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Os Cretenses surgiram na ilha de creta. Tribos indo-europeias rumaram para o sul, em direção a região grega. No processo de ocupação desse território, destacam-se os aqueus, os eólios, os jônios e os dórios, em contato com os cretenses esses povos formaram a civilização micênica. No Peloponeso, os micênicos compartilharam valores, construíram uma religiosidade em comum, organizaram os negócios de Estado e desenvolveram o comércio e o artesanato.
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Do inicio da civilização grega até seu fim
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A civilização micênica atingiu o seu ápice de desenvolvimento
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Os homens viviam em pequenas
células – os gene, ou comunidades gentílicas, entendido como uma extensa família, onde vários casais viveriam sob a autoridade de um único chefe. Em torno desse núcleo, organizava-se o oikos, unidade
econômica que compreendia terras, casas, ferramentas, armas e gado, dos quais dependia a sobrevivência do grupo. Nos oikoi (plural de oikos) prevalecia uma economia coletiva e a liderança era do pater familias, líder militar e religioso. -
Dos micênicos, a civilização grega herdou crenças religiosas, a
cerâmica, a metalurgia, a agricultura, a língua e um código de honra, imortalizado nas epopeias de Homero, além de mitos e lendas que serviram de matéria-prima para as tragédias gregas.
O mundo grego passou por uma etapa de transição na qual formas de organização estatal desapareceram, o comércio de longo curso foi extinto, e a escrita, abandonada. -
A civilização micênica, desintegrou-se, devido a guerras internas, pertubações políticas que enfraqueceram as camadas dirigentes e, provavelmente, mudanças climáticas prejudiciais à agricultura. A violenta chegada dos dórios, último povo indo-europeu a se estabelecer na Grécia, contribuiu para o declínio da civilização.
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as comunidades gentílicas (genos), começaram a se enfraquecer. Tornou-se cada vez mais difícil encontrar terras disponíveis. Isso estimulou o renascimento da vida urbana. Pouco a pouco, foram surgindo unidades políticas e administrativas autônomas. Eram as cidades-Estado gregas – definidas como pólis, nelas surgiram uma mudança na organização da vida em sociedade, na medida em que se desenvolveram políticas participativas, nas quais a legitimidade do poder político deixou de depender dos deuses.
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Situada próxima ao litoral da península da Ática, tinha
uma grande esquadra e encabeçava o comércio entre os gregos. A exemplo de outras cidades-Estado gregas, a monarquia centralizada foi a primeira forma de governo adotada. Os aristocratas, grandes proprietários de terras, usurparam o poder dos monarcas hereditários e formaram uma oligarquia. -
A escassez de terras férteis para sustentar a população em crescimento havia se tornado um grande problema para as cidades gregas, então Atenas e outras pólis estabeleceram colônias: o processo ficou conhecido como a 2° diáspora grega e se estendeu pelas margens do mar Mediterrâneo e do mar Negro. Após a conquista das regiões a serem colonizadas, os gregos fundaram cidades autônomas, com a utilização do modelo das pólis gregas
e a adoção de suas tradições religiosas. -
As pólis enfrentaram uma grave crise social. Várias
medidas foram tomadas pelos legisladores para tentar resolvê-la. O aristocrata Drácon redigiu um código de leis, que até então se baseavam apenas na tradição oral. O código, muito severo, permitiu aos pobres conhecer a lei, mas não resolveu os conflitos que envolviam, entre outros, os camponeses e a nobreza proprietária de terras, os eupátridas. -
Uma nova tentativa de atenuar os conflitos sociais ocorreu quando os eupátridas nomearam como chefe executivo Sólon. Por acreditar que a sede de poder dos ricos proprietários havia destruído a vida da comunidade, Sólon propôs limitar o tamanho das propriedades e pôs fim à escravidão por dívidas, além de conceder a todos os grupos sociais, mesmo os mais pobres, o direito de participar de uma assembleia de cidadãos. Além disso, concedeu os postos mais altos do Estado aos ricos comerciantes.
