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A União Europeia é criada com o objetivo de pôr termo às frequentes guerras sangrentas entre países vizinhos, que culminaram na Segunda Guerra Mundial.
Os anos 50 são dominados pela guerra fria entre os países do Leste e os países ocidentais. -
Robert Schuman, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, profere um importante discurso, inspirado num plano de Jean Monnet, através do qual propõe que a França e a República Federal da Alemanha ponham em comum os seus recursos de carvão e de aço, numa organização aberta a outros países da Europa.
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Seis países - Bélgica, França, República Federal da Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda - assinam em Paris o Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), entrando em vigor em 23 de julho de 1952, por um período de 50 anos. Esta Comunidade foi extinta em julho de 2002.
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Assinatura em Roma dos Tratados que instituem a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom), entrando em vigor em 1 je Janeiro de 1958.
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A década de sessenta é um bom período para a economia, favorecida pelo facto de os países da União Europeia terem deixado de cobrar direitos aduaneiros sobre as trocas comerciais realizadas entre si. Estes países decidem também gerir em conjunto a produção alimentar, de forma a assegurar alimentos suficientes para todos. Rapidamente, passam a existir excedentes de produtos agrícolas.
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Por iniciativa do Reino Unido, é criada a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), que reúne vários países europeus que não fazem parte da CEE.
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Lançamento da política agrícola comum (PAC), que confere aos Estados-Membros o controlo comum da produção alimentar. Os preços agrícolas são uniformizados na Comunidade. A CEE passa a ser auto-suficiente em termos alimentares e os agricultores dispõem de um rendimento adequado.
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A CEE assina o seu primeiro grande acordo internacional de assistência a 18 antigas colónias africanas. Estabeleceu desde então uma parceria especial com 78 países das regiões ACP (África, Caraíbas e Pacífico)
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Supressão dos direitos aduaneiros entre os primeiros seis Estados-membros, criando-se pela primeira vez condições para o comércio livre. São aplicados os mesmos direitos aduaneiros aos produtos importados dos outros países.
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No âmbito da política regional da UE, as regiões mais pobres começam a beneficiar da transferência de montantes elevados para fomentar a criação de emprego e de infraestruturas. A luta contra a poluição intensifica-se. A UE adota legislação para proteger o ambiente e introduz o conceito do «poluidor-pagador».
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A Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem às Comunidades Europeias que passam a ter 9 Estados-Membros. A Noruega fica de fora, na sequência de um referendo em que a maioria da população se manifestou contra a adesão.
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Em sinal de solidariedade, os dirigentes da CEE criam o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, que assegura a transferência de recursos financeiros das regiões ricas para as regiões pobres, para melhorar as estradas e as comunicações, atrair investimentos e criar emprego. Esta política de assistência absorve hoje um terço do orçamento europeu.
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Entrada em vigor do Sistema Monetário Europeu
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Primeira eleição por sufrágio universal directo do Parlamento Europeu. Os seus deputados até então provinham dos parlamentos nacionais.
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Com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989, dá-se uma grande convulsão política: a fronteira entre a Alemanha de Leste e a Alemanha Ocidental é aberta pela primeira vez em 28 anos o que leva à reunificação das duas Alemanhas.
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O número de membros da Comunidade passa a 10, com a adesão da Grécia, que pôde aderir depois da queda do seu regime militar e do restabelecimento da democracia em 1974.
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A informática e a robotização revolucionam o nosso modo de vida e de trabalho. Para se manter na vanguarda da inovação, a CEE lança o programa Esprit em 1984, o primeiro de uma longa série no domínio da investigação e desenvolvimento.
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Espanha e Portugal aderem à CEE, o que aumenta para 12 o número dos seus membros.
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Apesar da supressão dos direitos aduaneiros em 1968, continuam a existir obstáculos à liberdade de comércio na Comunidade. Trata-se essencialmente de diferenças entre as legislações nacionais, que o Acto Único Europeu, assinado em 1986, prevê eliminar através de um vasto programa de seis anos. O Acto Único aumenta igualmente a influência do Parlamento e reforça os poderes da CEE em matéria de ambiente.
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A CEE lança o programa Erasmus que concede bolsas aos estudantes universitários que desejam estudar noutro país europeu por um período máximo de um ano. Mais de dois milhões de jovens beneficiaram já do programa Erasmus ou de programas similares.
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Com o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, assiste-se a um estreitamento das relações entre os europeus. A opinião pública mostra-se preocupada com a proteção do ambiente e com a forma como os europeus poderão cooperar em matéria de defesa e segurança.Milhões de jovens estudam noutros países com o apoio da UE. Torna-se mais fácil comunicar à medida que cada vez mais pessoas começam a utilizar o telemóvel e a Internet.
