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Ricardo Reis depois de entrar na PVDE esperou para ser atendido por mais de 30 min. Finalmente foi chamado por Victor, um agente da polícia com um cheiro muito intenso a cebola que o levou a um gabinete.
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Depois de entrar e de se sentar, o senhor Antunes, o homem atrás da secretária, faz diversas perguntas a Ricardo Reis sobre o seu retorno a Portugal e se tinham havido complicações no Brasil.
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Ricardo Reis conta a Lídia que vai sair do hotel. Esta chora e diz que pode visitar RR nos seus dias de folga. RR tenta tranquilizar Lídia, dizendo-lhe que conseguirá encontrar um bom marido e que sempre será seu amigo
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RR quer escolher como e quando contar a Salvador sobre o interrogatório na PVDE. Escolhe a tarde do dia 2 de março e diz-lhe que a PVDE estaria apenas à procura de informações sobre o consulado de Rio de Janeiro. Desconfiado, Salvador falará com Vítor que pede para manter RR debaixo de olho.
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Ricardo Reis vai à PVDE
Ricardo Reis foi chamado para ir à PVDE. Mesmo estando um tempo muito ventoso, Ricardo Reis agarrou no seu chapéu com toda a sua força e foi em direção à PVDE, com o coração a mil e sem saber do que se tratava. Chega mais cedo do que o necessário: antes das 10h00 da manhã. -
A chuva continua muito forte (simbolizando a agressividade do tempo histórico) e Reis fica todo molhado, parecendo uma gárgula a escorrer água.
Ricardo Reis aparece com uma figura totalmente indigna para um médico. Quando foi buscar a chave, foi-lhe perguntado por Salvador como é que estava, RR limitou-se a murmurar: “Que carga de água”
Subindo para o seu quarto, Lídia foi atrás para perguntar sobre o interrogatório, RR tentou tranquilizá-la. -
Ricardo Reis prometera a Marcenda que iria dar notícias sobre o interrogatório, escreveu-lhe uma carta tranquilizando-a e dizendo que queria arranjar uma casa.
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Ricardo Reis depois de se vestir, foi em direção á sala de jantar do hotel, o maître Afonso, acompanhou RR á sua mesa,
Cumprimentou os três hospedes espanhóis: Don Lorenzo, Don Alonso e Don Camilo.
Don Lorenzo recita a Don Alonso uma noticia do jornal Le Jour, Francês de paris que diz que Salazar foi quem prosperou Portugal, Don Camilo comenta que é o que o país deles (Espanha) precisa, levantando um copo de vinho a RR e fazendo-lhe uma vénia. -
Ricardo Reis ficou vários dias à procura de casa. Acordava cedo, almoçava e jantava fora, indo ao hotel somente para dormir, não queria ir para bairros excêntricos como, por exemplo, a Rua dos Heróis de Quionga, à Moraes Soares, ele queria uma casa ao pé da Baixa e com vista para o rio. Depois de muito procurar, finalmente encontrou uma proposta de uma casa para arrendar no Alto de Santa Catarina, quando estava na sua habitual leitura dos jornais, em particular o Diário de Notícias.
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Ricardo Reis sem hesitação vai ver a casa. Fica feliz por finalmente deixar o hotel e deixar de ver Salvador e Pimenta que agora o mantinham a distância.
RR vai ver a casa, vê que tem um papel para ir ter com o procurador, um homem gordo. A casa era vasta e ampla, tinha uma vista para as palmeiras do largo, o Adamastor e o rio sujo de barro onde conseguia ver os barcos de guerra. RR ficou com a casa, explorou a sua nova residência e reparou que os velhos continuavam junto ao Adamastor.