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As reformas de Sólon não eliminaram, porém, as disputas entre
os clãs aristocráticos, tampouco diminuíram o descontentamento
dos pobres. Pisístrato tentou tirar partido dessa instabilidade para se tornar tirano. Conquistando o poder ele exilou os aristocratas que se opuseram. Pisístrato promoveu uma distribuição de terras para homens do povo ateniense. Além disso, também realizou
grandes projetos arquitetônicos, recitais das epopeias de Homero e festivais que incluíam representações dramáticas. -
Ao final do período da tirania,o legislador Clístenes, que ampliou a participação política para o conjunto de homens livres nascidos na pólis. A exclusão da democracia ateniense de mulheres, escravos e estrangeiros, ou seja, dos chamados metecos. Um dos pontos fundamentais do novo regime político foi a transformação da assembleia de cidadãos, a Eclésia, na suprema autoridade do Estado. Outro ponto importante foi a consolidação do demos como unidade política dentro de Atenas.
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As riquezas provenientes da união entre as pólis na Liga de
Delos promoveram em Atenas um intenso desenvolvimento eco-
nômico, político e cultural. A cidade conheceu a maturidade de
sua democracia e o apogeu de sua cultura. O Estado ateniense se
tornou uma democracia direta, em que as leis eram feitas pelos
próprios cidadãos, e não por representantes eleitos. -
Estadista, orador e comandante militar, foi um importante cidadão ateniense, momento do apogeu proporcionado pela Liga de Delos. Tão notáveisforam sua liderança e seu destaque no contexto democrático queesse período é chamado de Século de Péricles.
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A Grécia teve que lutar contra os persas, que tentavam controlar a região, episódio histórico conhecido como Guerras Médicas. Com isso, a maior parte das cidades-Estado se uniu para defender sua independência e organizou uma confederação – a Liga de Delos. Atenas, política e militarmente mais forte que as demais pólis, assumiu a liderança da Liga, que, graças principalmente à força naval ateniense, expulsou os persas do mar Egeu.
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Após a vitória sobre os persas, a Liga de Delos acabou servindo a interesses imperialistas dos atenienses, que instalou guarnições por toda a Grécia e passou a utilizar o dinheiro da Liga para financiar obras públicas em Atenas. Estados-membros que tentavam se retirar da Liga eram reprimidos. Sentindo-se ameaçados por Atenas, Esparta e seus aliados criaram, então, a Liga do Peloponeso. A rivalidade entre os dois lados acabou levando a um conflito, que fragilizou as cidades gregas.
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Enquanto isso, surgia ao norte da Grécia uma nova potência, a
Macedônia. Para muitos gregos, os macedônios, a quem davam o nome de bárbaros, eram um povo selvagem das montanhas, com alguma cultura helênica, similar às outras populações não gregas. Seu rei, Filipe II, converteu a Macedônia numa potência militar e deu início à conquista da Grécia. Aos poucos, estendeu seu império a outras cidades-Estado gregas e, passou a dominar toda a Grécia. As cidades-Estado perdiam a independência. -
Os antigos aliados de Esparta logo voltaram-se contra ela devido a suas políticas imperialistas, sendo que os ex-inimigos de Atenas, Tebas e Corinto, passaram a ser seus aliados. Argos, Tebas e Corinto, aliada de Atenas, lutaram contra Esparta na decisiva Guerra de Corinto.
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A oposição a Esparta possibilitou que Atenas estabelecesse uma Segunda Liga Ateniense. Finalmente Tebas derrotou Esparta na Batalha de Leuctra. No entanto, outras cidades gregas, incluindo Atenas, voltaram-se contra Tebas e seu domínio foi levado ao fim na Batalha de Mantineia, com a morte de seu líder, o gênio militar Epaminondas.
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Por meio século, no entanto, o reino da Macedônia, ao norte, estava se tornando dominante nos temas de Atenas, apesar das advertências do último grande estadista de Atenas, Demóstenes. Os exércitos de Felipe II derrotaram Atenas na Batalha de Queroneia, limitando efetivamente a independência ateniense. Atenas e outras cidades-Estados se tornaram parte da Liga de Corinto. Antípatro dissolveu o governo de Atenas e estabeleceu um sistema plutocrático.
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A sociedade helenística caracterizava-se pelo intercâmbio de culturas. As tradições gregas espalhavam-se em direção ao Oriente, enquanto as mesopotâmicas, egípcias, hebraicas e persas expandiam-separa o Ocidente. As cidades fundadas por Alexandre – verdadeiros centros difusores do helenismo – tinham escolas, templos, teatros e ginásios de arquitetura helênica.