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AMERICO VESPUCIO durante a segunda expedição à costa brasileira, sob comando de GONÇADO COELHO, a serviço da Coroa portuguesa. Separando-se da expedição no nordeste em rumo para o sul, em direção a CABO DA RAMA. Permanecendo até início de 1504.
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Carregando o PAU BRASIL, deixando cerca de 24 pessoas sob o comando de JÕAO BRAGA.
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Com a vinda da expedição portuguesa comandada por MARTIM AFONSO DE SOUZA. Criando também as capitanias hereditárias, povoando e consolidando sua posse. O litoral de Cabo Frio, que pertencia a capitania de São Vicente; habitado por índios TAMOIOS, era atrativo para pirata e franceses em busca do Pau Brasil.
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Por conta da presença intensa dos franceses na região de Cabo Frio, foi construído uma feitoria denominada Casa de Pedra, na Boca da Barra em Araruama. A desavença entre os índios e os portugueses teriam iniciado no inicio da colonização.
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Por consequência dessa situação, inúmeros conflitos ocorreram, resultando em morte e escravização de milhares de indígenas no período colonial. O governador do Rio de Janeiro, ANTÔNIO SALEMA comandou uma equipe de 400 homens das regiões da Baía de Guanabara, São Vicente e Espírito Santo, acrescido de grande quantidade de índios catequizados que seguiram por terra e mar em direção a Cabo Frio.
A região continuou tendo saques e contrabando por corsários e aventureiros europeus. -
CONSTANTINO MONELAU, governador do Rio de Janeiro, recebeu ordens doREI FELIPE para expulsar ingleses e holandeses que aportavam no litoral de Cabo Frio, ordenado criar uma fortaleza para evitar investidas e defender o território.
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E assim foi criada a Cidade de SANTA HELENA e o forte de Santo Inácio no lugar da Casa de Pedra, edificada pelos franceses no séc. XVI, onde posteriormente iriam se alojar os ingleses.
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A cidade Santa Helena agora passa a se chamar Nossa Senhora da Assunção de Cabo Frio. No mesmo ano, o capitão-mor, ESTEVÃO GOMES, transferiu o sítio de povoação original para o atual bairro da Passagem, dando inicio a igreja matriz Nossa Senhora da Assunção, e do Forte de São Mateus, considerada vulnerável pelas autoridades do Rio de Janeiro.
Com proposito de assegurar o povoamento, o capitão fez concessões de terras a particulares e a ordens religiosas, visando empreendimento agrícolas. -
Em 1629, foi criada a Capitania Real de Cabo Frio, que “limitava-se ao norte com o rio Paraíba do Sul e a sudoeste do cabo da Ponta Negra até o rio Itabapoana, marco divisório transferido em 1731 para o campo de Santana de Macaé. O território, de longa extensão, abrangia áreas onde posteriormente surgiriam vários municípios da região.
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São Pedro da Aldeira, em sua maioria dando origens a varias propriedades, Quanto a ordens religiosas, tendo-se os jesuítas recebido duas sesmarias, onde fundaram o Município de São Pedro da Aldeia, aldeado com 500 índios vindos da Capitania do Espírito Santo.
Na segunda sesmaria foi edificada a fazenda Campos Novos, em 1630, na região do atual segundo distrito de Cabo Frio, Tamoios. -
Ou seja, a proibição da extração e do comércio do sal, ainda que para consumo próprio. Essas atividades passaram a constituir monopólio da Coroa.
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O bairro da Passagem permaneceu como local de moradia e ponto de embarque e desembarque de mercadorias e pessoas que atravessavam o Canal do Itajuru.
Entre os anos 1661 e 1662 foi erguido na rua Érico Coelho o primeiro prédio da Câmara Municipal, onde funcionava também a cadeia pública e a sala de audiências do juiz -
Um alvará de 1678 criou o distrito de Cabo Frio, sendo tal categoria confirmada pelos decretos estaduais nº 1, de 08 de maio e 1-A de 03 de junho de 1892. Vale dizer que por meio desses decretos também se deu a criação do distrito de Araçá, que foi anexado a Cabo Frio.