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Na região dos Balcãs, a Jugoslávia está à beira da rutura. Os primeiros conflitos surgem na Eslovénia e na Croácia e, depois, na Bósnia-Herzegovina, onde sérvios, croatas e bósnios muçulmanos se confrontam numa guerra civil sangrenta.
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O Tratado da União Europeia é assinado em Maastricht, nos Países Baixos. Trata-se de um momento histórico na UE, já que o tratado estabelece regras claras para a futura moeda única, bem como para a política externa e de segurança e o reforço da cooperação em matéria de justiça e de assuntos internos. A «União Europeia» é criada oficialmente ao abrigo do tratado.
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O mercado único é criado com as suas quatro liberdades fundamentais: a livre circulação das mercadorias, dos serviços, das pessoas e dos capitais torna-se realidade. Desde 1986, para eliminar obstáculos e abrir as fronteiras, foram adotados mais de 200 atos legislativos em domínios como, por exemplo, a fiscalidade, a atividade empresarial e as qualificações profissionais. A livre circulação de certos serviços é adiada.
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A Áustria, a Finlândia e a Suécia aderem à UE. O território dos 15 Estados-Membros cobre agora uma grande parte da Europa Ocidental.
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O acordo de Schengen entra em vigor em sete países: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal. Os viajantes de todas as nacionalidades podem deslocar-se entre todos estes países sem controlo de passaportes nas fronteiras. Posteriormente, mais países aderem ao espaço Schengen.
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É assinado o Tratado de Amesterdão que, com base no Tratado de Maastricht, estabelece planos para reformar as instituições europeias, dar à Europa uma voz mais forte no mundo e consagrar mais recursos ao emprego e aos direitos dos cidadãos.
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Os dirigentes europeus decidem dar início a negociações de adesão com 10 países da Europa Central e Oriental: Bulgária, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa e Roménia. Chipre e Malta juntam-se a estes países. No ano 2000, as alterações aos tratados aprovadas em Nice abrem caminho ao alargamento ao reformularem as regras de votação da UE.
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O euro é introduzido em 11 países (aos quais, em 2001, se junta a Grécia) unicamente para as transações comerciais e financeiras. As moedas e as notas serão introduzidas mais tarde. Os países da zona euro são a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, Espanha, a Finlândia, a França, a Grécia, a Irlanda, a Itália, o Luxemburgo, os Países Baixos e Portugal. Para já, a Dinamarca, o Reino Unido e a Suécia decidem ficar de fora.
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Os telemóveis e a Internet começam a mudar a forma de comunicar dos europeus. A tecnologia por detrás destas duas inovações é europeia. Os jovens viajam cada vez mais e os estudantes optam por tirar um ano sabático para descobrir o mundo, utilizando o correio eletrónico para se manterem em contacto com a família e os amigos.
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Aviões desviados embatem contra as torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, e o Pentágono, em Washington, causando a morte de quase 3 000 pessoas. Os países da UE estão firmemente ao lado dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo internacional.
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As notas e moedas de euro tornam-se a divisa oficial em 12 países da UE. A sua impressão, cunhagem e difusão constituem uma operação logística de grande envergadura. São cunhadas mais de 80 mil milhões de moedas. As notas são as mesmas em todos os países. As moedas têm uma face comum, com a indicação do valor, e uma face nacional, que reflete a identidade nacional de cada país. Todas as notas e moedas circulam livremente.
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No âmbito da sua política externa e de segurança, a UE leva a cabo operações de manutenção da paz na região dos Balcãs, primeiro na ex-República Jugoslava da Macedónia e, em seguida, na Bósnia-Herzegovina. Nos dois casos, as forças lideradas pela UE substituem forças da NATO. A UE decide criar, até 2010, um espaço de liberdade, segurança e justiça para todos os seus cidadãos.
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Oito países da Europa central e oriental - a Chéquia, a Estónia, a Hungria, a Letónia, a Lituânia, a Polónia, a Eslováquia e a Eslovénia - aderem à UE, pondo termo à divisão da Europa decidida pelas «grandes potências » 60 anos antes
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Os 25 países da UE assinam um tratado que estabelece uma «constituição para a Europa», concebida para simplificar o processo de decisão democrática e o funcionamento de uma UE com mais de 25 países. Na sequência do não à referida constituição nos referendos realizados em França e nos Países Baixos em junho de 2005, os dirigentes da UE anunciam um «período de reflexão».
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O Protocolo de Quioto, um tratado internacional que visa limitar o aquecimento global e reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa, entra em vigor. A UE assume uma posição de vanguarda nos esforços para atenuar o impacto das alterações climáticas. Os Estados Unidos não são parte no Protocolo.
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Mais dois países da Europa oriental, a Bulgária e a Roménia, aderem à UE, elevando o número de Estados-Membros para 27. A Croácia, a Antiga República Jugoslava da Macedónia e a Turquia também são candidatos à adesão.
