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Os sumérios são considerados o primeiro povo a ocupar a Mesopotâmia, zona fértil na bacia dos rios Tigre e Eufrates, onde é o atual Iraque.
Suas contribuições mais memoráveis à humanidade incluem a invenção da escrita e a fundação dos primeiros assentamentos urbanos, cidades-estados autônomas onde viviam.
Seus principais rivais eram os acadianos, os quais viviam no norte da Mesopotâmia e com os quais frequentemente disputavam terras férteis e água. -
Na Antiguidade, o Egito era dividido em duas regiões: o Alto Egito, localizado ao longo do vale do Nilo, ao sul, e o Baixo Egito, correspondente ao delta do rio e situado ao norte.
A integração entre essas duas áreas se deve principalmente ao desenvolvimento da agricultura irrigada, a qual permitiu a expansão das áreas cultivadas e consequentemente, a cobertura da demanda alimentícia do povo egípcio como um todo. -
Corresponde ao período entre a unificação do Egito pelo faraó Menés e o início do Império Egípcio.
A figura do faraó era um ponto essencial na coesão da região, já que sua plenipotência militar, religiosa, administrativa e jurídica tornava mais rápida a tomada de decisões. Adicionalmente, a legitimação de seu governo através de sua divinização tornava inconteste seu título, diminuindo a oposição a suas medidas. -
Os fenícios foram uma civilização mediterrânea que habitava o litoral do atual Líbano, tendo se instalado na área por volta de 3000 a.C.
Suas principais atividades eram o comércio e a navegação, as quais abrangiam virtualmente todo o mundo antigo.
A organização política fenícia era muito similar à grega, sendo também fundamentada na autonomia da cidade-estado.
Esse povo destaca-se por ter inventado o alfabeto, uma forma mais ágil de escrita que a cuneiforme ou hieroglífica. -
Essa fração da historiografia egípcia determina um período de relativa estabilidade, tendo sido marcado pela expansão da agricultura irrigada às margens do Nilo e a construção das Pirâmides de Gizé.
Todavia, os gastos acumulados com as grandes obras públicas, somados às disputas de poder entre a nobreza levaram a uma crise política e econômica, solucionada pela ascensão de monarcas fortes. -
Símbolos instantaneamente reconhecíveis da civilização egípcia, as pirâmides de Gizé compõem um grande complexo funerário onde proeminentes faraós foram sepultados como deuses. Elas deixam clara a magnitude do culto e admiração dos egípcios por seus monarcas mesmo após a morte.
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Sargão, governante de Akkad, unifica as áreas sumérias e acadianas no Império Acadiano.
O sistema adotado por Sargão na administração do reino era centralizador, o que deu fim à autonomia urbana suméria.
Todavia, o povo de Sumer ainda foi capaz de manter suas tradições culturais e religiosas, as quais se uniram às tradições da Acádia em um sincretismo cultural mesopotâmico, registrado nas placas de barro elaboradas por escribas. -
Durante essa época, o Egito usufruiu de grande prosperidade econômica, já que deu os primeiros passos no comércio através do Mediterrâneo e explorou os recursos auríferos da Núbia, uma área próxima.
O final desse período é marcado pela ação de povos estrangeiros em solo egípcio, como a emancipação núbia e a invasão dos hicsos, povo este que ocupa o território até 1570 a.C. -
O povo hebreu, ancestral dos judeus, habitava a região de Ur, na Caldeia, uma parte da Mesopotâmia. Eram organizados em clãs familiares chefiados por patriarcas e eram adeptos do politeísmo.
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Segundo a tradição bíblica, Abraão, patriarca hebreu, recebeu uma mensagem divina que lhe pedia que conduzisse seu povo à Terra Prometida de Canaã, onde hoje é o Estado de Israel e os territórios palestinos.
Após ouvir a mensagem, ordenou à população hebraica que abandonasse o politeísmo e adotasse a fé monoteísta, precursora do judaísmo.
Ao chegarem em seu destino, os hebreus se estabeleceram como agricultores e pastores, vivendo uma vida rural. -
Após enriquecer e ampliar seu poderio militar, a cidade da Babilônia, sob a liderança de Hamurábi, expande seus domínios sobre a Acádia e a Suméria, estabelecendo um império de complexa organização política e centralização de governo.
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O Código aborda as mais diversas situações, do crime ao divórcio, e é fundamentado na Lei de Talião, a do "olho por olho, dente por dente", a qual, apesar de sugerir a correspondência entre o crime e o castigo, na prática aplicava penas e garantia direitos compatíveis com a classe social de um indivíduo.
A legislatura também previa o exercício do poder pelo rei, porém sem haver sua divinização, como ocorria no Egito. -
Devido a uma grande crise de fome, muitos hebreus migraram de Canaã para o Egito. Chegando lá, foram feitos escravos pelo faraó e passaram os 400 anos seguintes sob regime de escravidão.
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O Novo Império é caracterizado por ser o apogeu da civilização egípcia, marcado pela expansão militar até o Levante, no Oriente Médio, e pelo aumento das relações comerciais com vizinhos mediterrâneos.