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No início do século XVIII, o Forte de São Mateus foi guarnecido e rearmado. A defesa da capitania passou a contar também com um terço de infantaria, além de um regimento de cavalaria.
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João de Almeida construiu uma armação de baleias em Buzios, ampliada posteriormente pelo novo contratador Brás Pina. Este foi também responsável pela fundação da Capela Nossa Senhora de Sant’ Anna no mesmo local, em 1740.
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A Capitania de Cabo Frio foi incorporada à Capitania do Rio de Janeiro.
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Os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo MARQUES DE POMBAL.
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A cidade se expandiu ampliando a Igreja de Nossa Sra. da Assunção, e construção da capela de Nossa Senhora da Guia, no Morro do Itajuru e a Igreja de São Benedito, no Largo da Passagem.
Com cerca de 1.500 habitantes em 350 casas, enquanto que outros 10 mil se espalhavam, sendo a metade constituída por escravos negros. Expansão foi devida ao sucesso das atividades econômicas exportadas para o Rio de Janeiro de; anil, cochonilha, legumes, cana-de-açúcar, mandioca, feijão, milho, carnes e sal. -
O início do século XIX foi marcado por relevantes fatos históricos: a vinda da família imperial para o Brasil, a elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, a abertura dos portos, a independência do país. Após a independência, a Constituição Imperial de 1824 dividiu o Brasil em províncias administradas por um Presidente nomeado pelo Imperador.
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Foi abolido o estanque do sal no país, após 170 anos de monopólio da Coroa. A retomada da atividade salineira ocorreu aos poucos, com a criação de novas salinas e, em certos casos, a introdução de novas técnicas de extração. Entre elas; podem ser citadas a Perynas, do soldado alemão Luis Lindenberg, na lagoa de Araruama.
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O Engenheiro Major HENRIQUE BELEGARD foi enviado pelo governo imperial ao município, onde projetou as primeiras ruas do município, construiu a Casa de Caridade Charitas, o farol na
ilha do Cabo Frio, e fez obras de melhoramentos na Boca da Barra, na entrada do canal de Itajuru e sua ligação com o oceano. Além disso, a pedido de D. Pedro, projetou e construiu a proteção da Fonte do Itajurú, marcada com o brasão do Império. -
Quando também esteve na Fazenda Campos Novos e na salina de Lindberg: Na ocasião, foi doada uma quantia para a construção da cobertura da Fonte do Itajuru e outra para a casa Charitas com o objetivo de facilitar sua manutenção e instalar uma enfermaria.
A medida se mostrou de grande utilidade por ocasião das epidemias de febre amarela e varíola que assolaram a região em 1850 e depois, entre 1870 e 1878. -
Surgiu a Acahira de João Gago, português de Aveiros, uma das regiões salineiras de Portugal. Logo após muitos portugueses migraram para a região interessados em investir na produção de sal, atividade que se consolidou a partir do século seguinte.
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Foi oficializada a compra do atual prédio da Câmara Municipal de Cabo Frio, na Avenida Nossa Senhora d’Assunção.
O Decreto Estadual n.º 35, de 17-12-1892 criou a Vila de São Pedro da Aldeia, com terras desmembradas de Cabo Frio.
No mesmo ano foi criado o distrito de Araçá e anexado a Cabo Frio. O distrito teve seu nome alterado para Campos Novos em 1938 e, posteriormente, para Tamoios, em 1943. -
Outras ações desta época se referem a melhorias no abastecimento de água, com a construção de uma caixa d’água no Morro da Guia; desobstrução da Boca da Barra, pelo Barão de Tefé, em 1879, obra demandada para o escoamento da produção de sal, com a retirada do entulho proveniente da derrubada da Casa de Pedra, em 1615; e construção da ponte de ferro sobre o canal do Itajuru em 1898, ligando a restinga e a parte continental.