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Os 27 países da UE assinam o Tratado de Lisboa, que altera os tratados anteriores. O objetivo é tornar a UE mais democrática, eficiente e transparente, e, assim, garantir as condições para que possa dar resposta a desafios mundiais como as alterações climáticas, a segurança e o desenvolvimento sustentável. O Tratado de Lisboa é ratificado por todos os países da UE antes de entrar em vigor, em 1 de dezembro de 2009.
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Uma importante crise financeira abala a economia mundial. Os problemas começam com empréstimos hipotecários nos Estados Unidos. Vários bancos europeus também registam dificuldades. A crise leva os países da UE a estreitarem a sua cooperação económica.
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Na sequência da crise económica, que teve início em 2008, vários países são confrontados com problemas nas suas finanças públicas. Os 16 países da área do euro apoiam um plano para os ajudar a lidar com os seus défices.
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A crise económica mundial tem repercussões profundas na Europa.
O extremismo religioso intensifica-se no Médio Oriente e em vários países e regiões em todo o mundo, conduzindo a conflitos e guerras que resultam num grande número de pessoas que fogem dos seus países e procuram refúgio na Europa. Para além de ter de fazer face aos problemas decorrentes desta onda de refugiados, a UE torna-se o alvo de vários atentados terroristas. -
Na Síria, irrompem manifestações em favor da democracia. As forças de segurança abrem fogo sobre os manifestantes, a violência intensifica-se e formam-se brigadas de rebeldes que lutam contra as forças de segurança do Estado. A guerra civil que começa na Síria continuará a dominar a política mundial ainda durante muitos anos.
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Com o lançamento dos dois primeiros satélites Galileu, a União Europeia dá um passo em frente no desenvolvimento do seu próprio sistema de navegação por satélite. Os satélites Galileu ajudarão a melhorar os transportes, os serviços de salvamento, as transações bancárias e o fornecimento de eletricidade.
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É lançada a Iniciativa de Cidadania Europeia, graças à qual os cidadãos podem propor diretamente à Comissão Europeia que apresente um determinado ato legislativo.
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A União Europeia recebe o Prémio Nobel da Paz de 2012 por ter contribuído durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos na Europa.
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Termina o período de extinção gradual dos ensaios de produtos cosméticos em animais, o que significa que deixa de ser possível vender na UE produtos cosméticos experimentados em animais.
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A Croácia adere à UE, tornando-se o 28.º Estado-Membro.
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Na sequência de vários meses de manifestações populares e agitação social, o Presidente da Ucrânia é deposto pelo parlamento nacional. A relação do país com a UE e a Rússia está marcada por um longo período de incerteza. A Crimeia, que faz parte da Ucrânia, é ilegalmente anexada pela Rússia, uma ação condenada pela UE.
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O Parlamento Europeu elege Jean-Claude Juncker como Presidente da Comissão Europeia, na sequência das eleições europeias de maio.
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Os dirigentes da UE decidem atribuir mil milhões de euros à luta contra a propagação do vírus Ébola na África Ocidental, nomeadamente na Guiné, na Serra Leoa e na Libéria. Este é o maior e mais complexo surto de Ébola desde que a doença foi observada pela primeira vez, em 1976. No final de 2015, o vírus está praticamente erradicado nestes países.
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A Comissão anuncia um plano de investimento de 315 mil milhões de euros com vista à criação de 1,3 milhões de postos de trabalho.
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A Grécia é o país da UE mais afetado pela crise económica. Os debates sobre as reformas no país e o apoio da UE conduzem a um novo acordo.
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130 pessoas morrem em atentados terroristas em Paris. Pouco tempo depois, os ministros da UE chegam a acordo sobre a adoção de medidas de segurança reforçadas nas fronteiras do espaço Schengen.
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Ao longo de 2015, chegam à Europa cerca de um milhão de requerentes de asilo, muitos dos quais fogem à guerra civil na Síria e precisam de proteção internacional. Os dirigentes da UE intensificam esforços para reforçar os controlos nas fronteiras externas e reduzir o número de requerentes de asilo através da cooperação com países vizinhos.
Na Conferência de Paris sobre o Clima, 195 países chegam a acordo quanto à limitação do aumento da temperatura mundial a menos de 2 °C. -
A pandemia de COVID-19 desencadeia uma grande emergência de saúde pública e um abrandamento económico sem precedentes. A UE e os seus Estados-Membros trabalham em conjunto para apoiar os sistemas de saúde, conter a propagação do vírus e garantir vacinas para as pessoas dentro e fora da UE. O Reino Unido sai da União Europeia após 47 anos de adesão, abrindo um novo capítulo na sua relação com a UE.