história ocorre na divisa de Minas e Goiás, nas margens do rio Parnaíba na mata.
    "A noite, límpida e calma, tinha sucedido a uma tarde de pavorosa tormenta, nas profundas e vastas florestas que bordam as margens do Parnaíba, nos limites entre as províncias de Minas e de Goiás. Eu viajava por esses lugares, e acabava de chegar ao porto, ou recebedoria, que há entre as duas províncias. Antes de entrar na mata, a tempestade tinha-me surpreendido."
  • A Cova de Joaquim Paulista

    A Cova de Joaquim Paulista
    Cirino o barqueiro começo a conversar com o viajante, Cicero conta da tal cova de Joaquim Paulista, que seu corpo está “vivo”. Que ao travessar a mata e passar pela cova em noite de sexta feira o corpo do defunto assustara tal pessoa. "Vm. não quer acreditar!... pois é coisa sabida aqui, em toda esta
    redondeza, que os ossos de Joaquim paulista não estão dentro dessa cova e que só
    vão lá nas sextas-feiras para assombrar os viventes; e desgraçado daquele que
    passar aí em noite de sexta-feira!"
  • Ossinhos Dançantes!

    Ossinhos Dançantes!
    Cirino, conta que numa sexta-feira foi visitar seu compadre, na mata e encontra um monte de ossinhos que começam a dançar. "cambada de ossinhos brancos, pulando, esbarrando uns nos outros, e estalando
    numa toada certa, como gente que está dançando ao toque de viola. Depois, de
    todos os lados, vieram vindo outros ossos maiores, saltando e dançando da mesma
    maneira."
  • Caveira Assustadora

    Caveira Assustadora
    Depois uma caveira apareceu, e os ossos rodeava essa caveira, o barqueiro coitado não movia um pé.
    "de dentro da sepultura, uma cavueira branca
    como papel, e com os olhos de fogo; e dando pulos como sapo, foi-se chegando
    para o meio da roda. Dai começaram aqueles ossos todos a dançar em roda da
    caveira, Eu bem queria fugir, mas não podia; meu corpo estava como estátua."
  • A Caveira Pegou Carona!

    A Caveira Pegou Carona!
    Depois, da caveira brincar com os ossinhos ela decidiu brincar como o barqueiro, pegando uma carona em seu burro. "não tendo mais nem um ossinho com quem dançar, assentou de divertir-se comigo, vai-se chegando cada vez mais para perto, dá três voltas em roda de mim, dançando e estalando as ossadas; e por fim
    de contas, de um pulo, encaixa-se na minha garupa..."
  • Joaquim Paulista

    Joaquim Paulista
    Joaquim Paulista, foi um cabo do destacamento, que se envolveu amorosamente com Carolina e Timóteo morreu de ciúmes dessa relação.
    "Joaquim Paulista era um cabo do destacamento, tinha uma paixão louca pela Carolina; mas ela anda de
    amizade com um outro camarada, de nome Timóteo, Carolina se desapartou do Timóteo e fugiu para a casa, aqui
    no campo Joaquim Paulista, achou que a
    ocasião era boa, tais agrados fez à rapariga...
    O Timóteo, quando soube do caso, urrou de raiva e de ciúme.."
  • Caça

    Caça
    Joaquim Paulista recebeu a ordem para ir a Goiás, Timóteo sabendo que Carolina iria junto com Joaquim, decidiu convidar Joaquim para uma caça no mato. "Joaquim Paulista teve ordem do comandante do
    destacamento para marchar para a cidade de Goiás. Carolina, jurou que havia de acompanhá-lo, os dois convidaram ao Joaquim para irem ao mato."
  • A Quase Morte

    A Quase Morte
    Joaquim foi amarrado pelos dois malvados, o companheiro de Timóteo pegou duas cobras e colocou em Joaquim para ele morrer pelo veneno das cobras. "Depois que amarraram bem amarrado o pobre Joaquim Paulista.
    " Não tenhas medo, rapaz!... continua o outro. Estas meninas são muito
    boazinhas; olha como elas estão me abraçando!.. Faze de conta que são os dois
    braços da Carolina, que vão te apertar num gostoso abraço..."
  • Morte Cruel!

    Morte Cruel!
    Joaquim ainda estava vivo uma pessoa ajudou- lhe, no caminho os dois malvados encontrar Joaquim, sua vida foi ceifada por uma faca em seu coração.
    "Quando os dois se foram embora, então o caboclo, com muito cuidado,
    saiu da moita, e veio ver o pobre rapaz, que estava morre não morre!...Nisto adiantaram-se e alcançaram o vulto
    Era o próprio Joaquim Paulista!
    Sem mais demora — socaram-lhe a faca no coração, e deram-lhe cabo dele."
  • Ossos

    Ossos
    Os dois criminosos foram presos e o corpo de Joaquim Paulista foi encontrado.
    "O comandante do destacamento, que não era nenhum samora, desconfiou
    do caso. Mandou prender os dois soldados,O corpo já estava
    apodrecendo e com muito mau cheiro."