Ao final do período, apesar do grande enriquecimento material e cultural, o Egito é afetado por tumultos internos e questionamento da autoridade faraônica, o que acarreta um estado de decadência, no qual a região é invadida sucessivamente por assírios, gregos e romanos. -
Após 400 anos de escravidão no Egito, o povo hebreu é conduzido à liberdade pelo profeta Moisés, evento esse que marca a Páscoa (passagem) judaica.
Durante o trajeto de volta a Canaã, é formalizado o quadro moral e religioso judaico, denominado biblicamente como "os Dez Mandamentos". -
A sociedade egípcia era caracterizada pela imobilidade social, assim como muitas outras de sua época.
No topo da organização social, estava o faraó, monarca supremo e inconteste, e em seguida vinham: sacerdotes, nobres, escribas (prestigiosos, registravam as informações necessárias à administração), comerciantes (de papel modesto em comparação à outras sociedades), camponeses (tanto posseiros quanto trabalhadores rurais) e os escravos, majoritariamente prisioneiros de guerra. -
Devido à instabilidade interna e o questionamento da figura do faraó, o reino é dividido em dois impérios, o do Alto Egito e o do Baixo Egito. Esse evento marca a decadência da civilização egípcia e a facilitação da invasão estrangeira por povos próximos. Na imagem, retrato da última rainha do Egito, Cleópatra, e do ditador romano Júlio César
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Após voltarem do Egito, os hebreus se organizaram em doze tribos em Canaã, comandadas por juízes.
Esse período de divisão política termina com a unificação das tribos no Reino de Israel, motivada pela ameaça de invasão estrangeira. Não obstante, ainda havia rivalidades internas na região, especialmente entre o Norte e o Sul. -
O governo de Salomão foi o período de maior prosperidade do Reino de Israel, havendo destacado êxito nas relações comerciais com outros povos e a construção de grandes obras religiosas, como o Templo de Jerusalém.
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Com a morte de Salomão, as tribos do norte, alegando que o sul desfrutava de certos privilégios que não tinham, rebelam-se e fundam o reino de Israel, com capital em Samaria. O sul, em reação, estabelece o reino de Judá, com capital em Jerusalém.
A desintegração judaica acaba por enfraquecer a defesa da região, tornando-a alvo de sucessivas invasões estrangeiras nos anos seguintes. -
Assim como os gregos, os fenícios estabeleceram uma série de colônias pelo Mediterrâneo, sendo a de maior destaque Cartago, localizada onde hoje é a Tunísia.
Essa cidade, estabelecida por colonos de Tiro, tornou-se tão rica e poderosa que anos mais tarde, anexaria outros territórios fenícios e rivalizaria Roma em aspecto de poder, chegando a guerrear contra ela. -
Entre os séculos IX e VII a.C., a civilização assíria, habitante do norte da Mesopotâmia, conquista os territórios do Levante, Egito, Armênia e em 729 a.C., da Babilônia.
Esse povo possuía um alto grau de militarização e seus governantes administravam rigidamente as áreas ocupadas.
Dentre os líderes assírios, destaca-se Assurbanipal, o qual mandou erguer na cidade de Nínive uma grande biblioteca, composta em sua maioria por escritos babilônicos. -
A rígida dominação assíria inspirou diversos movimentos de resistência por parte dos povos conquistados, os quais em 612 a.C. derrubaram o poder assírio. O antigo território do império e sua infraestrutura foram repartidos entre os medos e os babilônios, tendo estes fundado o Império Neobabilônico
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Com a queda da Assíria, os babilônicos reconstruíram seu império e herdaram o sofisticado aparato público de seus seus antigos soberanos.
Nessa era, houve um aumento exponencial da população urbana, devido à salinização das áreas próximas ao Eufrates, o que as tornava impróprias ao cultivo.
Paralelamente às alterações rurais, floresceram o comércio e as artes nas grandes cidades. Um dos maiores feitos artísticos do período foram os Jardins Suspensos, erguidos por Nabucodonosor. -
Enfraquecida, a Terra Prometida é conquistada pelo Império Neobabilônico e milhares de hebreus são feitos escravos e levados para a capital do invasor.
O Templo de Salomão, no processo de invasão, é destruído. -
A expansão persa se caracteriza por abranger uma série de áreas habitadas por povos diferentes. Esse multiculturalismo dentro do império não era ameaçador ao governo, já que este tolerava diferentes culturas, uma medida que reduzia a oposição.
O vasto território era dividido em satrapias, províncias com elevado grau de autonomia mas que respondiam à autoridade maior, o imperador.
O processo expansionista começa no reinado de Ciro e cessa com as Guerras Médicas, perdidas para a Grécia. -
O fim do Império Neobabilônico se dá com a invasão persa, comandada por Ciro, o Grande.
Após a conquista pela Pérsia, historiadores deixam de ver especificidades da cultura mesopotâmica, já que a partir desse primeiro momento de subjugação, as tradições regionais se mesclam às dos invasores, tomando novas feições. -
Além de conquistar a Babilônia, Ciro, o Grande, imperador persa, liberta os hebreus do cativeiro e lhes permite retornar a Canaã, também anexada pela Pérsia.
Após o domínio persa, esse povo viu-se subjugado pelos macedônios e pelos romanos, sendo os últimos responsáveis pela diáspora judaica, ao reprimir movimentos hebraicos e destruir o Templo de Salomão pela segunda vez.
Até a fundação do Estado de Israel, em 1948, os judeus não tiveram um território próprio.