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Na região do Agadèz, no atual Níger, foram descobertas uma série de fornalhas datadas do início do segundo milênio a.C. Essas datas, se corretas, forneceriam evidências substanciais de ligações diretas com sociedades do Vale do Nilo e exigiriam um repensar tanto da cronologia quanto do padrão de interação nessa região.
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As escavações no sítio de Do Dimmi no Níger revelaram fornos de fundição de ferro datados de meados do século IX a.C. Do Dimmi representa a evidência mais antiga da produção de ferro na África Ocidental até hoje. Também indica que o surgimento do ferro foi praticamente simultâneo ao período principal da produção de cobre e que foi transmitido pelas mesmas rotas do norte.
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Foram encontrado sítios no baixo Congo que contêm cerâmicas que talvez indiquem o início da Idade do Ferro e, se corretamente identificada, representaria a manifestação mais antiga de sociedades que utilizavam ferro no ambiente da floresta tropical. Os primeiros Bantu dependiam do ferro e eram considerados como o povo que detinha o segredo de sua metalurgia.
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Aumento da mineração de ouro em decorrência da conquista do Egito e para financiar o Império Macedônio, suas campanhas militares, projetos e monumentos arquitetônicos. Além disso, descobertas mostraram a existência de algemas de ferro, mostrando um avançado uso da metalurgia é um sistema de grande distinção social, com a possível presença de escravizados.
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Foi provavelmente durante o período intermediário que se iniciou a fabricação dos instrumentos de ferro: além de vários fragmentos de objetos desse metal colocados em redor dos templos de Haúlti, encontraram‑se anéis, tesouras, espadas e punhais em Yeha, e uma espada e anéis em Matara.
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O minério de ferro era extremamente difundido na região. Não se conhecem detalhes dos fornos da Idade do Ferro Antiga na África meridional, diferentemente de outras regiões do continente, parece que o processo de fundição envolvia o uso de condutos para o ar. Em geral, o ferro tinha como finalidade utilitária e doméstica, com a criação de facas, pontas de flechas, ferros de lanças, etc.
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No Reino de Axum, na atual Etiópia, foram encontradas moedas de ouro, bronze e outros metais preciosos. Este fato indica o uso de metais preciosos para produção de valores monetário. Além disso, estas moedas eram cunhadas com o símbolo e rosto de reis ou outras figuras de poder, mostrando que, além do peso monetário, as moedas do Reino de Axum também indicam a existência de um certo nível de centralidade do poder.
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Dentro de uma história conectada, o périodo pode ser marcado por um grande aumento na demanda de ouro, seja pelas sociedade islâmicas, seja pelas sociedades europeias do Mediterrâneo. Nesta perspectiva, o Império de Gana se mostrou como um grande comericante, sendo conhecido como A Terra do Ouro, assim como seu sucessor, o Império do Mali. O produto mais comum que se comprava com ouro era o sal, um mineral sempre muito procurado para conservar melhor a carne seca e dar mais sabor aos alimentos.
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No Reino de Gana/Wagadu, segundo os relatos e a tradição oral, a prosperidade do império era explicada através de um pacto com Bida, uma serpente mágica, que, através de sacrifícios, garantia a produção e riqueza em ouro. É possível observar os metais preciosos e a metalurgia como um simbolo de distinção e de poder.
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A associação da figura do ferreiro e de simbolos de liderança em regiões como a do Kongo e Loango indica além da presença do ferro, um sistema de distinção e hierarquização com baseado no manejo do ferro.