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A abolição da escravatura, no final do século XIX trouxe transformações nas atividades produtivas locais, sobretudo em função da perda da mão de obra escrava, o que abalou a economia local. Cabo Frio viveria “praticamente toda a primeira metade do século XX em torno do sal e da pesca (...) atividades ligadas ao mar, diferentemente do seculo XIX, período em que a cidade, pela fartura da mão de obra escrava, foi mais ligada às atividades da lavoura.
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"Em 1913, a dois anos do tricentenário de sua fundação, a cidade de Cabo Frio permanecia mergulhada na vida pacata e solitária de sempre, isolada da capital e do resto do país(..). Em 1923, com a abertura de uma estrada de rodagem até Iguaba, foi inaugurada uma linha de ônibus com viagem às terças-feiras e, tempos depois, também aos sábados. Com a construção da ponte Feliciano Sodré, em 1926, foi estabelecido um serviço de ônibus diário"
(Elísio Gomes Filho)
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Entretanto, no início de 1900 Cabo Frio permanecia como uma cidade interiorana com poucos recursos, e serviços de abastecimento, saneamento e energia elétrica precários. No começo dos anos 1920, a cidade enfrentou uma epidemia de varíola, com óbitos e mortes. Também nessa época, a ponte sobre o canal do Itajuru desabou. Foi então construída no local a ponte Feliciano Sodré, inaugurada em 1926.
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Tendo sido eleito o Sr. Francisco Vasconcelos Costa.
Alguns jornais e a revista Raios de Luz começaram a circular, entre elas o Arauto, em 1918 e o Sak Fluminense, em 1935. -
Em 1924, foram criados os distritos de Arraial do Cabo e Saco Fora e anexados ao município de Cabo Frio. O distrito de Saco Fora passou a se denominar Armação dos Búzios em 1938.
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Como o porto de Cabo Frio só comportava embarcações de pequeno calado, a Companhia Perynas S/A obteve uma autorização do Governo para construir na atual Praia dos Anjos em Arraial do Cabo. o Porto do Forno, para barcos maiores.
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A atividade salineira prosperava, e “o sal era o principal produto da economia local. (...) o número de salinas na cidade aumentou de 6, em 1903, para 42, em 1930. A área total abrangida pelas salinas em 1929 era de 3.911 hectares. A produção total em 1929 chegava a 1 milhão e 386 mil sacas de 70 quilos cada.
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Iniciando a nova modalidade de transporte do sal, que solucionava os problemas de logística, custos altos e tempo. O serviço de transporte de passageiros contribuiu para vencer o isolamento da cidade possibilitando sua integração com a capital e demais localidades.
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foi criada a Companhia Nacional de Álcalis, que entrou em funcionamento na década seguinte. Foi também inaugurada arodovia Amaral Peixoto, RJ 106, ligando a região à capital do Estado. Tais eventos contribuíram para o auge da produção salineira que foi ainda estimulada pelo início das atividades da Álcalis em 1958 e pela instalação de duas refinarias de sal em Cabo Frio nos anos 1960.
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A Rodovia Amaral Peixoto, pavimentada em meados de 1950, se consolidou como meio de transporte para o sal e demais produtos da região, substituindo rapidamente a linha férrea, que foi erradicada no início dos anos 1960. Nessa altura já era intensamente utilizada para por carros de passeio e ônibus de passageiros em direção à região dos Lagos, e, em especial, a Cabo Frio.
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Foi inaugurada a Ponte Presidente Costa e Silva, conhecida como Rio-Niterói, que impulsionou o turismo na Região dos Lagos. A perda da lucratividade da economia salineira fluminense e a especulação imobiliária que veio com o turismo que influenciaram o declínio e o fechamento das salinas da região, encerrando este ciclo econômico. A migração para a região passou a crescer, os que buscavam trabalho nas obras ou nas cidades em que o movimento turístico era maior, como Cabo Frio.
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Entre 1985 e 1995 os distritos de Arraial do Cabo e Armação de Buzios foram elevados à categoria de municípios pelas leis estaduais nº 839, de 13-05-1985 e nº 249, de 28-12-1995, respectivamente.