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O debate e as discussões entre os africanistas sobre as origens da metalurgia é extremamente calorosa. Há muitas dúvidas e cointradições em um campo de estudo rico em respostas. A intenção da minha do tempo é explanar os diversos surgimentos da metalurgia na África, opondo-me ao pensamento difusionista.
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Quando estudada a metalurgia do cobre no Níger, os estudiosos periodizam duas épocas, cobre 1 de 2200 A.C. até aproximadamente 1500 A.C e o Cobre 2 de 850 A.C. até 100 A.C (Grébérnart, 1985). Nas pesquisas arqueológicas sobre a antiga metalurgia do cobre na África ocidental há uma data radiocarbônica em Gall-Tegidda-n-Tesemt que data 1710 +- 110 A.C, porém ainda há discussões sobre o começo da metalurgia de fato.
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A relevância das provas da antiga metalurgia do cobre confirma o domínio da pirotecnia na África Ocidental o que norteia mais o estudo do surgimento do ferro nestas regiões.
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A evidência do dos primeiros trabalhos com metal data 1000 A.C, se não antes, fôra encontrado no Niger, em Do Dimmi no Termit e na região de Gall-Teggida-n-Tesemt (Grébérnart 1983, 1985, 1988; Dvisse e Vernet 1993). -
Na região da Mauritana de Akjoujt ou, mais precisamente, na vizinhança de Guelb Moghrein, evidencias de mineração de cobre entre 850 A.C. e 300 A.C. foram descobertas. Os ferreiros de cobre voltavam suas atividades para a manufatura de pequenas implementações; pontas de lança ou de flecha; Ferramentas como Buris, brocas, machados, agulhas, palitos e palletes; Itens de adorno pessoal; Anéis e bengalas. (Holl, 2000) -
As evidências encontradas sobre a metalurgia antiga da África desestruturaram a fundação do pensamento difusionista, que propõe um surgimento exogêno para com o surgimento da metalurgia na África. (Holl, 2000).
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Na Nigéria, primeiro na região da cultura Nok ao roedor de Taruga, então em Samum Dikuya, e recentemente na região de Nsukka região na margem da floresta equatorial, as primeiras fornalhas datam em torno de 750A.C (Okafor 1992, 1993). Com base nessas datas nós podemos sugerir que a prática do derretimento do ferro se firmou entre 800 B.C e 500A.C.
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A Metalurgia de madagascar está intrisecamente ligada com a etnogênese dos Malagasy. A região é marcada por muitas interações culturais, que moldaram e modificaram a forma com que é trabalhado o metal. Podemos Inferir isso a partir da interação que os Indoneses tiveram com os falantes da língua Bantu, que já tinha o domínio do metal. (Radimilahy, 1993)
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Nesses depósitos (Yeha e Matara), bem como na colina de Haúlti, ao redor dos santuários, encontraram‐se objetos de metal em grande quantidade, especialmente importantes por sugerirem um considerável desenvolvimento da metalurgia local a partir do século III antes da Era Cristã.
Foi provavelmente durante essa fase que se iniciou a fabricação dos
instrumentos de ferro: além de vários fragmentos de objetos desse metal colocados em redor dos templos de Haúlti. -
O que deve-se atentar sobre as origens da metalurgia na África é que ela é diversa e fragmentada pelo continente, o que leva a crer que Além de poder ser vista de maneira endógena, deve se observar as mudanças na forma em que fôra trabalhado os metais e suas influências sóciais
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Vogel, Joseph O. Ancient African Metallurgy: The socio-cultural context. metals and Precolonial African Society. Altamira press,Cumnor Hill, Engleland, 2000. pp.1-83 Shaw, Thurstan. Sinclair, Paul. Andah, Bassey, Opoko, Alex. The Archeology Of Africa; food, fetals and towns. Transition from Late Stone Age to Iron Age in the Sudano-Sahelian zone: a case study from the Perichadian plain. Routledge. New Fetter Lane, London 1993.
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Mokhtar, Gamal. General History of Africa, II: Ancient Civilizations of Africa. Paris: UNESCO;
Berkley, CA: University of California Press; London: Heinemann Educational Publishers Ltd., 1981. pp 351-375.