
O ensino da música do período colonial até a primeira metade do século XX
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Marco inicial da educação musical - A música era utilizada com a finalidade de catequizar os indígenas.
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Processo de desenvolvimento do Ensino da Música no Brasil a partir do período Colonial até a primeira metade do século XX.
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Foram feitas na época obras de arte em música como a ”Sonata em Lá M –Domenico Zipoli, que ultrapassou gerações sendo em todo o mundo tocado e valorizado, eram nessa época interpretada por índios, que fabricavam seus instrumentos e eram ensinados e ensaiados pelos padres. Os avanços das Missões no sul do país, fundadas por jesuítas espanhóis, alcançaram grande desenvolvimento na educação musical.
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A música no Brasil do século XVIII, era intimamente influenciada pela estética do estilo barroco, principalmente em relação ao emocional, o simbolismo e o desenvolvimento melódico. A cidade de Salvador na Bahia, na época capital da colônia e sede do primeiro bispado, foi o primeiro e mais importante centro de produção e fruição de música erudita no Brasil.
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Surge em Minas Gerais, pela primeira vez no Brasil, uma classe de músicos profissionais de qualidade, empregados pelas irmandades religiosas. Um compositor com muita expressividade na música colonial brasileira foi o mineira José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, mulato de origem humilde, que chegou a compor mais de 500 obras.
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Outro nome importante do período e que, também, usa o solfejo Heptacordal em sua obra " A Escola do Canto de Órgão “ é o Pe. Caetano de Melo Jesus, que simplificava o método de ensino da música.
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Nesse período colonial Pernambuco se destacou em face de sua economia e alcançou grande destaque. Aí se destaca o primeiro grande nome do ensino de música no Brasil, o compositor Luís Álvares Pinto. Em suas obras, “ A arte de solfejar “ e “ O Músico e o moderno sistema para solfejar sem confusão” (esta última é uma obra didática composta por 25 lições de solfejo e 5 divertimentos harmônicos para prática instrumental), Luís Álvares Pinto se tornou o primeiro autor a citar o solfejo Heptacordal.
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Com a mudança da capital do Brasil Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, procurou-se dar mais variedade e fineza para cidade. O vice-rei ordenou a construção de um novo teatro com apresentações gratuitas para a população de óperas italianas.
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Nos últimos anos do século XVIII nasceu José Maurício Nunes Garcia, que se tornaria um dos nomes mais significativos da música brasileira de todos os tempos e foi, com certeza, o maior compositor do século XIX.
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José Maurício Nunes Garcia funda com outros músicos a Irmandade de Santa Cecília, uma confraria de professores de música que teve durantes vários anos o monopólio as atividade no Rio de Janeiro. A irmandade está registrada no Arquivo Nacional com data de 8 de Outubro de 1787.
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Nos primeiros anos do século XX desponta no cenário musical brasileiro afigura do compositor Heitor Villa-Lobos, artista ligado ao movimento modernista brasileiro Villa foi um vanguardista em todos os aspectos. Suas primeiras obras trazem a marca dos estilos europeus que ele logo iria repudiar. O compositor transitou por vários estilos e gêneros, além de participar ativamente das propostas de um ensino de música de qualidade.
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Convidado pelo educador Anísio Teixeira, Superintendente do Ensino Público do Distrito Federal (na época a cidade do Rio de Janeiro) Villa Lobos assume o cargo de diretor do ensino artístico da Prefeitura do Distrito Federal. Recebeu a incumbência de criar e dirigira a SEMA-Superintendência de Educação Musical e Artística, que tinha como missão institucional realizar a orientação, o planejamento e o desenvolvimento do estudo da música nas escolas em todos os níveis.
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Com o canto orfeônico tendo se tornado obrigatório em todo país, se tornou necessário aprimorar e formar professores para a prática, com isso foi criado o Conservatório Nacional de canto Orfeônico (CNCO) que tinha a missão de formar professores de todo o país para ministrar a disciplina.